25 🦋 o primo perdido

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Oie
Demorei pq esqueci que tinha que postar acredita?
Esse ó 👌
isso que tenho pra dizer bjo tchau

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Mesmo morando um ano inteiro no Vilarejo Beol, Taehyung nunca se acostumou com a beleza daquele lugar. 

Situado no interior de uma cidade litorânea, rodeado de muitas colinas verdes e altas, estava o vilarejo. A construção das casinhas descia por um caminho de pedras chatas e amarronzadas, logo depois de uma pequena rua inclinada, que no começo se ergue uma grande casa azul rodeada de muitos bichos e grama verde. Uma fazenda. Johnny, um amigo adolescente e rebelde, disse que aquela casinha azul era da sua família, a que fundou o vilarejo. A família Kim, como ele disse. 

Por isso as casas desciam a rua e preenchiam um meio círculo, tendo como centro uma pequena praça com uma fonte enorme e esbelta. Estranhamente, uma abelha peluda e com asas bem grandes, era a estátua que dava vida à fonte. Mas, depois que descobriu que o vilarejo chama-se Beol, abelha em coreano, entendeu o porquê daquilo. 

Descendo a praça havia uma praia. Areia branca e fofinha se estendia pela beirada de um pedaço do mar. Algumas rochas preenchiam espaços em cima da areia, tornando a vista ainda mais bonita. 

Com os braços em cima da cerca de madeira, o sol do entardecer batendo no rosto sereno e a brisa fresca balançando seus fios castanhos, Taehyung observava os cavalos do haras da família Kim sendo cavalos. Sacudindo o rabo cheio de fios desgrenhados, as orelhas grandes, fazendo barulhos esquisitos quando outro cavalo se aproximava. 

Um de pelagem preta e reluzente corria pelo espaço. Dava círculos e círculos a toda velocidade. Já passara por Taehyung umas três vezes, e tudo o que ele queria era estar em cima dele, experimentando a sensação de poder correr assim, livremente. 

― Aí está você! ― uma voz disse atrás dele, e apenas pelo tom debochado e alto, sabia quem era ― Te procurei pelo vilarejo todo. 

Johnny parou ao seu lado, pondo os braços finos em cima da cerca, assim como Taehyung. Ao suspirar, o Kim olha para o garoto um pouco mais novo que ele, encarando-o com uma sobrancelha erguida.

― No que está pensando? Não me diga que é naquele cara de novo ― Johnny revirou os olhos depois de tagarelar. 

― Na verdade, sim ― Taehyung riu da careta do garoto ― Ah, pare. Você não pode me julgar. 

― Posso sim. Aliás, é o que estou fazendo agora. 

Taehyung rolou os olhos, voltando-os para os cavalos.

― Qual é, T! Ele é um idiota. Nem um “feliz aniversário!” ele mandou no mês passado. Fora as cartas que não respondeu…

― Eu já entendi, John.

Johnny fez um bico emburrado.

― Não me chame de John. Só minha vó pode me chamar assim. 

― Está bem, John.

Johnny bufou, escolhendo ficar calado por um momento. O relinchar dos cavalos era o único som que ouviam. 

― Só estou tentando abrir seus olhos, sabe ― Johnny voltou a falar. 

― Não preciso disso, Johnny ― Taehyung disse ― Eu sei que há um motivo.

― Para quê?

Taehyung parou, pressionando os lábios como se fosse difícil dizer as seguintes palavras. 

― Para ele não me responder durante um ano. 

― Ainda acho que você deveria desistir dele.

― Não vou fazer isso.

SINTONIAOnde histórias criam vida. Descubra agora