PINK EYES

6•| Fome

Sexto Capítulo
• Fome •
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Acordei com um peso sobre minha barriga, me questionando sobre a que horas eu cheguei em casa e quando troquei a roupa para dormir. Como um dia tão curto poderia me deixar tão exausta a ponto de não me lembrar de como cheguei em casa.
— Preciso ir ao banheiro, você pode tirar seu braço rapidinho, Kyliam? — Espera um momento.

Kyliam? como e porque ele está deitado no meu quarto e ao meu lado. Fico imobilizada, essa situação me despertou por completo. Eu e ele dormimos sem querer? Porque ele ficou no meu quarto, quando tinha o de sua atual esposa? São tantos pensamentos, tantas perguntas. Sinto meu coração acelerado e minha pele arrepiada. Consigo sentir seu toque, sua mão áspera tocando minha barriga. Seus cabelos loiros estão tão próximos do meu rosto que consigo sentir uma vermelhidão me alcançando. Parece que meu coração vai explodir a qualquer momento.

— Kyliam! — Balanço seu ombro com calma. — Acorda! Se abrirem aquela porta, seu contrato com Miriam vai por água abaixo. É melhor nos levantarmos! — Assim que tento me levantar, ele me puxa pela cintura e me aconchega em seus braços. Ele está me segurando com uma leve pressão, impedindo que eu tente levantar novamente. Caralho, como isso aconteceu?! Se eu não infartar agora, é um grande milagre.

Escuto uma batida na porta, me fazendo suar frio em instantes. Agora tudo foi para o beleléu mesmo.

— Querida, estou entrando. — Miriam? Logo ela?!
ela permaneceu em silêncio. — Kyliam?
Um silêncio muito, muito assustador! — Ele tem as costas tão largas e musculosas, talvez ele tenha vindo para o quarto de Lina por timidez, em vez de passar a primeira noite comigo! Ele é um fofo!

Será que ela não me viu aqui?
— Vou preparar um café especial na cama para que ele acorde, irei recepcioná-lo da melhor forma possível! —  Disse ela com a voz estridente com um toque malícia, saindo do quarto em seguida.

Assim que ela fechou a porta do quarto, os braços de Kyliam que a momentos se enchiam de força, se enfraqueceram, fazendo-o que suas mãos deslizassem para dentro de meu pijama, de tecido fino, suas mãos, com calma, caminhavam explorando minha barriga e cintura. Circulava meu umbigo com os dedos gentilmente, mas logo os descia e subia minha linha alba, ele chegava perto, tão perto daquela parte, me fazendo contrair as coxas involuntariamente, mas sempre subia os dedos em seguida. Escorregou a mão discretamente pelos meus quadris e colocando seus dedos entre a bermuda, fazendo ele brincar com alça da minha calcinha, mas não se atrevia a fazer mais que aquilo. Seu toque fez minha pele estremecer e meu coração vacilar durante minutos, eu não queria que ele parasse, mas minha garganta se apertava a cada área que sua mão explorava, usei força disponível em meu corpo e rolei para o chão da cama. Caindo como pedra na areia. Preciso urgentemente sair dessa situação!

— Aemma? — Espero que ele seja sonâmbulo. — Por que rolou para o chão? Era apenas ter me acordado.

— Como se fosse fácil! — Exclamei, nervosa, envergonhada, arrepiada, com oque acabará de acontecer. — Por que você dormiu aqui?
Ao mesmo tempo que meu coração quer sair pela boca e correr até o banheiro embaraçada, toda essa situação me faz ficar furiosa com a ignorância dele.

— Essa é a razão para toda essa vermelhidão em seu rosto, fada? — Ele indaga, com um sorriso audacioso.

— Tudo isso é uma piada para você? Não percebe que, se Miriam tivesse nos visto nessa situação, iria ME trazer diversos problemas? — Retruco, com a voz trêmula, de vergonha, raiva, só quero uma desculpa para xingá-lo.