A fada verde e a lutadora vermelha

Capítulo 1

Essa história já foi postada no Spirit e eu só quis transferir para cá, eu não posto muito aqui pois acho difícil, mas eu quero voltar a publicar, espero que gostem.

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Cait era uma fada da floresta, nativa das matas mais fechadas e mágicas, onde uma fonte de mana central abastecia cada veia viva naquele amontoado de natureza virgem, sua existência era sempre solitária em alguns aspectos, ela falava com a mata e a mata sempre falava com ela, mas não era o bastante, a jovem fada queria alguém para amar. Em toda sua vida ela viu diversos seres, humanoides tanto quanto ela, mas nenhum realmente acendeu em si o desejo de amar, então ela se contentava com sua vida simples ao lado da floresta que era responsável por ajudar a nutrir, encaminhando a magia diretamente a quem necessitava. Nessa manhã o sol tinha nascido mais quente que o habitual, o clima quente a despertou cedo, o calor abafado a preocupou, uma chuva terrível estava por vir, ela soube no primeiro momento que abriu os olhos, aquilo a preocupava, precisava dar as devidas instruções a mata ou aquilo seria um desastre, alguns animais esperavam pequenos filhotes para aquela noite, era bom achar um local para eles logo ou algo ruim podia acontecer em seu território.

A jovem fada saiu de sua casa após um banho gelado e caminhou pelas pedras do terreno em volta, seu objetivo era encontrar a pequena família de lobos que iriam crescer, bem, uma delas por hora. Assim, Caitlyn gastou o dia todo, procurando tocas quentes e protegidas e curando pequenas feridas nos peludos. No fim do dia ela estava cansada e desejando mais-que-tudo sua casa quente e iluminada, mas os céus não tiveram piedade de si, a chuva forte caiu sobre sua cabeça com todo seu poder e glória, suas asas furta cor se esconderam de imediato em suas costas, deixando apenas uma marca, como uma tatuagem feita da cor branca, ela correu com tudo que tinha até encontrar as pedras em formato de coração que estavam em seu jardim, só assim se permitindo relaxar um pouco. Já em sua casa ela enfim sentiu o ar ao seu redor, ainda molhada pela chuva ela respirou fundo e expandiu sua magia, fazendo uma análise minuciosa de todo o território a sua volta, contando cada animal e cada árvore sobre seu domínio, mas alguma coisa estava diferente do habitual, imediatamente seu corpo se arrepiou e sua respiração se tornou ofegante e falha, tinha algo na floresta.

Aquela esfera de energia vermelha caminhava rumo ao centro, aquilo era deveras assustador, nunca em toda sua vida tinha presenciado tal poder, nem mesmo diabretes eram assim, tão vermelhos e furiosos, um calafrio percorreu sua espinha, estava ferrada se aquilo entrasse em sua casa, mas afinal, o que era aquilo? Cait não sabia dizer, nunca tinha visto ou ouvido nada parecido, seus sentidos gritavam para que ela se escondesse, mas não iria o fazer, sabia que todas as outras fadas dos arredores já tinham sentido, principalmente as da água, tudo que restava era emitir um alerta para os animais e esperar para confrontar a coisa. Com os nervos à flor da pele ela correu apagar cada chama acesa dentro de casa, tudo para disfarçar sua existência, com a casa apagada era mais difícil ser vista, agora em puro breu ela realmente pensava se poderia enfrentar aquilo, aparentemente era algo assustador, e estava se aproximando rápido, rápido até demais para seu gosto, porém tinha que se manter firme e confiar em si mesma, guiada pelas lembranças de onde estava cada coisa ela correu até seu quarto e pegou seu bastão mágico, era como um galho mais fino com pouco mais de um metro de comprimento, era lindo ao seu ver, adornado com cristais que cresceram ali naturalmente e algumas flores, toda fada tinha para que pudessem se comunicar e se defender, era feito de sua magia em sua forma mais pura, mas naquele momento aquilo era sua única fonte de iluminação para andar pelos corredores. Um feitiço de proteção foi lançado para defender as portas e janelas de madeira escura e bruta.

De forma áspera ela foi tirada de seus pensamentos confusos com um barulho alto e forte em sua porta, ela quase podia sentir o tremor que aquela pancada faz, então iluminada pela sua magia ela correu até a porta, ouvindo mais uma vez aquele som ela resolveu abriu a porta, iria enfrentar aquilo de frente como ela foi ensinada. E antes que o terceiro barulho fosse ouvido a porta foi aberta em um baque, revelando o monstro que corria em sua direção, imediatamente seus olhos se arregalaram e a surpresa dominou sua face agora pálida, ali parada em sua frente não existia um monstro enorme e raivoso, e sim uma baixa mulher de cabelos rosados e pele bronzeada, ela sangrava pelo nariz e um machucado manchava sua blusa próximo ao umbigo, ela realmente não parecia bem, mas ostentava um largo sorriso malicioso.