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  Esperei cerca de duas horas até ter certeza de que estaria seguro para sair sem ter preocupações.

  Antes de sair, aproveitei para pegar comida enlatada e uns pacotes de biscoito que ainda haviam na casa, afinal, não poderei cozinhar no meio da rua.

  Abri a porta com todo cuidado do mundo e olhei atentamente para todos os lados, realmente não havia zumbis, pelo menos não no meu campo de visão. Saí em passos largos e cuidadosos.

  A cidade não é um lugar seguro por ter uma concentração maior de pessoas, então eu deveria ir para um lugar bem afastado, mas também tem a questão da comida e de onde eu iria dormir, mas enquanto não tenho um bom plano, continuarei na cidade para conseguir mais comida, água e armas.

  Resolvi ir a leste, pois tem uma delegacia, então seria meu modo mais rápido de conseguir armas. No caminho vou encontrando alguns zumbis, casas manchadas de sangue, prédios e mais prédios, imagino a quantidade de zumbis que deve haver dentro destes prédios.

  Estava andando tranquilamente, quase chegando na delegacia quando eu ouvi gritos que pareciam vir da parte de trás da casa a minha esquerda, corri o mais rápido que pude, e, assim que cheguei ao local, havia um garoto tentando se livrar de dois zumbis.

  Me aproximei e matei os dois zumbis que o incomodavam, o garoto pareceu ter ficado meio atônito diante da situação mas logo recobrou os sentidos e me agradeceu.

- Por nada, aliás, qual é o seu nome?

- Henry, e o seu?

- Leylí.

- Prazer em conhecê-la. Quantos anos você tem?

- Tenho dezessete e você?

- Eu também.

  Quando iria falar, ouvimos passos desajeitados e o ranger dos dentes podres dos mortos.

  Havia pelo menos quinze mortos vindo na nossa direção, saímos correndo para o lado oposto, contornamos a casa e fomos para outra rua.
  Cansados e levemente suados, resolvemos parar em uma pequena casa, não foi difícil de entrar já que a porta estava aberta e por um milagre a chave ainda estava pendurada na maçaneta.

  Assim que entramos, fechamos e trancamos a porta rapidamente, e, colocamos o sofá na frente por precaução e fomos olhar a cozinha para ver se havia comida, e para nossa felicidade tinha.

  Fizemos uma espécie de cama com cobertores e travesseiros em frente a porta para vigiar, eu fiquei com o primeiro turno.

  Em questão de alguns minutos Henry já estava dormindo profundamente, e eu continuei olhando para a porta atentamente, nós tampamos as janelas com o restante dos cobertores para não chamar a atenção dos zumbis.

  Me aproximei da janela e afastei uma pequena parte do pano para olhar o lado de fora, havia alguns zumbis passando pela rua, coloquei o pano no lugar e voltei a sentar de frente para a porta.

  Durante o meu turno nada aconteceu, quando acabou, acordei o Henry e fui tentar dormir.

  No dia seguinte, comemos um pouco de comida enlatada e pegamos garrafas de água.  
  A caminhada seria um pouco longa, decidimos passar em uma roupas para pegar vestimentas quentes pois está ficando muito frio.

Mate Ou Seja MortoOnde histórias criam vida. Descubra agora