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Fazia tempo que eu não tinha uma transa tão boa

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Fazia tempo que eu não tinha uma transa tão boa. A maioria dos caras com quem passei a noite se mostraram egoístas, se importando apenas com o próprio prazer e em gozar logo, como se fossem tirar o pai da forca depois. Alguns até que souberam me tocar nos lugares certos, porém, nem perguntaram se eu havia tido um orgasmo. Alexander é um homem gostoso e fenomenal na cama, além disso, atencioso. No segundo round, ele perguntou quase a todo momento se estava sendo bom pra mim. Fiquei tentada a lhe fazer um sexo oral e a receber um dele também, mas não costumo passar dos limites com quem pode me transmitir alguma doença. Na dúvida, eu não arrisco.

Embora eu tenha sido alertada por Alex sobre a minha bebida batizada, como policial, eu conheço todas as medidas para evitar cair em um golpe do "boa noite, Cinderela". A principal regra é: nunca tirar os olhos do seu copo, garrafa ou latinha, especialmente se estiver na companhia de uma pessoa estranha. Se caso você fizer isso, não continue bebendo! Jogue fora e pague por outro drink. É melhor gastar uns trocados a mais, do que correr o risco de sofrer um estupro, roubo, sequestro ou até mesmo parar em uma mesa de necrotério.

Mordo o lábio inferior enquanto observo o gostosão dormindo pelado na cama. Por mais que esteja inconsciente, o semblante de Alex expressa cansaço e satisfação depois de ter gozado três vezes comigo. Também vou sair daqui completamente satisfeita, com três rounds de sexo muito bem aproveitados. Eu estou quase terminando de me vestir e pensando se valeria a pena repetirmos pelo menos mais uma noite. Desde que terminei o namoro com Alfonso, voltei aos encontros esporádicos, ou seja, às transas de uma noite só.

Tive poucos namorados na vida e esse número reduziu consideravelmente depois que me tornei uma policial. Não, não sofri uma grande desilusão amorosa a ponto de fugir de novos relacionamentos sérios. Sempre lidei bem com os meus términos, até mesmo com os chifres que levei certas vezes. Suponho que eu nunca amei uma pessoa para desejar lutar por ela. Creio que a minha profissão também me impede de me apegar intensamente a alguém.

O meu último parceiro foi o Alfonso, mas desde o início eu sabia que não era apaixonada por ele, e tampouco ele por mim. O nosso lance, acima de tudo, era puramente sexual. Nem me senti tão afetada quando descobri que estava sendo traída. Fiquei mais puta por Alfonso ter quebrado o nosso acordo de fidelidade, do que com o fato de ele ter enfiado o pau em outra mulher. Se eu realmente o amasse, sem dúvidas eu teria sofrido e me permitido chorar.

Assim que pego a bolsa que deixei pendurada no cabide ao lado da porta, escuto um resmungo atrás de mim.

― Gata, aonde você vai? {Viro-me para encarar Alex, que está com uma cara de sono sexy e até fofa}

Dulce ― Embora. Ainda faltam quinze minutos. Só não te acordei porque você disse que colocou o celular pra despertar. {Aponto para o aparelho em cima da mesinha de cabeceira}

Ucker ― Fica. {Murmura, batendo a mão no colchão} ― Se não quiser dar uma rapidinha, vamos conversar até acabar o nosso tempo. {Sugere enquanto se estica pra pegar a cueca do chão, sobre o tapete ao lado da cama}

Em Nome da Lei│VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora