Mate Ou Seja Morto

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O shopping estava calmo, o barulho dos zumbis do lado de fora era agoniante, mas o shopping conseguia fazer com que nos sentíssemos seguros de certa forma, mas algo me dizia que tinha algo por trás da calmaria.

— Acho melhor vasculharmos o máximo de lojas que a gente conseguir e tentarmos sair pela saída de emergência do shopping.

— Certo, você é melhor nos separarmos?

— Sinceramente não sei, mas acho que talvez seja mais rápido, assim que terminar, vá para a saída de emergência, se eu demorar muito, vá embora sem mim.

— Lay, nós vamos nos encontrar, mas digo o mesmo.

Nos despedimos e cada um foi para um lado, não tínhamos tempo para perder, no entanto, não consegui chegar muito longe, um garoto que parecia ser um pouco mais velho que eu entrou na minha frente.

— Para onde você vai?

— Se você puder sair da minha frente irá ver.

— Por que está sendo tão grosseira? Eu nem fiz nada.

Ele levantou as mãos para o alto em sinal de rendição, sua ironia estava começando a me estressar.

— Certo, me desculpe, mas eu preciso que me dê licença.

— E se eu não der?

— Olha, só chega para o lado, eu não quero brigar.

— Mas eu quero, e aí, como vamos resolver?

— Arrume outra pessoa para brigar.

— E se eu não quiser?

Que garoto chato, como pode ser tão irritante e despreocupado?

— Por que você parece tão despreocupado? Por acaso se esqueceu de que estamos em um apocalipse? Eu tenho planos e metas a cumprir.

— Que inspirador, seria ótimo ter você no meu grupo!

— Desculpe, só estou interessada em passar, se puder me dar licença.

— Bem, eu vou te dar o endereço, mas se você fizer alguma besteira, não hesitarei em te matar cruelmente, tá me ouvindo?

— Eu já entendi, mas não sou assim, não se preocupe, bom, te vejo por aí.

Ele me entregou um mapa com as coordenadas do local em que o grupo dele está.

— Na verdade, bem, eu tenho algumas perguntas, se puder me responder.

— Dentro do limites, claro que posso, prossiga.

— Tem muitas pessoas?

— Meu grupo tem vinte e sete pessoas atualmente.

— É um lugar seguro?

— Razoavelmente sim.

— Você... Já matou alguém?

— Já, mas eu não quero falar sobre isso, a propósito, qual é o seu nome?

— Laylí, e o seu?

— Marcos. Laylí, você tem mais alguma pergunta?

— Não, eu tenho que ir, obrigada.

— Eu que agradeço, mas não se esqueça do meu aviso. Eu também tenho que ir, até logo.