Adam Lombardi
Após um dia com a insuportável da Antonella, fui ao seu cassino, a desgraçada é dona das maiores empresas da França e sempre mantendo a pose de empresária enquanto, no fundo, é uma mafiosa. Só não posso julgar, pois eu faço o mesmo.
A mídia me conhece como empresário, todos sabem o que eu faço, sou temido na Itália. Mas eles não são malucos de me acusarem, então apenas sou visto como um empresário. Assim somos todos: mascarados por uma mentira.
Coloquei apenas um terno casual, eu geralmente me visto assim por conta das fotos. Cheguei antes que a Antonella no cassino, subi para o terceiro andar, onde eu devo ficar.
Fui até os sofás, havia alguns políticos, mulheres dos políticos e tudo mais.
— Onde fica as mulheres? - Giuseppe questionou.
— Não sei, mas deve ter. - dei de ombros.
— Voltamos quando? - perguntou e bebeu o whisky em sua mão em apenas um gole.
— Daqui a três dias. - falei e ele assentiu.
Estão precisando de mim na Itália, o Mário precisa de nós. Ele é o meu Conselheiro, mas ele depende muito de mim e do Giuseppe para tomar as decisões e tudo mais. Sendo assim, não há mais nada para fazer na França, voltaremos para a Itália.
Eu acho cômico como um fósforo recém apagado pode causar um grande incêndio, assim somos nós, estamos juntos e reunidos, basta um fósforo meio aceso e a guerra começa, nós nunca estaremos verdadeiramente em paz e sabemos bem disso.
— O que te prende aqui? - um político da região falou.
— Negócios, nada além disso. - falei impaciente, ajeitei meu terno e recostei no sofá.
— Ah, fiquei sabendo sobre uma negociação e tudo mais. Leom estava por aqui, não é mesmo? - o político questionou.
— Você deveria saber que os assuntos não lhe dizem respeito. - disse ríspido e ele se calou, sabendo que aquele não é um bom momento para falar comigo.
O som parou, logo já sei que é a Antonella chegando. O pai dela sempre disse isso abertamente. Não é novidade. O Giuseppe fez questão de virar para observá-la, no entanto eu fiquei na mesma posição em que estava.
Ela e Melissa estavam juntas, diferentemente do habitual, ela estava vestida de uma forma casual.
— Maravilhosa, não é mesmo? - Giu disse e eu dei de ombros. Virei para vê-la, e ela estava vindo em nossa direção com aquele sorrisinho sarcástico típico.
— Estão curtindo? - sorriu para nós.
— Aqui está chato, apenas assuntos de Máfia. - o Giu reclamou. — Você está linda! - ressaltou.
— Ah, obrigada Giu. Hoje estou mais menininha, né? - falou olhando para a própria roupa e eu não pude deixar de soltar uma provocação:
— Está muito mal vestida. - ela sorriu debochada.
— Não consegue esconder sua inveja, né? Melhore. - respondeu e eu revirei os olhos.
Aquilo estava tedioso, não sou fã de strippers o tempo todo, mas até estava sentindo falta. Ela estava se divertindo na pista com aquelas músicas de fundo, ela fez um sinal para o Bruno e uns homens entraram.
Minha cara fechou instintivamente, eu sei o quanto ela consegue ser demoníaca, mas gogo boys, Antonella? Melhore você. Pensei.
Os homens começaram a dançar em minha frente e eu não conseguia esconder minha insatisfação, não vejo motivo para o fazer.
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A Dona
RomanceAntonella Martin Baviera é uma Mafiosa francesa de 22 anos. Ela virou dona da Máfia quando perdeu o seu pai, por quem pretende fazer justiça. Aqui temos uma mulher independente, dona de tudo que se refere ao poder. Ela não tem medo de ninguém, os o...