Capítulo Único.

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Olha só quem voltou!

Hoje com um Short dos Maridinhos Inefáveis que eu tanto amo, espero q gostem ;)

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Era fato que seres celestiais não eram afetados por Doenças humanas, mas Aziraphale e Crowley obviamente não seriam iguais aos seus irmãos.

Seis mil anos na terra, convivendo com a humanidade, é de se esperar que algo neles tenha mudado.

Eu, como Deus, poderia facilmente fazê-los imunes a isso, mas a experiência que vocês vão presenciar vai responder o porquê não os fiz...

[...]

- "Crowley, querido, não acha que é hora de ir ao hospital?"

- "Eu já disse Aziraphale, eu tô bem!"

Crowley não estava bem e isso era um fato. Há dias que o demônio estava espirrando por tudo e tossindo como um velho pela biblioteca de Aziraphale, fora claro, a febre que não passava de jeito nenhum.

- "Mas querido, olhe só pra você! Eu tenho quase certeza de que você está com algo chamado "Gripe", é um vírus que os humanos costumam pegar."

- "Eu sou um demônio."

- "Os anos que passamos por aqui podem ter mudado algumas coisas." - O Anjo dizia calmamente, tentando convencer o marido de que era hora de se tratar. O mesmo só se virou de costas para ele com um cobertor cobrindo a cabeça. - "Crowley, Porque está tão receoso em ir ao médico?"

O demônio tira o cobertor da cabeça e se vira para seu anjo.

- "Eutenhomedodeagulha." - Responde tão rápido que Aziraphale não conseguiu compreender nenhuma palavra.

- "Perdão, não entendi."

- "Eu tenho medo de agulha..."

- "Isso não é motivo para se envergonhar querido." - O Anjo sorri compreensivo o Abraça dentro do cobertor. - "Posso acompanhar você ao médico, estou preocupado."

- "Ugk, tá bom, eu vou" - Crowley resmunga e os dois se levantam para se arrumar.

Estacionam no pronto socorro e assim entram indo direto até a recepção.

- "Ahn, mocinha?" - Aziraphale chama a atendente atrás do vidro. A mesma o olha de cima a baixo e aponta para um papel colado na parede.

.Favor apresentar na recepção documento de identidade com foto.

- "Ah, sim, claro." - O Anjo pega o documento de Crowley e entrega para a moça.

Há um tempo que Anjo e o Demônio se viram obrigados a fazer seus documentos, afinal, precisavam deles para praticamente tudo.

- "Só aguardar senhor."

- "Obrigado."

Aziraphale se senta ao lado de Crowley para aguardar a chamada, que não demorou muito tempo já que não havia muitas pessoas lá.

Após passar pela triagem o demônio volta com uma pulseira amarela no pulso.

- "Vão me chamar logo, disseram que minha febre está muito alta." - Crowley diz segurando firme a mão do anjo, que lhe dá um sorriso de conforto.

O nome de Crowley aparece na telinha e Aziraphale o acompanha para o consultório.

- "Desculpe senhor, acompanhantes só são permitidos para crianças e idosos."

- "Não é como se eu tivesse seis mil anos..." - O demônio resmunga baixo e recebe um tapinha leve de Aziraphale.

- "Oh, tudo bem então, te espero aqui querido."

Nem 10 minutos haviam se passado quando um dos enfermeiros sai meio exasperado de dentro da sala.

- "O Senhor que está acompanhando aquele homem de cabelos vermelhos? - O moço se dirige a Aziraphale que confirma com a cabeça. - "Pode me acompanhar por favor?"

O Anjo o acompanha e ao chegar na sala se depara com um cena um tanto quanto inusitada. Haviam três enfermeiros tentando segurar Crowley na cadeira enquanto uma enfermeira tentava colocar a agulha em seu braço.

- "Anjo! Ainda bem que você chegou, eles estão tentando me torturar, estar no inferno agora seria infinitamente melhor!" - O demônio estava desesperado tentando se soltar.

Uma das enfermeiras se aproxima de Aziraphale e lhe conta que Crowley não tinha tomado a vacina contra gripe e que nem carteira de vacinação ele fez.

- "Ah sim, nós somos novos na cidade sabe...E perdemos a maioria de nossos documentos no caminho." - O Anjo odiava mentir mas nem ele sabia dessa tal de carteira de vacinação, sempre achou que só chegaria lá e ele vacinavam.

- "Será que o senhor poderia acalmar seu colega enquanto lhe damos a vacina? É de extrema importância tomar."

Aziraphale se ajoelha ao lado do demônio e segura sua mão.

- "Vai ser rapidinho querido, eu tô aqui tá bom?" - Crowley concordou ainda transtornado e afundou a cabeça no pescoço de seu anjo.

A Enfermeira aplicou a vacina e Crowley estremeceu.

- "Prontinho, aconselho vocês a irem ao postinho mais próximo e lá eles vão colocar em dia o calendário de vacinação."

- "Acabou? Ah! Graças a, a, esquece." - O demônio se levanta da cadeira e vai até a porta depressa.

Ao saírem Crowley entrega a Aziraphale um papel.

- "Ele disse que eu preciso tomar esses remédios por quinze dias."

- "Depois eu saio pra comprar, agora o senhor tem de ir para a casa e descansar."

Assim que chegam, Aziraphale arruma Crowley na cama com um cobertor e lhe prepara um chocolate quente antes de sair.

- "Onde você vai Anjo?"

- "Vou sair comprar seus remédios, e um presente, você foi corajoso hoje querido." - Ele dá um beijo no demônio e se retira.

Quando Aziraphale volta se depara com Crowley dormindo e sorri com a cena, já que o demônio sempre dorme todo torto.

O Anjo pega um copo d'água e deixa no criado mudo junto com os remédios.

- "Comprei seus remédios." - Diz baixo para não assustar o marido.

Crowley acorda meio perdido e sorri ao ver Aziraphale. Era adorável toda vez que isso acontecia já que o demônio parecia fazer questão de sempre admirar o Anjo para ter certeza que era real.

- "E eu lhe trouxe um presente!" - Aziraphale diz animado e Crowley se senta na cama curioso.

O Anjo entrega um vaso pequeno com cravos brancos. Os olhos amarelos o fitavam com admiração.

- "Sério?" - O demônio perguntava emocionado. Aziraphale assente sorrindo e é puxado pra um abraço apertado, seguido de um ataque de beijos por todo o rosto do anjo. - "Eu já disse que te amo? Porque eu te amo, te amo muito, você é o único motivo de eu acreditar que Deus pode ser bom, porque ele te criou."

- "Ah, Crowley, eu também te amo muito querido."

Aziraphale sempre notou que o Demônio tinha um afeição às plantas, antes ele negava mas agora deixava bem claro a todos que era a segunda coisa que mais amava. Ele até abrira uma floricultura recentemente.

O Anjo se arrumou para deitar junto com seu marido. Não demorou muito para que ambos dormissem - Crowley mais rápido por efeito do remédio. - abraçados como se só assim tivessem certeza que o outro estaria ali.

A Neve caia do lado de fora enquanto um Anjo e um Demônio dormiam juntos, e em algum momento enquanto estavam relaxados suas asas se abriram, assim, formado um coração por cima deles, os cobrindo com o calor de suas penas.

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Cravo Branco: Representa o Amor puro e a inocência.

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