𝓥𝖆𝖑𝖊 𝖉𝖆 𝖘𝖔𝖒𝖇𝖗𝖆 𝖉𝖆 𝕸𝖔𝖗𝖙𝖊

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⠀⠀⠀⠀Jiu impulsionou o corpo para frente com toda força que tinha e, agarrada ao lençol que a cobria em sua camisola, finalmente conseguiu expelir o ar de seus pulmões. Assim se estendiam todas as noites daquela temporada de outono. Os empregados já não sabiam mais o que fazer, os pesadelos vinham à espreita da jovem senhorita e ninguém dormia em paz há um mês. Entretanto, Jiu insistia, embora ninguém acreditasse, a criatura das sombras não era fruto de sua imaginação.

Esse foi o primeiro erro que a família cometeu.

— Não trilhe o mesmo caminho que seu pai! — A mãe bradou.

Tal almoço se iniciou com calmaria, contudo, queixas finalizaram a refeição. Jiu só queria respostas, porém, talvez apenas seu falecido pai haveria de tê-las.

— Eu sei o que vi, não era um animal! — Jiu refutou.

— Chega! — Farta, a mãe bateu as palmas na mesa

— Por que não acredita em mim?!

— Seu pai presumiu tanto que as sombras eram reais, que sucumbiu a elas! Como espera que eu sobreviva se te perder também?!

Não achou certo julgar sua mãe, visto que Jiu também sentia falta do querido pai, apesar de se ressentir com a escolha dele em usar uma corda para acabar com seu sofrimento e deixá-las para trás.

No instante em que a mãe se retirou para seus aposentos, Jiu foi ao jardim. Quase não havia nada ali para inspecionar, além de uma aranha, fina e marrom, presa a um líquido, cinza e viscoso, entre as rosas-vermelhas. Pouco a pouco um cheiro de podridão fez o estômago da garota revirar e os olhos lacrimejarem. Cobriu a face, nauseada, e estava prestes a voltar para dentro quando ouviu seu nome ecoar pelas árvores do bosque. Os pelos de sua nuca se eriçaram. Receosa, Jiu percorreu os olhos pela trilha, mas não havia nada além de névoa.

A cada passo, bosque adentro, mais evidente se tornava a presença de algo escondido a observando. Mas não olhou para trás, sua intuição lhe dizia que algo terrível aconteceria.

Escape the Nightmare (𝕯𝖗𝖊𝖆𝖒𝖈𝖆𝖙𝖈𝖍𝖊𝖗)Onde histórias criam vida. Descubra agora