Primeiro passo: não o deixe sozinho em casa de jeito nenhum!

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Oie!

Cheguei com uma nova oneshot!

Vamos aos avisos primeiro:

1. Essa fic não tem o intuito de debochar de nenhuma religião, tampouco representa os meus pensamentos sobre. Sinto muito se alguém se sentir ofendido :(

2. Se vocês gostarem dela, posso fazer mais capítulos no futuro! Por enquanto, fica sendo uma oneshot :)


Boa leitura ♡


...


Lee Heeseung não estava tendo o melhor ano de sua vida. Ele tinha acabado de completar quarenta anos e já havia tido todo o tipo de crise possível por causa disso — para piorar, tinha achado alguns fios brancos, que viraram motivo de chacota do marido por meses. Por falar em marido, ele era casado com Sim Jake, um treinador de cachorros que conheceu ainda na universidade, há mais de quinze anos. Além de terem vários gostos em comum, ambos queriam levar o mesmo estilo de vida: sem filhos, apenas cachorros. Nos primeiros anos do casamento, adotaram uma border collie de cor creme chamada Layla que Jake nomeou assim por conta de sua música favorita de Eric Clapton. Eles também compraram uma casinha simples no subúrbio e pretendiam levar uma vida calma à três, até o dia em que uma caixa foi deixada na porta da casa e dentro dela havia ninguém menos do o que o pirralho peste de seis anos que era filho dos vizinhos, Nishimura Riki. Foi aí que o caos começou.

Os Nishimura eram os vizinhos mais estranhos que qualquer pessoa poderia ter. Eles sempre se vestiam como cientistas e estavam por aí fazendo experimentos e explodindo coisas. Heeseung teve até que ligar para polícia uma vez porque havia uma fumaça verde subindo por cima do muro de sua casa. Porém nada que os Nishimura tivessem feito foi mais absurdo do que abandonar o filho de seis anos para trás e desaparecer no mundo. Os dois realmente sumiram para nunca mais voltar, a polícia tentou encontrar algum parente deles e não conseguiu informação alguma. A única família que tinham era o pequeno Niki, que por pena os dois decidiram adotar e criar como filho.

Hoje, dez anos depois, Heeseung estava refletindo sobre aquela decisão.

Ele geralmente ficava até tarde no café do qual era dono e chegava em casa por volta das oito da noite. Como o movimento estava fraco hoje, pegou o carro e decidiu passar em casa para ver se havia algo faltando na geladeira e então iria fazer as compras no supermercado. Jake ainda estava no trabalho, não eram nem quatro da tarde, e Niki certamente estaria na escola. Ele tirou os sapatos na porta e estava indo até a cozinha quando ouviu um barulho vindo direto do quarto do mais novo. Primeiro pensou que poderia ser um ladrão, depois que poderia ser um rato e honestamente ambas as opções eram assustadoras. Precisou reunir coragem para pegar a vassoura atrás da porta e ir enfrentar o que quer que estivesse ali. Ele estava pronto para tudo, literalmente tudo, menos para a cena que viu quando abriu a porta do quarto: seu filho adolescente deitado nu na cama, com outro adolescente sentado em cima dele. Nada em seus quarenta anos de vida o tinha traumatizado mais do que aquela cena.

— Pai? — Niki se levantou apressado e cobriu as partes íntimas com o cobertor.

O outro garoto estava fingindo como se nada tivesse acontecido, ele apenas deu uma encarada em Heeseung e começou a vestir suas roupas, era quase como se estivesse irritado por ter sido interrompido. Enquanto isso, o Lee permanecia congelado no lugar, os olhos arregalados e as mãos ainda segurando aquela vassoura.

Aquilo não era nada bom.


...


— É sua culpa!

Havia uma veia saltando no pescoço de Heeseung agora, enquanto o marido o encarava como se ele tivesse enlouquecido. Horas tinham se passado e a família de quatro debatia à mesa.

Como criar Nishimura RikiOnde histórias criam vida. Descubra agora