Capítulo 27

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Já tinha se passado algumas horas desde que Toni ouviu "Eu amo você" de Cheryl, não tinha respondido, apenas fingiu que não ouviu e ficou por isso mesmo. Isso porque ela ainda estar incerta nesse quesito. Toni tem sentimentos pela garota mas não tem certeza de que esse sentimento é o amor.

A morena nunca amou antes, não sabe diferenciar esse sentimento, e tem medo de falar que ama sem ter certeza disso.

-Toni... - A menor lhe chamou enquanto entrava no escritório da morena.

Sim, Toni resolveu que seria bom trabalhar depois do que aconteceu pelo menos estava trabalhando em casa e não na empresa.

-Diga.

-Hum. É que... - Cheryl nem sabia o que falar, talvez não fosse certo cobrar as três palavrinhas de sua namorada. -Nada... É só que Tabitha me chamou para ir até a casa dela... E eu não irei beber lá, nós duas só iremos conversar.

-Sem problema, anjo. Se quiser pode pegar o carro para ir.

-Obrigada...

-Ah... Eu quero pedir desculpas pelo que eu falei mais cedo, foi uma fala meio machista. - Largou os papéis em cima da mesa e se levantou para caminhar até Cheryl. -Você pode sair a hora que quiser, o dia que quiser, sem ao menos me falar, quero apenas que tome cuidado.

-Eu sei, você estava um pouco irritada, apenas não fale mais aquele tipo de coisa, sabe... Sobre eu precisar de companhia, principalmente se for sua ou de um homem confiável... Eu sei que não vivemos em um mundo em que nos mulheres temos tanta segurança, mas não me controle nesse ponto... Por favor.

-Nunca mais eu falarei aquele tipo de coisa.

-Obrigada. - Sorriu e deixou um selar na bochecha da morena. -Agora eu estou indo, é provável que eu jante com ela, então não me espere para isso.

-Tá bom. Se divirta, meu bem. -Selou os lábios da ruiva.

Cheryl ficou parada alguns segundos, apenas encarando sua namorada, esperando que ela falasse as três palavrinhas... Porém nada foi dito, o que fez com que a ruiva saísse rapidamente do escritório.

Pegou sua bolsa, colocando o remédio que Toni tinha lhe dado mais cedo, em seguida pegou as chaves do carro e saiu da casa de sua namorada.

Ela não sabia exatamente quanto tempo levou até que chegasse na casa de Tabitha, só sabe que dirigiu extremamente rápido sem se importar em causar um acidente ou levar uma multa.

-Vamos lá, me de logo esse remédio porque eu sinto que meus órgãos estão brigando dentro de mim. - A morena disse abrindo a porta.

-Aqui está! - O tirou da bolsa e entregou a mais velha.

-Achei que estivesse com a Priscila.

-Ela foi comprar comida e me deixou morrendo aqui.

Tabitha já foi tirando um dos comprimidos da cartela e o engolindo sem a ajuda da água. Em seguida se jogou no sofá e fez sinal para que Cheryl buscasse algo para si.

-Serei feita de empregada? - Questionou trazendo um copo de água para a amiga.

-De enfermeira! - Corrigiu. -Só por alguns minutos! - Bebeu a água e deixou o copo no chão. -Mas então, sua namorada reclamou muito?

-Toni ficou chateada por eu ter bebido em excesso, fez algumas reclamações, nos pegamos no tapete da sala, depois eu falei que amava ela e eu não obtive resposta.

-O que? - Quase gritou com a última coisa que ouviu,- Ela não... Ela não falou que te amava de volta?

-É, e eu fiquei um pouco chateada, mas não posso forçar ela a dizer que me ama de volta.

Dance for me | Choni versionOnde histórias criam vida. Descubra agora