9.

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     - Desliga esse despertador. - Felipe reclamou.

     - Não é despertador. - Disse o Bruno.

     - Pelo amor de Deus, quem tá te ligando de madrugada?

    - Já são 10h17, Felipe. E não é pra mim. É o pai da Samanta.

     - E agora? Atende ele. - Felipe disse saltando da cama.

     - Claro. E vou dizer: Oi, tio Mark. É o Bruninho. Sam ta dormindo ainda, e eu sei disso porque DORMI COM ELA.

   - Não, seu idiota. Diz que ta na uni e ela foi em outra sala. Sei lá,  inventa uma desculpa.

     Uni era a forma que eles se referiam a UFSB.

     - Oi, Tio Mark. É o Bruninho aqui.

     - Bruninho! Quanto tempo! Eu fiquei muito feliz em saber que vocês se reencontraram, e que minha filha tem alguém por perto pra cuidar dela. Você era o maior defensor da Samanta, né.

     - Ainda sou, Tio Mark.

    - É bom saber. E onde está a Samanta?

     - Na secretária. Foi entregar o restante dos documentos, eu vim pro laboratório do outro lado do campus com a bolsa dela, pra ela não vir com peso depois.

    - O mesmo garoto atencioso de sempre. Preciso que você a procure e peça para ela ir pra casa agora. Antes de vir embora encomendei uma cozinha planejada, para fazer surpresa pra ela, e acabei esquecendo de avisar que a loja marcou de entregar hoje às onze.

     - Claro, Tio Mark. Vou procurá-la agora mesmo.

     Bruno desligou o telefone.

     - Viu? Não é tão difícil mentir. - Felipe provocou.

     - Cala a boca, Felipe.

     Samanta acabou acordando com a conversa dos meninos. Felipe prontamente sentou na cama, ao seu lado.

     - Ei. - Ele disse com uma voz doce, o amigo mal o reconhecia? - Tá melhor, princesa?

     - Um pouco. Graças aos melhores amigos que eu tenho. - Ela respondeu.

     - Hum. - Felipe respondeu com um olhar diferente e se levantou.

     - Mini Sam, seu pai ligou. - Disse o Bruno. - Eu acho que conseguir disfarçar, mas precisamos ir. Vai chegar uns móveis de cozinha na sua casa, às onze.

     - Bruno, pelo amor de Deus, eles não podem saber de nada.

     - Tá louca, Samanta? Olha pelo que você passou. É claro que seus pais precisam saber.

     - Se eles souberem aparecem aqui pra me buscar no mesmo segundo. Dei muito duro pra passar em primeiro lugar em Ciências Naturais. Eu não vou desistir antes mesmo de começar.

     - Já são 10h30. Melhor nós irmos. - Felipe falou e saiu do quarto.

     Bruno foi atrás do amigo. Samanta se ajeitava para sair.

      - O que deu em você? Ficou indiferente do nada. - Bruno perguntou.

     - Ela me chamou de amigo e não sei se é isso que quero ser. - Felipe respondeu.

     - Se continuar assim, nem isso tu vai ser.

     - É que eu também não sei se é isso que devo ser. Não fiquei indiferente, fiquei confuso.

     - Você precisa me explicar o que está acontecendo. - Bruno não sabia se ficava irritado eu preocupado.

     - E foi pra isso que te procurei ontem. - Felipe falou. - Mas perto dela não dá.

     - Estou pronta. - Samanta disse, entrando na sala.

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     Os três foram para a casa da Samanta, e esse foi o resultado de sua cozinha.

     Os três foram para a casa da Samanta, e esse foi o resultado de sua cozinha

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(Ignorem o nome Jhes. É que quando comecei a escrever, a personagem se chamava Jéssica. )

A baixo, a entrada da casa dela.

A baixo, a entrada da casa dela

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Canção Da Meia Noite ( Felipe Neto )Onde histórias criam vida. Descubra agora