A Conquista Normanda - Referências Históricas

13 1 0
                                    

Trilha Sonora: http://www.youtube.com/watch?v=MGYYiOSkCSY

Corvus Corax – Ballade de Mercy

No ano de 911, o rei Carlos da França concedeu o território do Baixo Rio Sena ao líder escandinavo Rolf, uma vez que não conseguia deter o avanço dos invasores que este liderava país adentro, exigind exigiu lealdade à coroa francesa em troca. Esse grupo fixou-se então na região, cujo nome passou a ser Normandia (corruptela de Norse men, homens do Norte), gradativamente assimilando a cultura cristã e adotando o francês como língua.

Mais tarde, um descendente desses vikings, William, Duque da Normandia, comandou uma incursão para reivindicar o trono britânico, iniciando sua conquista com aquela que passou a ser conhecida como Batalha de Hastings, em 1066, após a qual foi coroado rei da Inglaterra. Para controlar o país, confiscou a maior parte das propriedades para seus representantes e estruturou um organizado sistema de cobrança de impostos. 

Os anglo-saxões foram forçados pelas circunstâncias a jurar fidelidade à nova dinastia, ainda que fossem tratados como cidadãos de segunda classe. Os normandos, em sua maioria, preferiam continuar vivendo na França e permanecer fiéis ao seu idioma nativo, mas não abriam mão da Inglaterra pela sua autonomia econômica e pela sua importância estratégica, uma vez que a Normandia era apenas um feudo do rei francês. 

Depois da morte de William I, o trono da Inglaterra foi passado a William II, que como segundo rei normando conseguiu indispor-se tanto com o povo como com a Igreja, tornando difícil manter a ordem entre os saxões.  Diz-se que foi isso o que permitiu a seus opositores conspirarem para retirar do poder o infeliz cuja principal qualidade em vida a credenciá-lo para o trono fora ser filho legítimo de seu pai. E assim, seu irmão Henry I assumiu o trono após William II morrer em uma caçada, supostamente por acidente, sem deixar herdeiros.

Robert II, herdeiro presumível pela linha de sucessão, estava na Terra Santa e chegou a retornar e tentar retirar a Grã-Bretanha do controle do irmão mais novo, sem sucesso. Mesmo assim, persistiu em seu intento de destituir Henry I, organizando uma força expressiva para reconquistar a Inglaterra.  No entanto, Henry I adiantou-se e invadiu a Normandia antes que Robert reagisse, exilando-o na Torre de Londres e depois no Castelo de Cardiff, onde permaneceu até o fim de sua vida.

Sendo terceiro filho, o monarca inglês fora criado para seguir a carreira eclesiástica, não para ser rei. Todavia, a educação esmerada que recebera somada a sua sagacidade os habilitaram a governar com mais sabedoria do que os irmãos que destronara. Relacionava-se bem com a Igreja e procurou diminuir as diferenças entre normandos e saxões. Ainda que tivesse inúmeros relacionamentos extraconjugais, tomou uma nobre britânica para ser sua esposa.  Uma das suas providências mais populares foi instituir representantes para fiscalizar os nobres, coibindo abusos que pudessem alimentar as indesejáveis rebeliões saxônicas.

Somente alguns séculos mais tarde, quando os normandos perderam o controle definitivo da Normandia, seu território de origem, eles se fundiram definitivamente com os anglo-saxões na Grã-Bretanha, transformando-se em um só povo. 

A Conquista NormandaOnde histórias criam vida. Descubra agora