Decendents of Olympus

III - Flag Hunt

continuação...

—NARRADOR—

Tzuyu ainda ficou um bom tempo na clareira, ela repensava todos os seus passos, pensava em sua mãe e nos motivos de ela ter a deixado. Chegou a cogitar que sua progenitora sabia que ela era uma semideusa e por isso resolveu largá-la, pois sabia dos problemas que se meteria caso ficasse com a filha. Sua cabeça pensava nos outros semideuses e se eles também tinham uma conexão com os seus pais mortais ou se era só ela que foi abandonada por ambos os familiares, divino e humano.

Enquanto Chou fazia exatamente o que Jihyo lhe disse para não fazer, ela não reparou em uma movimentação estranha vindo por trás de si, dois campistas a encaravam de longe, e estavam preparados para pregar uma peça nela, afinal todos deveriam ter uma boas-vindas né? Eles realmente iriam fazer algo, mas não naquela hora, e sim no caça-bandeira. Já era comentado por todo o acampamento que a novata inexperiente iria jogar, sendo assim alguns campistas acharam que era uma boa ideia tornar sua chegada em um verdadeiro show. Após sentir um leve arrepio em sua nuca, Tzuyu olhou para trás, encarando os campistas escondidos nos arbustos, não podia vê-los, mas conseguia sentir eles ali, parados a observando.

Tzuyu decidiu ir até a arena, pois iria se encontrar com Dahyun para continuar o seu treinamento, e assim seguiu boa parte de sua tarde. A Kim lhe passou exercicios básicos, como a repetição de movimentos para se sacar uma espada, movimentos de cortes nas verticais e diagonais. Ela sentia olhos em si a cada movimento que fazia, sabia que estava sendo observada pelos campistas e principalmente por Dahyun, esta que nunca perdia a chance de lhe dizer onde estava errando. Em um certo ponto ela passou a aprender a dar golpes com giros, onde ela movimentava seu corpo para atacar quem estivesse atrás dela, era muito cansativo, porém útil. Em seguida elas partiram para a defesa, enquanto era atacada sem dó por sua parceira de treino, o objetivo de Tzuyu era bloquear e desviar das investidas da Kim.

A Chou já estava bem machucada, com cortes pelo braço e pernas, porém ainda assim não parava. Ela não sabia explicar, mas sentia uma urgência em lutar, mesmo estando cansada fisicamente, sua mente forçava seus braços e pernas a se moverem para tentar ganhar a luta, era como um formigamento em todo o seu corpo que fazia ele querer batalhar a cada instante.

— Vamos parar por aqui Tzuyu — Mesmo com o pedido de Dahyun ela não conseguia parar, ainda balançava sua espada em direção a parceira — Tzuyu, já chega! — Em um movimento rápido, Dahyun a derrubou no chão com uma chave de braço, a forçando a parar — Pelos Deuses, você não me escutou? — Questionou a filha de Hermes.

— Me desculpe Dahyun, eu simplesmente não conseguia parar — Se levantou e ajudou a KIm a ficar de pé — Eu não sei o que deu em mim, me desculpa — Dahyun nada disse, apenas analisou Tzuyu de cima abaixo, ela finalmente havia entendido o porque de Quíron ter convocado ela para o jogo.

— Tá tranquilo, apenas tenha cuidado da próxima vez, mesmo que sua mente grite para lutar, pense em como seu corpo está cansado, isso vai ajudar — Respondeu dando um suspiro, aquele treino tinha cansado ela — Eu vou tomar um banho, sugiro que faça o mesmo.

As garotas passaram a andar até os banheiros e por onde passavam tinham olhos as perseguindo.

Para muitos ali era uma surpresa Dahyun estar finalmente treinando um semideus de forma correta, pois na maioria das vezes a filha de Hermes apenas brincava em seus treinamentos, ignorando totalmente suas obrigações. Outros apenas pensavam em como a novata estava evoluindo rápido, o que os fazia se sentir ansiosos para saber de quem ela era filha.

Definitivamente quem mais estava ansiosa com tudo isso era Jennie Kim, uma das poucas filhas de Ares, desde quando botou os olhos em Tzuyu ela sentiu um grande choque percorrer seu corpo, todos os pelos de sua nuca se eriçaram ao passar do lado da Chou, e isso a deixou excitada. Oh, o tanto que Jennie estava ansiosa para poder lutar até a morte com Tzuyu não estava escrito, nem o oráculo poderia descrever a tamanha vontade que a filha de Ares tinha de bater na cara bonitinha da novata.