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Preferi deixar o nome da Eleven como Jane.

Os primeiros capítulos podem ser uma bosta, mas o resto é menos pior.

Boa leitura.

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Se mudar para uma cidade nova e entrar em uma escola desconhecida no segundo semestre do ano, é algo horrível, detestável, desagradável, antipático...De forma resumida, todos os sinônimos de ruim.

Mike odiava ter que se mudar. Ele só fez isso uma vez, na verdade, mas foi o suficiente para ele começar a odiar.

Outra casa, outros amigos, outros hábitos, socializar, tudo é diferente, tudo é uma merda.

Se acostumar com o lugar novo é uma das piores coisas.

– Eu vou ter que ficar nesta casa?

Mike perguntou hesitante quando desceu do carro da sua mãe com duas malas nas mãos.

– Mike, você sabe que essa é a única opção. Por acaso é mais interessante ficar embaixo da ponte do que na casa dos seus avós?

Sua mãe perguntou dando de ombros.

– Isso tudo é para o seu bem, seu futuro vai ser escrito aqui, sabe disso. Eles vão cuidar bem de você.

Acariciou os ombros de Mike e entrou no carro novamente, sem dar pelo menos um abraço em seu filho.

– Preciso ir agora, se alimente e você fica bem.

Deu partida com o carro, deixando Mike parado em frente a uma casa com o design bem...questionável.

Karen teve a ideia de deixar Mike terminar os estudos em outra cidade, de acordo com ela, Hawkins era o melhor lugar pra ele. Mas não era novidade para Mike que sua mãe só queria se livrar dele logo.

Mike não desgostava de seus avós, ele só tinha receio de morar com eles até acabar o ensino médio. A única vez em que ele ficou frente à frente com seus avós, foi quando tinha 9 anos, e foi traumático...

Foi no dia da ceia de Natal, sua vó ficou cismada que Mike estava magro demais para sua idade e obrigou o menino a comer três coxas de frango gigantescas.

E o vô de Mike já nocauteou o menino ensinando-o a lutar, ou tentando ensinar.

Pode ter sido com boas intenções, mas ainda deixou Mike com medo de seus avós por anos.

– Que Deus me abençoe.

Fez o sinal da cruz e bateu na porta, retraindo sua mão quando sentiu dor.

Quem ainda usa porta de ferro em um século como este?

Resmugou e resolveu gritar por seus avós.

– VOVÓ! VOVÔ! SOU EU, MIKE!

Gritou várias vezes e recebeu olhares estranhos de pessoas que passavam na rua.

– Neto querido? A porta está aberta, é só puxar! Já estou descendo.

Ouviu a voz delicada de sua vó dentro de casa. Ele segurou a maçaneta e puxou, ficando confuso quando a porta nem se mexeu.

Tentou, tentou, tentou, mas a porta não fazia nem menção de abrir. Suspirou exasperado e olhou para suas mãos, agora em tons de vermelho.

– Sinto que irei me matar em duas semanas.

A cliché story •FINALIZADA•Onde histórias criam vida. Descubra agora