Capítulo 13

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Três semanas depois:

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Três semanas depois:

Seokjin não acordou ainda. Os médicos dizem que ele está bem, que as lesões estão saradas e que ele pode acordar a qualquer hora. Eu ainda não disse nada para as crianças, meus filhos ainda estão abalados com o acontecimento.

Bora chora todas as noites com saudades do Jin, eu não a julgo. Eu também sinto falta dele, Hana e Saem estão se fazendo de fortes pelo bem dos mais novos.

Mas sei que Hana chora escondida, Saem fica atá tarde pedindo aos céus para que Jin acorde e Tae não desenha mais.

Estamos todos perdidos sem ele. Parece até coisa de louco, eu sei. Em apenas algumas poucas semanas Kim Seokjin mudou o meu mundo e dos meus filhos.

Eu vou ao hospital todos os dias e faço companhia para Heejin e Yoongi, que por sinal está bem mais próximo do Hobi, meu irmão também vem ao hospital comigo.

Tae tem me ajudado bastante com as crianças, as distraindo sempre que pode. Hoje é o primeiro dia de férias das crianças, e eu tinha planejado uma viagem a Jejum com elas e Jin.

Gostaria de mostrar ao Jin o resort do Tae, queria que ele conhecesse Jimin e Jungkook.

Mas isso não é possível. Não agora, em um futuro próximo isso pode acontecer. E eu estou pedindo aos céus que isso seja permitido.

Essa história de acidente me deixou muito intrigado. Foi tão repentino, tão estranho. O carro que bateu estava registrado no nome de Kang Sunoo, um senhor de idade que morreu a três anos.

Mas a polícia não achou o motorista, tudo indica que ele conseguiu fugir do local do acidente, não havia digitais no carro mas a perícia encontrou um pouco de sangue no volante e o coletaram como prova.

Tecnicamente, não há um caso viável. O carro bateu no veículo onde meus filhos e Jin estavam, o motorista conseguiu fugir e não há ninguém para culpar.

Só que isso não me desce de jeito nenhum. Eu sei que Chunghee tem algo a ver com esse acidente, e as câmeras de segurança da minha casa terem sido manipuladas me dão uma certeza quase que absoluta.

Quando eu puser as minhas mãos em Chunghee vou fazer com que ele se arrependa de ter nascido.

Quando eu puser as minhas mãos em Chunghee vou fazer com que ele se arrependa de ter nascido

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Eu estava sozinho no quarto com o Jin. Ele estava tão sereno e calmo. Parecia que ele apenas dormia, sua respiração tranquila.

— Eu sinto falta da sua voz, do seu sorriso. Quando você vai voltar pra gente? As crianças estão morrendo de saudades, sua mãe e o Yoongi também, sabe? — digo pegando na sua mão.

Eu nem sei se ele pode me escutar mas eu conto tudo que acontece para ele, na esperança dele acordar e me responder. As vezes ele aperta minha mão, a primeira vez que isso aconteceu foi com a Heejin, e nós deu um pouco de esperança, mas o médico disse que eram apenas espasmos musculares.

Chego minha cadeira para mais perto da cama e encosto minha cabeça na mesma. O som dos aparelhos hospitalares já não me incomodam mais.

Fecho os olhos e respiro fundo sentindo vontade de chorar, droga!

Por favor, acorde Jin. Por favor.

...

Meu corpo inteiro está estranho, não sinto nada, mas sei que algo não está certo

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Meu corpo inteiro está estranho, não sinto nada, mas sei que algo não está certo. Eu queria abrir os meus olhos mas não consigo.

Minha cabeça está cheia de imagens borradas, sons de gritos e choro. Não lembro de quase nada, mas sei que são as crianças. Nunca as vi tão assustadas.

Eu sei que estávamos no carro, saíndo da escola. As crianças estavam tristonhas e eu pensei em fazer bolo de morango para eles. Eu nem sabia o que dizer ao senhor Kim sobre os seus filhos estarem machucados.

Então eu lembro de ter parado no sinal vermelho, também lembro de ter me virado para trás para falar com as crianças e no momento seguinte o carro estava capotando e capotando.

Eu segurei as crianças como pude, eu fiquei muito preocupado porque apenas Tae e Bora usavam cadeirinhas, Hana e Saem não, fiquei desesperado quando vi os dois caindo dos assentos.

E então tudo pra mim ficou escuro e calmo. Não havia som nenhum, não havia nada. Parecia um vazio frio.

Mas então um barulhinho começou a ser ouvido por mim. Era parecido com um alarme, sabe?

Bip...bip...pib...

Eu ouvia a voz da minha mãe, do Yoonie, da Hana, Saem, Tae e Namjoon. Até os barulhinhos da Boo eu ouvi.

Sentia seus toques, seus lamentos. Eu queria acordar e dizer que estava bem mas não conseguia, um nó estava na minha garganta.

Eu queria gritar e chorar. Não sabia o que estava acontecendo, porquê minha mãe me pedia para voltar?

Há quanto tempo eu estou... Sei lá que caralho eu tô, eu só quero ir pra casa, abraçar minha mãe e meu irmão, brincar com as crianças e conversar com o senhor Kim.

Droga... Até quando eu vou ficar aqui? É tedioso e...

Por favor, acorde Jin. Por favor.— eu conheço essa voz, é o senhor Kim!

Ah! Ele está aqui! Que bom, fico feliz que o senhor Kim esteja aqui, fica bem menos solitário.

Acho que posso tentar abrir meus olhos das outras vezes que tentei eu não tive sorte, foi cansativo. Mas agora posso ter um resultado positivo.

Sinto meus piscando e meu corpo ficando pesado, tem muita luz aqui, dói minhas vistas. Mas o esforço vale a pena.

Assim que consigo abrir meus olhos tudo que vejo é branco, muito branco. Por que tanto branco? Estou em um hospital?

Aí, que merda.

— Aí, que merda

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Um Babá Para Os Kim'sOnde histórias criam vida. Descubra agora