Capítulo 36

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"Arrependimento"

    Contorci meu corpo aproximando de uma das paredes do ambiente escuro

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Contorci meu corpo aproximando de uma das paredes do ambiente escuro. Meu estado era preocupante, meu corpo estava coberto de suor e quanto mais pensava que estava acabando, as dores voltavam com bastante intensidade. Eu me arrependia tanto de não ouvir os pedidos de Lúcio, eu sei que ele me odiaria por saber que coloquei sua filha em perigo. Anne estava encolhida no canto junto a Caleb, ambos estavam quietos mas muito amedrontados. Eu me mantive de pé enquanto caminhava pelo local na tentativa de reduzir a dor tão forte que sentia.

Era forte de mais para ficar sentada, eu não conseguia ficar quieta sentindo dores daquela forma. Passei forçar as pernas enquanto suspirava pelo ambiente. Aproximei-me das crianças passando a acariciar os cabelos dos dois.

— Vai ficar tudo bem, a gente vai sair daqui.— Tentei tranquiliza-los, mas nem eu mesma acreditava totalmente nas minhas palavras.

Perdi a noção do tempo, era difícil saber que horas já eram do dia, ou da noite. O ambiente muito escuro dificultava saber aquilo, principalmente por perceber que não tinha entrada de ventilação, era assustador para qualquer um, quanto mais para duas crianças.

Passei caminhar pelo local na expectativa de encontrar alguma pista, uma possível saída de ar, qualquer coisa que me conectasse com o ambiente lá fora, mas uma contração fortíssima me fez perder o rumo. Soltei um grito mesmo que estivesse tentando prender para não assustar as crianças. Aquela tarefa estava se tornando impossível quanto mais o tempo passava. Vi que os dois me encaravam assustados, mesmo o ambiente sendo escuro, era possível enxergar.

Mantive-me sentada próxima a uma das paredes, perto das crianças, sentindo que não aguentaria mais, estava ficando sem forças por mais que lutasse, estava fraca e sem capacidade de ter um bebe prematuro de 6 meses e algumas semanas sem a ajuda de um medico. Meus olhos arderam assim que as luzes acederam-se novamente, usei minhas ultimas forças para tentar levantar, mas era impossível, não tinha forças nas pernas, estavam tremulas. Carlos adentrou novamente dessa vez com dois homens desconhecidos por mim. Ele encarou a mim e as crianças, enquanto eu as mantive no meu aperto, estava tão preocupada com eles dois.

  — O que vamos fazer? E se ele não aceitar minha proposta?— Carlos aparentemente nervoso, questionava a um homem alto a sua frente.

Mesmo sem saber quem era e do que se tratava, pude perceber que ele era o chefe ali, até mesmo Carlos aparentava temer a ele.

  — Mas é claro que ele vai aceitar, ele poderá ficar sem nada, mas não vai deixar a família dele aqui nesse estado.— O homem de voz um pouco fina, comentou. A voz dele não tinha nada a ver com seu físico alto e grande.

  — Mas e esse menino quase nascendo?— Carlos questionou recebendo um olhar frio e muito serio do homem alto.— Ele não sabe que ela está nesse estado.— Senti mais contração passando a forçar a boca a não deixar sair nenhum som. Mas era uma tarefa complicadíssima.

Coincidência Amor -(Concluído) - Em revisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora