Pequeno aviso inicial:
Uma Changchan para alimentar as shippers neste belo dia. Espero que gostem!
Esta fanfic está na conta banguniverse no Spirit caso queiram favoritar lá.
E vou deixar o aviso que a fic é +18 apenas pela menção de tabaco, então não fumem crianças (nem adultos)!
O relógio marcava uma da manhã quando Bang Chan desligou a televisão do seu quarto, pronto para dormir, porém escutou o som do motor de um carro se aproximando. Deu passos lentos até a janela, vendo um carro branco já conhecido estacionar em frente ao seu apartamento. As luzes do automóvel se desligaram e em poucos segundos, a porta do motorista abriu e o homem baixo que ele conhecia saiu do veículo. Fechou a porta e trancou o carro antes de olhar para a janela do quarto onde Chan estava e sorriu fraco.
Não era a primeira vez que eles tinham aqueles encontros noturnos. E se dependesse do Bang, também não seria a última.
Sem pensar muito, Chan fez o caminho até o andar de baixo e abriu a porta para o amigo. Changbin entrou apressado e os dois homens cruzaram o olhar já sabendo os próximos acontecimentos. Chan fechou a porta e os dois seguiram o caminho até o quarto. Changbin abriu a janela enquanto Chan procurava o objeto que os dois precisavam.
— Eu não estava esperando por você hoje. — Abriu uma das gavetas da escrivaninha e achou o que queria. — A que devo sua visita, Seo Changbin?
— Eu disse que ia trabalhar hoje. — confessou.
Chan sabia que era apenas mais uma das milhões de desculpas que o outro usava com o namorado. No início, foi divertido apenas sair no meio da noite para relaxar por algumas horas, mas as madrugadas aconteciam com mais frequência.
O mais velho pegou o maço de cigarros e deu passos lentos até a janela. Tirou o primeiro cigarro e colocou entre os lábios enquanto era observado. Bang tirou outro para o amigo e esticou a mão. O Seo pegou o item e colocou a mão no bolso direito, que estava vazio. Procurou no outro bolso e teve a mesma desilusão.
— Bang, me empresta o isqueiro? — Chan soltou uma pequena risada e acendeu seu cigarro antes de deixar o mais novo com o isqueiro. Changbin ligou o utensílio para seu próprio proveito e admirou a paisagem que tinha da cidade através do quarto do mais velho. — Eu gosto do seu quarto. A visão me acalma.
"E eu gosto de você" era a resposta que queria dar, mas ele não podia fazer isso. Sabia que o amigo entregou o coração para o seu primo e, no meio de tantos problemas, ele não queria causar nenhum tipo de conflito familiar ou amoroso naquele triângulo aberto, unilateral no lado que ligava Chan e Changbin.
— Como anda sua vida? — O Seo perguntou depois de poucos minutos em silêncio. No entanto, Chan demorou a responder, como se estivesse aproveitando o maior tempo possível para Changbin não ir embora.
— Procurando um emprego que me agrade. — O australiano assumiu enquanto inalava.
O outro homem já sabia que o mais velho tinha intenções de sair da empresa do pai, mas o resto do mundo desconhecia o ódio que o Bang tinha por trabalhar na área de marketing. Seu cargo era importante, mas Chan não gostava de ficar o dia inteiro olhando relatórios com parágrafos sem fim, tabelas e gráficos que ele nunca iria entender na sua vida. Aquela profissão não era para ele, mas música era, mesmo que seu progenitor não compreendesse sua paixão por instrumentos e composição. Era tudo um segredo dele e Changbin.
Eram aqueles momentos que faziam Chan acreditar que podia existir um futuro com o mais novo e que podiam dar certo como um casal — a confiança que tinham para partilhar o que eles não podiam falar com mais ninguém e o jeito que os dois se olhavam —, porque Changbin também parecia apaixonado nas curtas interações que eles tinham nas madrugadas. No entanto, Felix ainda existia no meio daquela equação, o que obrigava a um certo controle de emoções. Eles nunca poderiam ir além de melhores amigos, porque não queria arruinar nenhuma relação.
Os dois olhares se cruzaram e ambos os homens sorriram. Não eram precisas palavras para saber que pensaram em coisas que iriam além de uma amizade.
Assim que Chan terminou o cigarro, colocou no cinzeiro o que sobrou do mesmo e tratou rapidamente de pegar outro para saciar o seu vício.
— Ei, não acha que está exagerando? — Changbin perguntou preocupado com a saúde do mais velho, sem lembrar que estava alimentando a mesma dependência à nicotina.
— Para quem já tem o pulmão fodido, mas um não vai doer, Binnie. — sorriu fraco e acendeu o cigarro, com intenções de demorar.
Se ele não podia parar o relógio, o fogo podia queimar lentamente.
Changbin terminou seu cigarro e ficou admirando o mais velho, que estava distraído com seu cigarro, a visão que tinha da janela e os próprios pensamentos. Sua cabeça questionava se valia a pena estragar uma amizade com coisas que ele nunca disse e que poderia se arrepender por isso.
— Chan? — Tentou chamar a atenção do Bang, que insistia em não olhar para o mais novo.
— Eu te amo, Changbin. — O Seo ficou surpreso pela declaração repentina. — Para mim você é interessante, bonito, engraçado e tudo o que eu gosto em um homem. E o que me mata todos os dias é ver você feliz com Felix e pensar como seria se fosse eu no lugar dele. — Chan suspirou irritado por não ter coragem de admitir os sentimentos mais cedo. — Eu fico pensando em um relacionamento que nunca aconteceu e nunca acontecerá, porque eu fiquei durante este tempo todo vendo você segurando a mão do meu primo. Eu também quero segurar a sua mão, te beijar, te amar e estar com você todos os dias! Eu não consigo me satisfazer com estas noites onde você vai embora depois para os braços dele.
— Chris! — Seo chamou pelo nome australiano, que só usava quando estava incomodado com alguma coisa. — Eu já não estou com o Felix. Quando eu disse que falei que estava trabalhando, foi para a minha mãe. E eu também te amo.
Chan sorriu com a confissão e segurou o rosto do mais novo. Aproximou os rostos e finalmente tomou a iniciativa de dar o primeiro beijo do relacionamento deles.
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Madrugadas com você | changchan
FanfictionBang Chan era um iludido. As madrugadas que passava com Changbin na borda da janela do seu quarto eram tudo o que ele tinha com o mais novo, já que Feliz aguardava sempre pelo namorado. Se aqueles momentos eram o mais longe que eles podiam ir, então...