Meu Nobre Camponês

Confissão

Bangchan

Como prometido havia dado espaço para o mais novo conversar e ajudar sua mãe, me encontrava agora no campo, o mesmo campo pelo qual havia o visto pela primeira vez, o mesmo campo que havia sido eu mesmo, sem aquelas milhares de regras, deitado naquela grama, sobre os raios do sol eu era apenas, Christopher.

Escuto passos vindo atrás de mim, o que me faz abrir os olhos e olhar na direção dos passos, sorri ao ver o dono dos meus pensamentos se aproximar, sempre com um sorriso radiante.

-Posso sentar aqui? -Diz sem abandonar o lindo sorriso, fazendo com que sorrisse também e afirmasse. -O que tanto pensa, Hyung? -diz após ter se sentado ao meu lado.

-Estava relembrando quando te vi pela primeira vez, o que pensei de ti. -Sorri.

-O que pensou de mim? -O loiro se deita ao meu lado.

-O quanto seus olhos brilhavam olhando os pássaros, o quanto seu sorriso iluminava mais que os raios do Sol. -Vejo suas bochechas ganharem um tom mais avermelhado, levo minha mão até uma de suas bochechas, deixando um casto afago. -O quanto cada detalhe seu mostrava o quanto você era perfeito. -Viro totalmente meu corpo em sua direção e o vejo repetir o ato. - Mas o dia que eu me vi hipnotizado por você foi diante a Lua Rosa. -Desço as pontas de meus dedos levemente até ter o dedão e o indicador em seu queixo.

-Por--- por que? -Seu tom saia baixo, como um sussurro, via seus olhos tremerem e suas pálpebras a todo custo vacilarem para fechar.

-A forma que sua pele se destacava sobre a lua rosa, a forma como suas sardas ficavam mais marcadas, seus olhos, seu cabelo, tudo combinava, como se você fizesse parte dela, como se ela brilhasse somente para você, nenhum ser daquele baile brilhava e se destacava da mesma forma que você. -Digo em um sussurro, aproximando nossos rostos.

-Chris..... -Diz em um fio de voz enquanto fechava seus olhos, encosto levemente nossos lábios, sentindo o característico frio na barriga. -Havia muitas damas bem mais bonitas que eu.....


-Pensei que já tivesse entendido, Lix. -Sorri vendo cada vez mais suas bochechas avermelharem. -Nenhuma delas me cativas como você, nenhuma delas desperta esse sentimento em mim, nenhuma delas acende esse fogo em meu coração que queimas sempre que estas por perto. -Acaricio seu queixo. -É apenas você, somente você tem controle total sobre mim. -Encerro nossa distância e selo nossos lábios, a sensação de adrenalina devido estarmos em um local aberto, onde qualquer um poderia nos ver, não me importava com isso, apenas queria sentir o menor, beijar seus doces lábios, faze-lo entender o quanto era importante para mim. Desço minha mão livre até a altura de seu quadril, mantendo-a ali, inclino meu corpo sobre o do mais novo e levo minha outra mão para o local da outra, prendendo-o contra o meu corpo e o gramado. -Você é perfeito, tantas pessoas te cobiçam, você apenas não percebe. -Digo entre o beijo, sinto uma de suas mãos agarrarem os fios de minha nuca enquanto a outra apertava minha blusa, trazendo-me para mais perto e aprofundando o beijo, aperto seu quadril e sinto suas pernas levemente se afastarem, me encaixando entre elas, juntando mais nossos corpos. Talvez estivéssemos loucos, de fato estávamos, mas a cada puxam em minha nuca ou arfar que o menor soltava em meio ao beijo só me instigava a continuar.

-Hyu---Hyung. -Diz falho devido ao aperto que dava em sua cintura. -Não podemos. -Suas mãos descem até os meus ombros e os aperta, afasto levemente nossos rostos e o olho, respirávamos ofegante, suas bochechas e lábios vermelhos enquanto o menor mantinha suas mãos pequenas em meus ombros. -Não podemos, ainda mais aqui, Hyung. -Fecho os meus olhos tentando regular minha respiração.

-Eu sei...... mas está sendo tão difícil me controlar, perdão Lix. -Escondo o meu rosto em seu pescoço, estava de fato envergonhado, mas apenas escuto uma risada baixa do menor e um afagar em minha nuca.

