Capítulo 11

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Mais um dia de folga na vida de Cheryl, ela poderia limpar a casa ou sair, como sempre fazia nesses dias, mas hoje está esperando uma visita não tão desejada. Quer sim ver Toni, mas talvez a morena estivesse com raiva sua pela forma que agiu na ligação.

Diferente do que pensava, Antoinette não estava com raiva, não podia exigir que Cheryl a atendesse a qualquer hora do dia. Tinha ligado no momento em que ela havia chegado do trabalho, tinha que entender que a menor estava cansada, mas não conseguiu evitar o tom de voz naquele momento, mas iria tratar a ruiva da melhor forma possível quando a visitasse.

A morena já estava no avião para ir diretamente para Riverdale, Forsythe estava ao seu lado, parecia estar cochilando, então Toni não iria insistir em uma conversa com o mais velho. Colocou o cinto e ficou encarando a pequena janelinha do avião, não tinha nada para fazer durante toda a viagem de avião, talvez dormisse também, é a sua única opção, não queria assitir nenhum filme ou série, então é realmente a sua única opção.

(...)

Cheryl pedia seu almoço pelo telefone, estava com fome e também estava com preguiça de cozinhar algo para comer, então sua melhor opção é pedir algo de algum restaurante da cidade. Assim que pediu, a ruiva caminhou para o seu quarto e tirou o pijama, colocando-o no cesto de roupa suja. Em seguida, a garota tomou um banho rápido e vestiu uma roupa confortável para ficar em casa, e foi tempo o suficiente para o interfone tocar, anunciando a chegada do seu almoço.

A Blossom foi até o último andar de seu prédio e pagou por sua comida, logo voltando para seu apartamento. Sua refeição foi quieta até a metade, quando seu celular começou a vibrar, encarou a tela e leu o nome do contato.

Bee🌼

Não iria recusar uma ligação da mais velha, então deslizou o dedo pela tela do celular e o levou até a orelha, esperando ouvir o motivo da ligação aleatória.

— Liguei pra avisar que tô bem.

— Eu sei que está bem.

— Não! Você não sabe! Ignorou todas as mensagens que eu te enviei, até pensei que estivesse morta.

Cheryl respirou fundo se lembrando do celular vibrando algumas vezes, na noite anterior, se lembrava perfeitamente de ver de quem era as mensagens, mas não queria respondê-las de forma alguma.

— Desculpa, eu estava ocupada.

— Ocupada com o que? Você chega em casa do trabalho e só toma banho, e sempre me responde no banho!

— Eu não estava muito afim de falar com as pessoas, então para de me dar bronca... Está parecendo a minha mãe, Betty.

A loira esteanhou a atitude de sua amiga, queria saber se algo tinha acontecido, mas tinha medo de questioná-la. Só que sua curiosidade foi bem maior que o medo.

— Algo aconteceu?

A ruiva não iria contar, mas já que Betty tinha perguntado, iria contar toda a história. E foi isso o que ela fez, contou detalhe por detalhe da ligação que teve com Toni, e Betty realmente achou que a ruiva tinha agido um pouquinho grossa, mas também achou que a morena não deveria ter usado o tom que havia demonstrado.

— Oh... Você deveria ter apenas explicado que estava cansada, talvez ela tivesse utilizado esse tom porque você agiu rudemente com ela. — A ruiva deixou por escapar um suspiro, mas continuou ouvindo a amiga. — Peça desculpas quando ela chegar aí, diga que estava muito cansada e que isso acabou te deixando estressada. E não fique criando paranóias, ela não vai te matar por causa dessa ligação.

— Eu irei tentar não ficar pensando muito nisso, acho melhor eu terminar de comer.

— Isso, termine de comer e passe a tarde toda ocupando sua mente com algo. Vai tomar um sorvete, comprar alguma coisa, sei lá, mas também não se esqueça de que ela chegará a noite! Então esteja aí, e depois me conte tudo o que aconteceu entre as duas.

— Nós só iremos conversar, como duas amigas fazem!

— Pare de enrolar, você sabe muito bem o quanto essa mulher está louca para te beijar! Aproveite, Cher! A beije, faça sexo a noite inteira, faça tudo o que você não faz há meses! Adote uma cabra!

— Você é realmente um pouco louca, não irei beijá-la, não irei transar com ela, e não irei adotar uma cabra.

— Tudo bem não adotar uma cabra, elas me dão medo, mas beije a Tonigayzinha! Eu tenho certeza de que você está louca para fazer isso, tenho certeza que está louca para que ela satisfaça os seus desejos mais obscuros.

A loira estava certa, Cheryl realmente queria beijar Toni, e estava louca para que a morena a satisfazer-se. Mas não queria admitir isso para si mesma, nem para Betty, não queria dizer em voz alta que estava louca para beijar a morena e que queria transar a noite inteira com ela.

— Se não der certo entre as duas, será uma pena, mas aí vocês seguem com uma amizade. — Betty não iria desistir, iria mudar o pensamento da garota, iria fazer a mais nova parar de ter aquele chato cu doce. — Eu passei meses fazendo cu doce, igual a você, e sabe no que resultou? Exatamente! Ele nunca mais olhou na minha cara, desistiu porque eu não deixava ele se aproximar de mim, de forma alguma.

— Sinto muito.

— Isso irá acontecer com você! Ela irá desistir se você continuar com essa palhaçada de não querer nada com ela, quando claramente você quer.

Cheryl não queria se afastar de Toni, e talvez isso realmente acontecesse se ela continuasse escondendo que não quer absolutamente nada com a mais velha. Teria que mudar isso, iria começar a jogar indiretas de que está realmente interessada em pelo menos alguns beijos. Iria flertar também, medo que não soubesse muito sobre essa arte, mas daria um jeito.

— Nossa, tu podia dançar pra ela, isso iria deixar nítido que tu quer alguma coisa.

— Não irei dançar para ela, pelo menos não agora!  — Bebeu um pouco do refrigerante. — Mas irei deixar nítido de alguma maneira de que eu também quero beijar ela, não sei como, mais irei tentar.

— É só falar diretamente, é bem mais fácil.

— Não, irei falar indiretamente, talvez hoje mesmo o beijo ocorra.

— Não esqueça de me contar todos os detalhes, Cheryl !

— Okay, é melhor eu terminar de comer!

— Boa sorte.

— Obrigada, mas não irei precisar.

Dance for me | Choni versionOnde histórias criam vida. Descubra agora