Flores e Seus Espinhos

5º CAPITULO

O Novo Servo joga Steve ao chão, o segurando com o antebraço em seu pescoço.

Novo Servo -Um rebelde fútil como você, não conseguirá passar por mim

Steve -Meu objetivo não é fugir daqui, seu estúpido - Fala Steve com uma certa dificuldade, e em seguida grita - VAI MULHER, NÃO FICA AÍ PARADA IGUAL UM ESPANTA...

Steve é interrompido por uma facada em seu pescoço. S/n vendo a cena fica tomada por revolta, pois quem lhe ofereceu a luz agora está a beira da morte. S/n parte para cima do servo, decidida a acabar com ele, porém, ela sente algo a segurando pela cintura, e puxando-a em direção a saída. Quando olha para trás vê, um homem negro, forte e alto, com cabelos pretos e enrolados, segurando uma carabina apontada para o alto com uma mão, e a outra em torno de S/n, usando uma blusa simples, e uma calça com vários bolsos, abarrotados de munição.

S/n -Quem é você?

??? -A salvação - Diz o homem puxando e arrastando S/n para a saída - Vai estar segura conosco, só me deixe ajudá-la

S/n fecha os olhos e se deixa ser levada pelo homem, que passa pelo buraco na parede, e uma claridade intensa incomoda seus olhos e os faz doerem, ela aperta as palpebras e cobre o rosto com as mãos. Depois de tanto tempo, finalmente S/n consegue sentir o calor do sol e o frescor do vento, é uma sensação tão forte de liberdade, que faz S/n chorar. Enquanto é colocada no chão, sente seu corpo encostar no macio do mato, várias coisas que não senia desde que foi aprisionada.

??? -Espere aqui, já iremos bater em retirada, só precisamos nos organizar

S/n -Está bem -Diz com voz chorosa

Com os olhos ainda fechados, S/n foca nos barulhos de tiro e pisões no mato, ela escuta uma parte dos tiros cessando, e não muito depois, passos se aproximando, com os tiros ficando mais próximos também. Até que sente uma sombra bem a sua frente.

??? -Ei deixa eu te carregar - A mesma voz do homem negro - Vamos para o mar, voltar para nosso barco, logo estaremos em segurança

E se entrega mais uma vez aos braços do homem, que ela sente que pode confiar.

UM CERTO TEMPO DEPOIS

Chegando a praia, o homem balança S/n, de forma a alertar ela de que seria colocada no chão. Quando sente a leveza da areia em seus pés, S/n abre os olhos, direcionados para o chão. Vê como é clara a areia, ao seu redor vê o vasto mar de cor azul, e as ondas se formando vindo à beira do mar, que molha a areia que antes era seca, e vê também um barco, que está um tanto distante. S/n com os olhos cheios de lágrimas pergunta ao homem:

S/n -É aquele o seu barco?

??? -É sim, o barco tem o nome de, A Salvação

S/n -Ah, então era isso que ele queria dizer com, "a salvação veio me buscar"

??? -De todo modo, temos que seguir em frente, tem um barco a remo ali, vamos usar ele. E a propósito, meu nome é Rael

S/n -Obrigada por me salvar, Rael

Rael -Não precisa me agradecer, agradeça aos outros que estavam comigo

S/n olha para um grupo de pessoas, todos usando roupas básicas, com traços mestiços.

S/n -Ah obrigada por me salvarem

A maior parte do grupo faz que sim com a cabeça e vão atrás do barco a remo, que logo é empurrado ao mar. Então S/n sobe nele junto dos demais, que remam em direção ao barco.

Após longas remadas, todos chegam ao barco. Um barco pesqueiro, de extensão pequena, com o convés onde há armas para a pesca de bestas marinhas, além da cabine para pilotar o barco, e a parte inferior, usada para dormir, guardar mantimentos e uns poucos equipamentos.

Rael -Aqui que vivemos, fique a vontade

S/n -Obrigada

S/n observa o convés, há arpões com cordas, nos cantos do barco, rifles encostados em um pedestal, a cabine com o timão, e uns homens em um canto subindo a âncora. Em uma parte anterior a cabine, há uma porta de alçapão, que S/n se dirige até ela para abri-la. Chega à parte inferior do barco, onde há camas de palha, caixotes de comida e munição, barris de água e mais armas para captura de bestas marinhas.

Rael -Eu quero falar com você - Diz Rael, entrando pelo alçapão - Nós iremos partir numa expedição, vamos atrás de uma besta. O que você pretende fazer?

S/n -Eu quero ir junto

Rael -Sério? Você sabe que agora os mares estão perigosos com o Reino Unido fazendo patrulhas na área da Baía de Heligoland, que é para onde vamos

S/n -Eu sei o que quero

Rael -Então é isso, vamos zarpar, já temos todos os suprimentos necessários

Rael sai da parte inferior voltando para o convés. S/n fecha o punho e aperta os dedos contra a palma da mão.

S/n -Vai ser minha primeira expedição, eu vou ter que ser forte, espero que isso sirva para honrá-lo, e talvez eu consiga me aproximar do meu pai, além de que essa experiencia vai me tornar uma mulher de verdade...

Depois de toda essa movimentação, S/n enfim consegue descansar, mesmo que não seja no melhor lugar, mas pelo menos, é mais confortavel que sua antiga cela. Partindo rumo a Baía Heligoland, o barco segue cortando os mares...

CONTINUA...