Eclosão ☂

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"Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança". Romanos 5 3:4





[Residência Min, anos atrás]

O toque estridente do aparelho telefônico soou por toda simples, mas elegante casa. Em cima de um aparador antigo e pequeno em formato redondo, e que dele, era possível apreciar a bela vista do jardim com uma imensa laranjeira muito bem cuidada. Um lar comum, e passado de gerações a gerações de uma família conceituada e respeitada pelo influente sobrenome que carregava.

— Min Loyis da Casa Min, boa tarde! - Não houve resposta. — Alô? - Ela disse, um pouco mais alto. Alguém estava na linha, reparou pela respiração que podia ser ouvida, ainda assim, ninguém respondeu.

Então após um breve momento, ela compreendeu.

— Ah, é você. - Soltou uma risadinha colocando a mão na boca com extrema graça. Uma mulher elegante.

— O que foi, "querido"? Não esperava que fosse eu a atender seu telefonema, não é mesmo? - A matriarca sentiu-se vitoriosa em atrasar um pouco para seu chá da tarde com as associadas do clube familiar.

Por mais que odiasse atrasos.

Do outro lado da linha, ouvindo resmungos dos inúmeros militares na fila que também queriam usar o telefone para ligar para seus entes queridos, Hoseok praguejou realmente frustrado ao perceber quem havia atendido à sua ligação. De acordo com seu appa, ela não deveria estar em casa naquele horário. Portanto, o mais velho quem deveria ter atendido o telefone.

— M-meu appa está Loyis? - Limpou a garganta. — Posso falar com ele, por favor?

— Ele está ocupado. Bom, não sabia que no serviço tático do exército vocês tinham tanta liberdade. São o que? Quatro da tarde?! - Olhou para o relógio retro em bronze avermelhado pendurado na parede. — Nossa constituição já foi melhor disciplinada.

— Hoje é sábado, temos 2 minutos para uma ligação. Um único telefone para pelo menos 50 soldados da base em que estou, para onde você me mandou. - Notório era o ressentimento na voz, por mais que tentasse disfarçar, inconscientemente queria provar a ela que daria conta e que seria bom em alguma coisa.

Necessitava ao menos de uma migalha de seu reconhecimento.

— Hm. - Não se importou em realmente ouvir, indiferente. — Agradeça por ainda ter essa regalia Hoseok. Era só isso? Estou atrasada para o meu encontro com as senhoras do clube. Vou desligar.

— Eu... - ele escutou um dos superiores lhe apressar, com tantos para usar o aparelho telefônico compartilhado, os dois minutos, não passava de uma grande teoria. Na prática, eram ainda mais escassos os direitos dos soldados. Apertou os olhos incerto sobre o que iria perguntar, mas estava com saudades. — É, o...

— Vamos Hoseok, dois minutos é tempo o suficiente. Mandarei uma carta para sua base sobre isso.

— Meu irmão... ele, como ele...

— O Yoongi está muito bem. Escrevemos para a base dele e recebemos suas cartas constantemente. Seu pai e eu sentimos saudades do nosso Yoongi. Mas em breve ele estará de volta em casa. Mais alguma coisa?

— Não. Obrigado Loyis.

— De nada.

Antes que ele pudesse afastar o telefone do ouvido para colocar no gancho, ela voltou a falar. Deixaria um conselho a Hoseok, pois sabia o quanto isso o afetaria.

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