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Parte da cura de Yusuf depende do estado psicólogico dele, então além do amor e da presença os tios estavam sempre inventando brincadeiras novas ou relembrando as da suas infâncias.
Foi assim que em uma tarde Yusuf pediu que eles brincassem de esconde-esconde.
Seher foi a primeira a contar, ela escondeu o rosto com o braço dobrado e se inclinou na porta da frente, contando até vinte em voz alta e depois partiu a procura dos dois.
Valia se esconder em todo o andar de baixo e Yaman queria ganhar a brincadeira, mas Yusuf não conseguiu ficar quieto. Ele achou muito engraçado ver a tia procurando por eles nos lugares errados e começou a rir.
Seher ouvindo aquelas risadinhas logo soube que o esconderijo deles era atrás do sofá.
- Ahá! Encontrei vocês!
Yaman não gostou muito de perder essa rodada, mas para Yusuf tudo era alegria, estava feliz, brincando com suas duas pessoas favoritas.
- Agora sou eu que conto e vocês se escondem mas tem que ser juntos para ficar mais fácil de encontrar.
Yaman e Seher se olharam achando graça do sobrinho mas também constrangidos por terem que ficar escondidos juntos.
Yusuf começou a contar e os dois assumiram uma postura de jogadores, começaram a olhar em volta procurando um esconderijo.
Seher queria em baixo da escada e Yaman atrás da cortina.
Enquanto discutiam com sussurros qual o melhor lugar, nem se deram conta que a contagem de Yusuf terminou até que notaram o sobrinho novamente ao lado deles com uma carinha de bravo.
- Vocês ficaram aí parados conversando e não se esconderam! Vou contar de novo! Dessa vez brinquem direito!
Os dois se olharam acusando um ao outro pelo erro. Quando Yusuf começou a contar, Yaman pegou Seher pela mão e a puxou até a cortina, apertando ela com seu corpo contra a parede. Arrumaram a cortina de modo que ficaram bem escondidos.
Quando se deram conta da posição em que estavam ficaram sem graça mas não podiam se mexer para não estragar a brincadeira de novo.
Os dois estavam frente a frente, um corpo colado no outro. Yaman prensava o corpo dela contra a parede com os braços em torno da sua cintura, enquanto ela tinha as mãos no peito dele.
As respirações se tornaram mais altas e os dois sentiram calor com a proximidade.
Yaman fechou os olhos quando sentiu o perfume dela, não resistiu e passou o nariz pelo seu pescoço, ela estremeceu e apertou o peito dele.
Ele a segurou com mais força, colocando uma das mãos em suas costas, e com a outra pegou no seu cabelo, arrumando atrás da orelha.
Ela olhava para a boca dele com as pupilas dilatadas, e dessa vez ele atendeu ao seu pedido silencioso.
Os dois se beijaram ardentemente. Ela subiu as mãos até a cabeça dele e afundou os dedos em seus cabelos.
Ele segurava ela pela nuca, colocou uma perna entre as dela e esfregavam os seus corpos com sofreguidão.
Quando ele começou a dar mordidinhas em seu pescoço, Seher não segurou um gemido alto.
- Tia! Eu escutei você! Onde estão?
Os dois paralisaram em choque. Quase que Yusuf os pega naquela intimidade.
Yaman rapidamente se colocou atrás dela, precisava esconder certas partes do corpo, e com a movimentação da cortina, Yusuf os achou.
- Tio! Tia! Fiquei muito tempo procurando. Vocês são mesmo muito bons nessa brincadeira.
Os dois estavam com o rosto e o corpo em chamas.
Qual seria a próxima ideia de Yusuf? Uma brincadeira inocente ou nem tanto...
FIM
