Fugir

553 67 18
                                    

Não veio o som de uma abertura de cinto. Hope estava tremendo. Ela queria isso, não queria isso. Deixá-los, não deixá-los. Ela se esforçou inutilmente. Michael empurrou-a mais forte na mesa, prendendo-a sob o seu peso, e começou a desatar o cinto, Hope escapou desesperadamente e...

"Oh." Disse Josie atrás delas. "Aí está você."
Hope deu um enorme suspiro de alívio. Michael saiu fora dela, deixando-o ainda na mesa, tremendo violentamente, o frio rastejando para dentro dela.

Josie ficou na sombra profunda. Hope só podia ver suas mãos, mexendo lentamente, e por um momento Hope pensou que ela ia matá-los onde estavam. O par de feiticeiros congelou. Quando Josie falou ela parecia muito calmo.

"Eu não acho que lhes dei permissão para tocá-lá."

Michael começou. "Não é..."

"Eu acho que é." Josie ficou olhando para elas, sua voz perigosa. "Por que vocês não saem. Agora."

Michael parecia que ainda queria explicar, mas Bartholomew arrastou-o para longe. Suas cabeças escuras e claras curvadas juntas. Josie assistiu-os sair em silêncio férreo. Hope empurrou-se para fora da mesa, se atrapalhou para arrumar a saia, endireitar sua camisa. Tentou, de qualquer maneira. Suas mãos tremiam muito e mal conseguia segurar os botões.

Josie assumiu fazendo os botões de Hope em silêncio. Sua proximidade súbita foi surpreendente, Hope estremeceu. Ela sentiu a necessidade estúpida de se desculpar. "Eu não quis dizer que..."

"Você está bem?"

"Sim."

"Bom."

Hope queria dizer alguma coisa. Não sabia o quê. Ela tinha chegado tão perto de perder tudo ali mesmo naquela mesa. Elas o teriam como propriedade para o resto de suas vidas. Ela pressionou em Josie, para o abrigo daqueles braços fortes. Por algum motivo sentia que ninguém poderia lhe machucar naquele momento.

"Eu não lhes dei permissão para tocar em você." Josie esfregou a nuca, um toque suave. Hope pressionando com mais força. "Eu não confio neles para parar."

"Você quer parar?" Hope ousou perguntar.

"Eu já tenho." Disse Josie. "Muitas vezes. Toda vez que olho para você penso jogá-la para baixo e terminar isto já. E cada vez, eu paro. Mesmo quando você está na minha cama me implorando para beijá-la. Eu não vou reclama-la até você pedir. Eu prometi." Josie acariciou sua bochecha, fazendo-a estremecer. Foi tão difícil. Hope foi concebida para querer isso, destinada a precisar disso. Ela havia sido chamado, tinha que obedecer, tinha que ter um mestre.

"E se eu nunca o fizer?" Hope sussurrou.

"Pedir?"

"Então você é livre amanhã." Hope não sabia o que dizer. Não sabia o que queria. Ela virou o rosto na palma da mão de Josie, inclinando-se impotente no calor de Josie. Josie pegou a mão dela. "Vem."

Hope continuou servindo o vinho. Os outros feiticeiros brincaram com ela, dizendo-lhe quão bonito era, o quanto gostariam de roubá-la, mas Josie proibiu-os de tocá-lo, embora seus olhos famintos ainda o seguissem.
O vinho fluía livremente. A outra Succubbus juntou-se a Hope conforme os convidados tumultuavam. Ela era jovem, talvez dezenove anos, com um rosto angelical e cachos dourados, Hope pensou que seu nome era, possivelmente, Jade. Estava vestindo uma camisa branca abotoada apenas metade, mostrando seu corpo magro, firme, e a saia que se agarravam a sua bunda arredondada.

Então Josie acariciou o pulso de Jade, enquanto estava servindo, exatamente como Josie tinha feito com Hope. Jade pulou também. Seus olhos se encontraram.
Hope congelou. Ela sentiu como se tivesse engolido algo errado, sua garganta apertada e espinhosa. Ela derramou mais vinho e o feiticeiro que estava servindo riu, mas foi tudo distante. Não conseguia parar de olhar.
Josie enganchou um dedo no colarinho aberto da camisa de Jade e puxou-a lentamente do ombro de jade, expondo a pela pálida como creme. Jade mordeu os lábios, seus olhos escuros e largos. Ela não conseguia desviar o olhar de Josie. Hope não conseguia respirar.

Hosie SuccubbusOnde histórias criam vida. Descubra agora