paciente | dangal

curativos

Dante se sentia mais vivo do que nunca. Tudo parecia mais feliz de alguma forma, talvez ele realmente estivesse apaixonado.

Gal já havia saído do hospital, estava bem de novo, mas isso não impediu que os dois continuassem a conversar.

Eles trocavam cartas frequentemente, não moravam tão longe um do outro, então elas chegavam rapidamente.

Eles haviam marcado um encontro. Nenhum deles sabia se era um encontro no sentido literal ou um encontro.

De qualquer forma ambos estavam felizes.

Era quase sete da noite, o horário combinado. Ambos estavam prontos e indo em direção ao restaurante.

Gal chegou primeiro e aproveitou para fazer o pedido, ele conseguiu descobrir o prato favorito de Gaspar então não houve problema.

Ele também aproveitou para pagar, ele sabia que ele ficaria furioso quando descobrisse.

Quando Gaspar chegou seu coração disparou, ele estava tão lindo. Ele sempre estava.

Gal pensou que ele sentaria de frente para ele, mas ele sentou ao seu lado, ficando muito próximo.

Ele sentiu suas orelhas esquentarem e não conseguiu conter um sorriso, mas Dante não percebeu, estava nervoso também.

Qualquer um que visse acharia que os dois eram idiotas.

A ambiguidade da palavra encontro ainda incomodava Gal, então ele resolveu deixar suas intenções claras.

- Estou feliz por te ver de novo, Gaspar.

Depois de dizer isso ele pega a mão de Gaspar, faz uma reverência e beija seus dedos.

Gaspar sentiu um arrepio por todo o seu corpo e um calor se espalhar por seu rosto.

Ah, como ele queria jogar aquele homem no chão e rasgar as roupas dele ali mesmo.

Mas ao invés disso ele disse:

- Eu senti sua falta também, passei o mês pensando em hoje.

Antes que alguém pudesse dizer algo mais o garçom chegou com os pedidos na mesa.

- Você já pediu? E macarrão com molho branco! Como você lembrou disso?

- Eu seria um péssimo acompanhante se eu não eu não lembrasse de algo importante assim.

Gaspar sorriu e sentiu seu coração esquentar.

As coisas pareciam estar dando certo, não parecia real.

O jantar foi tão agradável. Eles se conheceram melhor, riram e se divertiram.

Gaspar estava tão hipnotizado que sequer notou que Gal já havia pagado a conta.

Mas infelizmente nada dura para sempre.

- Já está tarde, eu tenho que ir.

Gaspar diz, tristonho.

- Posso te acompanhar até sua casa?

Gal pergunta.

Gaspar sorri.

- Por favor.

Gal lhe ofece o braço e Gaspar aceita.

Ambos andam durante aproximadamente 20 minutos quando finalmente chegam.

Eles param na frente da casa de Gaspar.

- Nós chegamos.

Gaspar diz baixo, olhando para o chão, não queria se despedir.

Ele de repente sente uma mão em seu queixo, e depois algo sobre seus lábios.

Quando encarou Gal ele estava tão perto e sem seus óculos, ele não percebeu quando ele os havia tirado, mas isso não importava.

Gaspar aprofundou o beijo e puxou Gal para dentro da sua casa.