Capítulo 17

74 4 0
                                    

                       Antonella Martin💋

São 3 horas da manhã e nós estamos aqui conversando sobre a vida.

— Agora me diz o verdadeiro motivo de você ter vindo para a América, mi amor. Nós sabemos que esse era um território almejado pelo seu pai. - disse fazendo carinho nas minhas costas.

— Eu vim para fazer negócios, Aurélio, a Europa não me interessa mais quanto a negócios. - falei tentando fazer ele mudar de assunto.

— El Gordo não vai te aceitar tão facilmente e eu não posso fazer muita coisa, já que eu estou sabotando a horta dele. - sorriu e me deu um selinho.

— Ele é dono do México e eu não estou sabendo? - sorri.

— Cuidado com seus planos, porque eu não tenho pena de matar quem me trai. - me deu outro selinho.

— Olha bem o que diz, Aurélio. Eu também não tenho pena. - fiz uma trilha com minha mão em seu peito e o encarei. — E, muito menos, medo. - sussurrei.

— A América era o interesse do seu pai, Antonella. E aí, você vem para cá do nada?

— Vim para fazer negócios, querido. O meu pai já morreu há dois anos e você sabe que eu não gosto de falar disso. - respirei fundo.

— Apenas cuidado. - eu assenti. — Pronta para mais um round? - assenti novamente e ele subiu em cima de mim e nós fomos para mais um round.

Nossa noite foi regada de sexo, mas eu não durmo ao lado dele, não se dorme com uma pessoa que pode te matar, portanto, após um banho, eu pus a roupa de ontem mas sem calcinha, ajeitei meu coldre e encaixei minha arma sob os olhos atentos do Aurélio. Essa mente pensa demais.

— Algum problema? - o encarei.

— Nenhum, você é perfeita. - eu sorri.

— Hm, agora irei para minha casa e nos vemos mais tarde para falarmos de negócios. - mandei beijo no ar, mas ele não se contentou e veio me dar beijos de despedida.

— Conversaremos sobre algo importante mais tarde, mas talvez você não goste. - ele falou e eu dei de ombros.

— Ok. - sorri e saí da casa, ele me acompanhou e o segurança dele abriu a porta.

O Bruno estava parado com uma carinha de cansado me esperando, chamou os homens e eu passei na frente deles.

Ele abriu a porta do carro, eu entrei, 3 homens meus entraram no banco de trás e ele foi para o banco do motorista.

— Tire sua tarde de descanso, Bruno, faça o que você quiser e as 19h quero que esteja pronto.

— Patroa, você já sabe como funciona as coisas por aqui? - Bruno perguntou e eu encarei a janela.

— Vou me reunir hoje a tarde com Luigi, tenho que agir cautelosamente. Cuide para que nossos seguranças sejam fiéis, Bruno, assim todos ficam felizes e minhas mãos ficam limpas, não quero ter que matar ninguém agora. - ele assentiu. — Ah, assim que eu fizer o mapa dos cartéis para eu entender melhor, eu quero que você pegue um informante de cada.

— Tá bom, patroa. Vou me encarregar disso.

— Obrigada. - sorri.

Saí do carro, entrei em casa, tomei outro banho e deitei para dormir, acordei às três horas da tarde e levantei para me reunir com Luigi, apenas troquei de roupa, escovei os dentes e desci.

— Oi Luigi. - sorri e nós fomos para uma sala de reuniões, antes de entrar, dei um recado aos seguranças. — Não quero ninguém aqui, nem uma formiga. - eles assentiram.

A Dona Onde histórias criam vida. Descubra agora