𝗈𝗇𝖾

759 43 9
                                    


☆

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

━━ fodida. com toda certeza do mundo é a palavra que mais define a minha vida, e estar fodida nem sempre é ter feito alguma merda, vacilado com alguém, ou sentir que vai perder algo importante. quer dizer, para você esse pode ser o verdadeiro significado de estar fodida, mas, para mim.. é um adjetivo mais, intenso.

e a melhor parte, é poder contar quantas vezes quiser todas as porras dos seus problemas, para absolutamente qualquer pessoa. porque, ela sempre vai tentar te mostrar o lado bom, pelo menos com os meus "amigos" é assim os desabafos. "amiga, eu matei aquela garota insuportável que pegou meu ex.." e elas sempre vão olhar para você, no fundo dos seus olhos, e dizer "o lado bom é.. agora talvez ele esqueça ela e possa voltar com você!".

e nesse momento você pode estar me achando totalmente foda, ou totalmente irritante, exagerada, e a tal da pick me girl. e por isso vou dizer o verdadeiro significado de estar fodida, o meu significado.

eu sempre fui a filha perfeita, na verdade, até os meus dez anos.. quando eu encontrei 'papai' fodendo como se não tivesse amanhã outra mulher em cima da porra da cama da minha mãe. eu pensei em não contar para a mamãe, mas eu não podia deixar ele fazer aqui com ela, então eu contei tudo para ela.

em uma semana minha mãe colocou ele na rua, e foi o maior escândalo. quatro horas da manhã, 'mamãe e papai' eram os únicos que gritavam na rua, minha mãe gritava palavrões da varanda enquanto ameaçava jogar uma mala c todas as roupas do meu pai na rua, enquanto ele, ele gritava na calçada para que ela se acalmasse e eles pudessem conversar. é óbvio que os vizinhos acordaram e gravaram tudo, alguns postaram nos storys e outros viralizaram em cima da minha vida começando a acabar. e essa talvez tenha sido o meu único erro, talvez eu não teria destruído tudo se não tivesse ido contar para a mamãe, ou de todo jeito eu estaria na merda, assim como eu estou agora.

fazem sete anos desde que tudo aconteceu, inclusive a zoação na escola por causa dos vídeos que gravaram da briga, se a escola fosse twitter eu estaria nos assuntos mais procurados. inclusive, também foi a última vez que falei e vi o meu pai, eu não sei se ele está vivo, ou onde ele mora, se ele construiu outra família ou se simplesmente desapareceu, até porque, eu nunca recebi uma ligação, uma carta, ou um sinal de fumaça.

e eu lidei com isso, do meu jeito, mas lidei. eu não reconheço mais a minha mãe, e também acho que ela não se reconhece, ela virou um monstro, um monstro que se prostitui de graça, é dependente de intorpecentes e vive drogada. não estou julgando, não que eu me orgulhe, longe disso. mas a tal forma como lidei com a minha família acabando, foi o tal do cigarro, tabaco, beck, fininho, ou como preferir chamar. as vezes eu também uso drogas, mas é só quando eu preciso sentir alguma coisa

eu pensava que mamãe sabia sobre o fato de eu usar drogas e me embebedar quase sempre, porém, aparentemente ela gasta muito do seu tempo transando com caras desconhecidos para receber uma merreca que pague um kilo de maconha em algum beco. então, quando contaram para ela que a sua filha era uma 'drogada', sua reação não foi uma das melhores. á quatro meses fui enviada para casa da April, irmã da minha mãe, a única da família que ainda á considera. provavelmente pelo fato dela morar 2.848,4 kilometros de nova Iorque, e não saber qual é a real situação da minha mãe. então aceitou cuidar de mim por um tempo, e me ensinar a "me tornar uma pessoa boa".

eu diria que April teria me ensinado a como fazer de tudo para não querer estar em casa, se eu não tivesse aprendido isso anos atrás. eu cheguei a pensar que ela faria um bom papel de mãe para mim, mas ela também não se importa. e fazem um mês e meio que eu não volto para lá, em outras palavras, faz um mês e meio que voltei para nova Iorque. não recebi uma ligação de April, e eu também não esperava rever uma. as coisas por aqui não mudaram tanto nesse tempo, melanie continua a mesma, e agora, não a chamo mais de mãe.

meu quarto ainda é o mesmo, acho que ela também não teve tempo, ou vontade de entrar lá, e isso é bom. faz um mes e meio que eu voltei para casa, e malenie, melanie não sabe, porque, ela não vem para casa a dois dias, e quando vem, é da porta da casa para o quarto, onde ela deve passar a noite bebendo e transando.

e de onde eu arrumo dinheiro? bom, no começo vinha do strip, mas eu parei a alguns meses, agora a minha 'renda' vem exclusivamente da prostituição, comecei a vender vídeos em sites adultos, e sinceramente? dá uma boa grana, pelo menos a maconha da pra bancar. "ah, mas você está sendo hipócrita, já que julgava sua mãe por se prostituir e agora faz o mesmo!" sim, faço, mas tem um detalhe. não sou mãe, não abandonei minha filha, e não estraguei a vida de uma adolescente de 17 anos.

por incrível que pareça, melanie não mora dentro de uma caixa de papelão em baixo da ponte, apesar de ser o que ela merece. essa casa tem dois andares e é bem equipada para uma drogada de merda, e como ela não foi despejada? eu não faço a mínima ideia, porque pagar essa porra eu sei que nem a energia melanie faz questão de pagar.

na casa de trás mora a família Hacker, composta por, um tiozinho, uma tiazinha e três irmãos. O irmão mais velho, Reggie Hacker, o do meio, Vinnie Hacker, e o mais novo, Jordan Hacker. dizem que o mais novo é adotado, mas eu não tenho certeza. o tiozinho é dono de uma empresa grande, que é situada em um dos maiores prédios do estado. e como melanie mora ao lado dessa gente? eu não sei caralho!

e esse é o meu significado de estar fodida, e a pior parte é que, a tendência é piorar.

ah, e prazer, Hannah Canon Brixton. talvez esse seja o nome que você pense apartir de agora. xoxo

𝗍𝗁𝗋𝗈𝗎𝗀𝗁 𝗍𝗁𝖾 𝗐𝗂𝗇𝖽𝗈𝗐𝗌 - 𝖵𝗂𝗇𝗇𝗂𝖾 𝖧𝖺𝖼𝗄𝖾𝗋Onde histórias criam vida. Descubra agora