OBRA EM REVISÃO
CAPA POR @suacapa
Samira vê seu mundo desmoronar quando é injustamente acusada de um crime. Determinada a provar sua inocência, ela se vê envolvida com três homens diferentes. À medida que investiga o crime, percebe que a situaçã...
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Ao abrir os meus olhos percebi que Lúcio estava ao meu lado enquanto com as mãos segurava minha cabeça. Fiquei confusa, pois não lembrava o que ocorrera para me fazer deitar sobre o sofá da sala dele. Ele soltou a respiração forte, como se estivesse prendendo à bastante tempo. Era como se ele estivesse a espera de algum retorno. Ele provavelmente estava a espera de uma resposta minha. Aparentemente estive desacordada por algum tempo.
Eu não falei e Lúcio também não. Ele parecia ocupado de mais usando as mãos de forma completamente protetora por meu rosto e cabelo. Ele fixou seus olhos nos meus por longos minutos e devido aquela ação, era quase que impossível falar. Quando me prendia no seu olhar era difícil raciocinar com clareza. Mas queria entender o que tinha acontecido.
Quando forcei a mente a relembrar, as memorias foram ficando clara, senti que meu coração passou bater com mais força. Lembrei do desespero que senti quando Carlos me pressionou no estacionamento.Quando olhei para baixo e automaticamente passei perder o equilíbrio. Eu estive muito nervosa, não dava pra controlar o meu corpo a como ele se sentia. Carlos passara a ser de verdade o meu pesadelo. Era difícil compreende-lo.
Carlos parecia sentir a necessidade de me pressionar, de me magoar, era como se ele quisesse provar algo para ele mesmo. O problema estava nele, era notório que era nele. Ele demonstrava descontrole talvez por que eu o revidava sempre em palavras, ou talvez Carlos estivesse mesmo com aquele desejo estranho que já havia comentado antes. A verdade era que os filhos da finada Cecília eram difíceis de compreender. Não que Lúcio fosse escroto ao ponto de ser comparado ao Carlos. Não, ele também não era pra tanto. Mas sinceramente, no fundo estava magoada pelo que acontecera a nós dois.
Não queria que tivesse acontecido aquele beijo. É eu realmente mudei de ideia pelo visto, mas isso não se resumia ao fato de que não gostei, muito pelo contrário. Agora, vendo ele ali tão perto a minha frente. Nós tínhamos uma relação legal e nos conformes, mas após o beijo as coisas se tornaram tensas. Então se era pra ficar assim, eu definitivamente não queria que tivéssemos nos beijado.
Contra partida a sensação fora incrível de se sentir! Aquele beijo era inesquecível, e por mais que tentasse, não conseguiria descrever. É, bem no fundo eu gostava do Lúcio. Sinceramente eu estava apaixonada e isso era péssimo. Não queria que ficássemos assim como estranhos, eu realmente não queria. Mas também não podia me permitir ao luxo de achar que ele poderia querer algo com uma garota tão simples e sem estruturas alguma como eu. Não faria sentido, logo ele que fora casado por tanto tempo, e com uma mulher da elite como ele. Infelizmente eu precisava me conformar com o simples fato de que não tinha nada a oferecer.
Reuni forças para dar fim a aquele momento silencioso em que apenas nossos olhares confusos e desesperados, se comunicavam.
— O que está fazendo?— Segurei a mão de Lúcio a afastando do meu rosto. De forma brusca coloquei força no corpo me sentando sobre o sofá do escritório dele.
