+twenty two+

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[Nome] [sobrenome]

Lá estava eu, voltando para o Rindou assim como ele havia dito que eu faria mas não por vontade própria e sim porque ele era um manipulador.

- Seu mentiroso! - Cruzei os braços irritada, ao ver Rindou deitado em sua cama com o celular em mãos.

- Eu não menti, eu estou doente. - Ele deu de ombros.

Rindou havia feito seu irmão me ligar dizendo que ele estava muito doente e precisava de mim mas bem no fim, era apenas mais um dos joguinhos dele.

- Você não me parece doente.

- Mas eu estou! - Ele se sentou na cama, espirrando em seguida. - Com gripe.

- E você acha que eu sou o que? Algum tipo de curandeira?

- Quanto mal humor! - Ele sorriu, o que ele estava tentando fazer?

Rindou havia deixado claro que sua única intenção comigo, era tirar a minha virgindade. Ele havia feito aquilo então por que ainda insistia? Quando Rindou iria me deixar em paz?

- O que você quer comigo? - Cruzei os braços, enquanto ele se ajeitava na cama.

- Quero te mostrar que eu sou muito melhor do que o Sanzu.

- Então é só isso? O seu ego ficou ferido pelas coisas que eu disse?

- Não é ego, eu só... Ele deu uma longa pausa. - Eu só quero que seja bom para você.

O dia estava cada vez mais cinza e eu senti que uma chuva estava por vir, as pequenas gotas da garoa já se acumulavam na janela de vidro do quarto e eu precisava urgentemente ir embora.

- Eu nunca disse que não foi bom.

-Mas disse que não gozou! E disse na frente de todos os caras do time, eles estão fazendo piadas comigo todos os dias! - Ele parecia chateado, como uma verdadeira criança mimada.

- Você tem que se importar menos com o que as pessoas dizem sobre você. - Um raio iluminou o quarto e o trovão em seguida, fez com que eu me assustasse.

- Eu preciso ir.

- Você não pode! Eu estou muito doente, esse pode ser o meu último dia de vida!

- Vai para o inferno, Rindou.

Segurei a risada, eu não queria demonstrar o meu bom humor.

Antes que ele pudesse dizer algo, a chuva começou a cair do lado de fora. Em questão de segundos, um temporal forte se iniciou.

- Que romântico transar com o barulho da chuva.

- Tem mais alguma garota aqui? Porque eu é que não vou realizar esse seu fetiche estranho. - Suspirei, me sentando em sua cama em seguida. - Eu vou ligar para a minha mãe.

Dei de ombros e então digitei seu número rapidamente. Esperei impaciente enquanto chamava, sentindo Rindou me engolir com seus olhos.

- Alô? - Escutei a sua voz, suspirei aliviada.

- Oi mãe! Eu não vou poder voltar para casa agora, está chovendo demais e eu prefiro esperar um pouco.

- Oh tudo bem! Onde você está?

- Eu..

- Oi sogrinha! - Rindou gritou, arregalei os olhos e então o chutei para longe de mim, vendo ele gemer de dor.

- Quem está aí com você?

- Ninguém importante! - Encarei Rindou, sorrindo em seguida. - Não é alguém que você deva conhecer,ele não significa nada para mim.
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Essa última frase doeu até em mim

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