Capítulo ocho

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╰►❝My '65 speeding up the PCH, a hell of a ride

Gwennie abriu os olhos devagar, sentindo a claridade machucar seus olhos, piscou várias vezes, tentando se acostumar. Ela se sentou na sua cama, parando por alguns segundos para raciocinar, até perceber o que havia acontecido. Ela se levantou de forma rápida, se ajoelhando e pegando suas coisas religiosas.

Estava extremamente confusa, por que diabos aquilo agora?

— Meu Deus, mas como assim?- Indagou estressada — Tipo, como assim mesmo? Você me mostra sonhos que são inúteis e hoje eu acordo sem ter sonhado com nada?!- Exclamou, mostrando sua indignação — Me diz, por que você está me mostrando os sonhos?!

Gwen sabia que ninguém responderia sua pergunta, mas ela acreditava que pelo menos estavam a ouvindo, e ela sinceramente não estava se importando naquele momento com as consequências de mostrar sua indignação, porque ela estava muito perdida agora.

Ela sonhou com Bruce Yamada, onde no final do sonho teve a visão de Finney batendo na porta de uma casa, e então com Billy Showalter, onde ela viu Grabber, e então essa noite ela não sonha com absolutamente nada. O que aquilo deveria significar?!

— Deixou ele levar o Finny, e não venha me dizer que você não se envolve!- Vociferou, descontando toda a sua frustração nas palavras — Vai ver… Vai ver você não existe.

Gwen sinceramente não sabia mais o que pensar, mas se ele realmente existia, por que estava permitindo que seu irmão sofresse tanto? Por que estava permitindo que ela passasse por tudo aquilo?

"Deus é bom, ele perdoa seus pecados e te protege, você é filha dele".

Ela cresceu escutando isso, todas a sua volta diziam a mesma coisa, e ela sempre se sentiu obrigada a acreditar naquilo, diferente de Finney, que não tinha medo algum de dizer que não acreditava em quaisquer religiões ou crenças.

Mas se Deus realmente era tão bom e protegia seus filhos, por que aquilo estava acontecendo?! Isso não deveria acontecer se Deus fosse tão bom quanto dizem.

Ela guardou suas coisas, limpando uma lágrima solitária que escorreu pela sua bochecha e se levantou, procurando uma roupa para ir tomar um banho para ir à escola naquela terça-feira. Ela olhou pela janela, vendo que a rua estava quase deserta, se não fosse por um ou dois vizinhos idosos que já estavam acordados, era bem cedo, afinal, as nuvens estavam cobrindo todo o local, logo iria chover.

Finney despertou sentindo seu rosto doer, seu nariz estava ardendo como o inferno. Ele se apoiou em seu cotovelo, levando sua mão até o nariz, sentindo o ardor se intensificar quando tocou, ele afastou a mão, vendo sangue em seus dedos. Se lembrou da noite anterior, onde quase escapou, mas infelizmente foi pego e havia voltado para aquele maldito porão.

— Desgraçado- Murmurou para si mesmo, torcendo o nariz.

"Oh, sim. Resolvi escutar minhas alucinações e veja no que deu. Um ótimo vídeo para postar no YouTube." Pensou, revirando os olhos.

Ele deu um sobressalto quando o barulho do telefone tocando ecoou pelo porão, e ele olhou para o telefone preto, já sabendo que era mais uma de suas alucinações. Ele ainda pensava que morreria por causa delas, quase morreu ontem a noite.

— Não enche- Disse, como se a pessoa que estava o ligando pudesse ouvir, mas o telefone continuou tocando e ele bufou quando percebeu que não pararia de tocar até ele atender — Que saco!

Finney se ergueu para pegar o telefone, voltando a se sentar no colchão depois de ter pego o receptor, e o levou até a orelha, já não existia um pingo de paciência dentro de si quando ele falou:

𝙷𝚒𝚖 & 𝙸 - ᴿⁱⁿⁿᵉʸ Onde histórias criam vida. Descubra agora