37 Cap

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Leh

Me sinto humilhada, destruída, traída, insuficiente e muitas outras coisas, nunca imaginei passar por essa situação ainda mais com ele

Confiei e depositei a porra da minha confiança nele pra receber isso em troca? A vadia me deixa presa por dias e o que ele faz? Come ela pra passar o tempo

Me sinto fraca e usada por ela e insuficiente por ele, nunca transamos daquele jeito ele nunca foi assim comigo ele nunca chegou onde chegou com ela

Isso faz pensar que eu nunca servi pra ele ou que não me doei por inteiro, se fosse a um tempo atrás ia tá em plantos até agora mais não sou mais adolescente e preciso me comporta como uma

O que faria se fosse traída? Eu vou dar a volta por cima nem que preciso sair do morro e do rio, vou mostrar que posso viver sem ele da mesma forma que "vivi" durante aqueles cinco anos que ele "morreu"

Eu vou mostrar pra quem achou que minha vida terminou que na verdade ela só recomeçou, minha história não acaba aqui e não vou dar o gostinho dele me ver chorar

Já não basta a Aline ter chegado e tirar sarro de mim dizendo como ele é na cama e o quão gostoso ele foi, cara isso é tão humilhante que nem sei o que pensar ou dizer

Nada justifica uma traição ele errou e foi somente culpa dele e espero que aceite minha decisão, se antes o amava hoje sinto nojo, um nojo tão profundo que parece que tem algo entalado em minha garganta

Ela tá aqui rindo e mostrando o vídeo novamente e eu o assisto, não porque quero mais pelo risco que meu filho está correndo caso não faça isso

Aline: O que achou? Leleh vou fala pra você amiga, como tu aguenta esse homem todo dia fogoso desse jeito? Só não te mostro como fiquei porque seria muita intimidade né- ela riu se aproximando

Leh: Me deixa ir embora e fica com ele, juro nunca falar de você pra ninguém e nem sobre o que aconteceu aqui só me deixa sai Aline eu te imploro - vi sua cara de pena pra mim e quando ela ia falar alguma coisa, um estrondo acontece na casa

Leh: O que é isso? Quem é? - seu olhar era de desespero 

Aline: Filha da puta, filha da puta - disse com ódio e jogou algumas coisas no chão

Aline: Ele me seguiu e eu não percebi, ele tava atrás de mim e eu não vi, como pude ser tola a esse nível? - ficar calma era o melhor que podia fazer se não ela pegaria a arma que tem escondido e Deus sabe onde está essa coisa

Leh: Não deve ser ninguém, alguma coisa deve ter caído- em um pulo ela me segurou pelo pescoço me enforcando, seu rosto era uma mistura de raiva com medo e muito desespero

Aline: Não importa onde eu estiver eu e meu pai vamos persegui cada um de vocês, ainda vou vingar a morte dele eu vou matar essa... - Px pegou ela pegou cabelos e o Ret veio me soltar

Ret: Ta bem? Ela te machucou? Vocês tá bem Leh? - não saia nada, eu tentava mais não saia absolutamente nada, eu só sabia chorar sem fazer nenhum som se quer

Px: Cadê a chave das correntes maluca? - ela não disse nada então o Ret pegou a arma já destravada e colocou na testa dela ameaçando atirar

Aline: Atira! Tu não tem coragem, faz igual fez com meu pai covarde faz! - ele atirou em sua perna que jorrou sangue, fechei meus olhos ouvindo seu grito de dor

Ret: CADE A PORRA DA CHAVE ALINE? - ela me olhou e depois pra bolsa

Leh: Na bolsa - finalmente falei alguma coisa, ele pegou o moinho de chaves na bolsa que tava na poltrona e guardou a arma na cintura por fora da camisa

Ret: Vou tira tu dessa Branquinha prometo - ele tava nervoso e ansioso demais, foi difícil mais ele abriu tirando as correntes da mão e depois da perna

Aline: EU VOU ACABAR COM VOCÊS, ISSO NÃO VAI ACABAR ASSIM, NÃO VAI MESMO - me veio um pensamento horrível e no impulso puxei a arma da cintura do Ret e disparei descontroladamente antes dele me impedir

Ret: LETÍCIA NÃO!! - tarde demais já tava feito, não sei se machuquei o px mais na hora so me encolhi na cama e chorei feito criança

Px: Vamo embora Ret os vizinhos vai chama a polícia se já não chamou - ele me pegou no colo e outro homem entrou com gasolina enquanto me colocaram no carro vi de fora a fumaça preta sai de dentro da casa e em questão de minutos fui parar no pronto socorro perto do morro

Estávamos bem, eu estava bem (destruida) mais era só por dentro então ninguém via só eu e meu filho sabíamos como estava

Enfermeira: Vou passar uma bolsa de soro pra hidratar vocês um pouco e depois vamos fazer outra ultrassom pra ver seu neném antes de tomar o calmante e ser liberada - concordei sem nem escutar o que foi dito, fiquei deitada por vinte ou trinta minutos enquanto eles falavam várias coisas em volta de mim

Px: Por que ela tá assim?

Ret: O que ela fez Branquinha?

Px: Será que tá alucinada? Ou a maluca injetou alguma coisa nela - minha cabeça tava a ponto de explodi

Leh: CALA A BOCA! Me leva pra minha mãe, quero ver meu filho cada ele?

Ret: Ele deve tá dormindo, assim que tiver alta levo tu pra goma dela fica tranquila- ele veio me beijar mais virei o rosto não consigo olhar pro rosto dele sabendo que horas antes estava no meio da perna daquela mulher isso me enoja cada vez mais

Leh: Quero ficar sozinha

Px: Espero no carro sorte pra tu Leh- não olhei nem pra ele

Leh: Sai também Filipe eu disse "sozinha" - me encarou por um ou dois minutos e saiu batendo a porta

Depois de cinco minutos a enfermeira volta pra me levar pra sala de ultrassom, ele entrou junto dessa vez. Ela passou o carbogel e o medico chegou colocando o aparelho em minha barriga

Médico: Seu bebê é bem grandinho mamãe- tentei sorrir por educação

Médico: Os batimentos estão ótimos, os ossos estão ok, peso é aproximadamente 2,830, o tamanho é 44cm, sua menininha está forte e mais saudável que eu Letícia- fiquei em choque, é uma menina, minha menina, minha princesa, minha Laura

Ret todo feliz veio me abraçar e nesse momento por questão de segundos me permiti esquecer tudo e só ficar feliz por nós

Sou mãe de dois, vivo pelos dois, viro onça se for preciso por eles e mato e morro se preciso for

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