𝗗𝗜𝗙𝗙𝗘𝗥𝗘𝗡𝗧 𝗖𝗟𝗜𝗖𝗛𝗘, miguel cazarez mora

08

P.O.V ANNA

Já era domingo, mais ou menos umas três da tarde. Eu tinha almoçado com minha família, e passado um tempo com ele, mas como sempre, meu pai teve uma emergência no trabalho. Brady sempre tratava isso como se fosse algo grave, com medo daquilo me machucar, mas eu nunca nem liguei. Eu sei que ele é ocupado, e que ele gosta do trabalho dele, além disso, ele passa tempo suficiente com a família, sempre aproveitamos os domingos e jantares, dias de folga, e tudo mais.

Eu agora estava no meu quarto, deitada na minha cama enquanto lia um livro qualquer, só para sair do tédio. Estava tão concentrada na minha leitura, que levo um susto ao ouvir batidas na porta.

— Pode entrar. — Digo me sentando na cama.

— Oi, maninha. — Brady sorri entrando no meu quarto.

— Você quase me mata do coração, Brady.

— Ta devendo?

— Eu to devendo cindo dólares para o Mason, mas acho que não vem ao caso. — Brinco deixando o livro de lado.

— Eu só vim perguntar se você... Bem... — Ele limpa a garganta. — Você gosta do Miguel? Ou do Mason? Jacob ou Tristan? Algum dos nossos amigos...

— Gosto deles como meus amigos, por que?

— É que... Tem muitas teorias no twitter... — Ele coça a nuca me encarando. — Sem contar aquilo que você falou em live sobre estar apaixonada por alguém, e eu vi você abraçando o Miguel ontem...

FLASHBACK ON
(noite passada)

A live ainda rolava, eu e Mason estávamos dançando Bruno Mars quando notei que Miguel tinha voltado a estar meio triste. Tentei ao máximo ignorar.

— Você tá bem? — Mason perguntando apertando de leve minha cintura no meio da dança.

— Hm? — Desvio meu olhar do Miguel e olho para o rapaz a minha frente. — Tô sim. Só meio distraída.

Enquanto a gente dançava, eu olho para cada uma das pessoas ali. Jacob e Brady estavam dançando perto de mim e do Mason, Tristan estava segurando o celular da live, cantando enquanto filmava o pessoal dançando. Madeleine, Banks e Rebecca estavam na cozinha comendo os doces que compramos. Miguel havia sumido.

Quando a música acabou, todos foram para o quintal de casa, se sentaram na grama para conversar um pouquinho mais. Todos menos Miguel, que havia sumido e eu, que fui ver onde ele estava.

— Miguel? — Chamo já subindo a escada.

— Tô aqui... — Ele sai do meu quarto ainda com a voz desanimada.

— O que você tá fazendo aqui?

— Desculpa, eu não sabia que aqui era seu quarto, eu já estava saindo, mas você me chamou... Foi mal.

— Não tem problema. — Ri baixinho entrando no quarto e indo até a janela onde dava para ver o pessoal na live ainda. — Todo mundo tá se divertindo lá em baixo.

— Eu subi para esfriar a cabeça... — Ele se aproxima de mim para ver pela janela.

— Mas o que aconteceu? Por que quis esfriar a cabeça.

— Hoje não foi um dia muito bom para mim... Não sei. — Ele suspira. — Eu não tive com quem conversar ou alguém para abraçar quando tudo aconteceu, e foi virando uma grande bola de neve...

Eu olho para ele e envolvo meus braços em seu pescoço. Miguel não pensa duas vezes para retribui meu abraço, logo envolvendo minha cintura. Encosto minha cabeça em seu peito, me aconchegando ali mesmo. Esse abraço encaixou perfeitamente, e eu senti o quanto miguel estava precisando disso.

P.O.V BRADY

Eu noto que Anna não estava mais junto de nós, então subo para ir até o quarto dela. Eu vejo a porta aberta, e, quando eu ia entrar no quarto, paro. Anna estava abraçando Miguel, não quis atrapalhar eles, então desço de novo. Eu sei que sou um irmão ciumento, mas não iria atrapalhar a vida de Anna, ela parecia confortável no abraço do Miguel.

FLASHBACK OFF
P.O.V ANNA

Não vou mentir, eu gostei do abraço e passei a noite pensando nisso... Mas nem em sonho eu iria imaginar que Brady tinha visto.

— Ah... Não sabia que tinha visto... Mas não se preocupe, eu não gosto dele assim... Na verdade, gosto de outra pessoa... Um amigo meu lá do Brasil...

— Tudo bem... Eu só queria dizer que, mesmo eu bancando o irmão ciumento, eu te apoiaria em tudo, até em relação a quem você gosta.

— Eu sei, Brady. — Sorri para ele. — Obrigada.

— De nada, maninha. — Ele beija minha testa e sai do quarto.