1•| Aemma

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Primeiro Capítulo
•Aemma•

Oie gente, um aviso antes de vocês iniciarem a história, comecei a escrever ela quando eu tinha 14/15 anos, a partir do 5 capítulo eu já tinha completado meus 18, como foi muito tempo, minha escrita foi mudando ao decorrer desses capítulos, não estranhem!! obrigada, e boa leitura a todos. Com o tempo eu vou corrigindo aos poucos.

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Imagina crescer em um lugar onde a vida parece ausente, cercada por médicos que, a todo momento, se perguntarem oque há de errado com você.

Fui internada em um hospital quando tinha apenas 9 anos, em minha cidade natal, Belarus. Alegando que eu sofria problemas respiratórios. Coincidentemente, no mesmo ano em que meu irmão homem nasceu. Ser abandona por pais que nunca desejaram uma filha não me surpreendeu.

Fiquei aprisionada por 10 longos anos em um lugar rodeado pela morte. Todos ali sabiam que eu era uma cama ocupada sem propósito.

Ao passar dos anos, os médicos começaram a me visitar com frequência. Injeções, cirurgias, procedimentos sem fim. No início acreditei que realmente tinha algo de errado comigo. Mas com o tempo, eu era uma mísero rato de laboratório, uma cobaia para pesquisas sem fundamento.

Injetaram todos os tipos de drogas, o mundo ficou em preto e branco, eu não lembrava mais como as emoções funcionavam, ansiedade, raiva, felicidade, eu havia desistido. Certa vez, uma das novas residentes, falou alto demais com uma de suas colegas.

"como os pais dessa criança permitiram ela servir de experimento."

Entendi, mesmo que jovem, que os abusos que eu estava sofrendo nesse hospital, eram permitidos pelos meus pais. Eu gostaria de ficar triste ou amargurada, mas no fim, nada. Meu corpo e minha mente estavam exaustos, não entendia oque eu deveria sentir, eu só estava ali, sobrevivendo como uma boneca de porcelana rachada.

Aos dezenove anos, sem médicos em meu quarto, as cirurgias cessaram, fui abandonada pelo hospital quando perceberam que eu não tinha mais utilidade. Eu estava picotada e restaurada o suficiente. De vez em quando por pena, provavelmente, enfermeiras me trazem livros, uma distração agradável, de uma mente vazia, fui preenchida de histórias fictícias que deixavam o mundo um pouco mais colorido.

3:30 am

— Você ainda está viva? — Uma voz feminina me acorda, tento abrir os olhos, mas o quarto está escuro demais.

— Quem está aí? — Pergunto.

— Não é uma pergunta que me interessa responder, eu só vim terminar um trabalho mal feito, então de deite na cama, caolha.

Caolha? sobre oque essa mulher está falando? eu ainda tenho meus olhos.

— Você está me olhando confusa haha, ainda se vê como uma moça bonita, Aemma? Olhe em volta, você simplesmente é só uma bonequinha desconstruída. — Ela solta uma risada irônica. — Eu apenas vim acabar com o meu sofrimento, está bem? então apenas feche os olhos.

Porque resistir a isso, eu fui feita para ser cortada por médicos, mais uma não me fará diferença, afinal de contas era meu propósito.

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