-Acho melhor não nos beijarmos mais, pelo menos por um tempo. -O olho assustado, arrancando risadas do menor.

-Impossível. -Exclamo alto, mas só o que o outro faz é gargalhar de mim. -Lix!

-Calma, pelo menos não passar de um beijinho. -Diz colocando suas mãos em cima das minhas que ainda estavam em seu quadril, aperto o local vendo-o fechar os olhos. - Christopher Bang! -Ri parando o aperto, o mesmo olha no fundo de meus olhos. -Sabe, você não foi o único que ficou reparando. -Diz envergonhado. -E também, eu...bem, senti um pouco de ciúmes de você. -Seu olhar falha e ele olha para baixo, claramente envergonhado, sorri com sua declaração, saiu de cima do seu corpo e me deito, puxo o menor para que deitasse em meu peito.

-Pode me contar? Sabe, eu meio que não sei quando você começou a gostar de mim e eu queria saber mais de seus sentimentos, Lix. -Digo calmo enquanto afagava seus cabelos.

-Certo, acho meio que justo, devido que você sempre é tão sincero com os seus sentimentos.


Felix

Chegada da Lady Lancaster

Confesso que de cara não havia me dado com aquela Lady, a forma na qual ela se comportava diante da rainha, ela se achava dona do castelo, dona das pessoas, como se elas fossem seus objetos. Felizmente a rainha havia posto ela por hora em seu lugar, no momento que havia visto o Chan confesso que havia ficado muito feliz, principalmente quando ele sorriu para mim antes de eu ir até os aposentos reais, tudo estava bem, até o Rei pedir para que eu medisse aquela mimada, a Rainha a contra gosto, acabou cedendo e lá estava eu, frente a frente daquele ser.

-Por favor pare de se mexer. -Digo pela milésima vez.

-Achas que eu não vi a troca de olhares de você com o Príncipe? Como ousas ter tanta ousadia com o seu superior. -Engoli minha raiva e a olho, ela sussurrava para que o rei não escutasse.

-Não sei do que estas a falar. -Respondo da mesma forma. -Agora por favor, fique quieta.

-Como ousais falar com a sua futura rainha dessa forma?! -Exclama claramente raivosa.

-Que eu saibas não há ainda nenhuma dama escolhida.

-Seu...Seu, eu vou acabar com a sua vida e da sua mamãe. -De início não havia entendido, mas longo me desespero ao vê-la gritar.

-O que você. -Arregalo os meus olhos ao ver Chan junto com mais um homem adentrarem a sala.

-O que está acontecendo aqui Lady Lancaster? -O homem questiona.


-O que está acontecendo?! -Gritou e pude perceber o Chan tampar seus ouvidos. -Acontece que esse servo me machucou! -O mais velho começara a ficar vermelho do nada.

-Eu nem toquei em você! -Exclamo.

-Está me chamando de mentirosa?! -Sim? Penso, mas logo um forte barulho na porta pode ser escutado, olho para a direção do mesmo assustado.

-Chega! Não irei permitir que trate as pessoas assim no meu reino, aqui todos merecem respeito, se não pode se adaptar sugiro que volte para o seu país ou então comporte-se, não irei admitir mais a sua falta de educação! -Disse sério e logo seus olhos se encontraram com os meus. -Venha comigo, irá tirar as minhas medidas. - Apenas afirmo e começo a arrumar as coisas.

-Mas,Mas e eu? -A mesma questiona.

-Oras Lady Lancaster você mesmo me disse que trouxeste uma carruagem cheia de vestidos, use um deles. -O mais velho fala antes de se retirar, apenas o sigo.

-Papai! -Escuto a mesma gritar.

-Conde, controle a sua filha! -Escuto o rei, mas apenas sigo meu caminho junto ao mais velho de cabeça baixa, não conseguia o encarar, então apenas pegava a fita métrica-Desculpa ter gritado.

-Não devia se desculpar sua alteza. -Digo baixo e vou até o maior.

-Estamos sozinhos, não precisa me tratar tão formalmente, somos amigos, certo? -Perguntou-me.

-Certo. -Digo sorrindo e o olho. -Agora deixe-me trabalhar, Chan. -Ri e assim começo a medi-lo, quase nunca fazia isso, então estava muito nervoso, não podia errar as medidas, tudo tinha que ser perfeito e um erro poderia custar caro.