o vizinho q "roubou" meu gato || Louis Partridge

oito

pov louis

Já tinha escurecido, e já fazia um tempo que eu já tinha chegado em casa. Minha mãe tinha saído, só estava eu e meu pai em casa. Tomei um banho e logo desci, pra ir jantar com o meu pai. Sentei na mesa e logo em seguida comecei a me servir.

-Você sabe onde minha mãe foi? -digo, terminado de colocar a comida em meu prato.

-Não. -responde seco

-Ah

-Como tá se saindo na escola?

-Perguntei pra professora se ela poderia me passar um trabalho pra aumentar minhas notas. -digo sem dar muitos detalhes, não tava muito a fim de tocar nesse assunto de novo com ele.

-Sabe o que eu acho? as vezes parece até piada. Eu sempre te dei tudo o que você precisava, pra você não ter que precisar trabalhar. A única, a única coisa que eu queria, era que você se saísse bem na escola. Só. Só isso. -ele aumenta o tom de voz

-Você nem sempre me deu tudo. -digo e o mesmo ri.

-Você tem tudo o que precisa, e agora vim falar que eu nunca te dei tudo? isso se chama ingratidão. Um ingrato isso é o que você é.

-A única coisa que eu queria, sabe o que era? um amor de pai. -ele apenas rir e se levanta da mesa e eu continuou -Mas você nunca nem me deu isso. -ele chega bem perto de mim, e sinto meu rosto arder muito. Ele tinha me dado um tapa. -É isso? -rio -você me bateu porque eu falei uma verdade? -Sinto uma lágrima escorrer em meu rosto, mas já não estava ligando muito pra isso.

-Cala a sua boca -ele aponta o dedo em meu rosto -depois que cresceu aprendeu a responder?

-Eu não pedi pra nascer -digo da boca pra fora já sem muita paciência.

-Eu mandei CALAR A PORRA DA BOCA -dessa vez ele me dá um murro bem no meu rosto, fazendo com que eu caia da cadeira. -Você só é desse jeito porque sua mãe nunca deixou eu te bater -ele termina de falar e sai da sala de jantar.

Tava demorando pra cair a ficha que meu pai tinha me batido, eu simplesmente não queria acreditar. Sem muita enrolação, pego meu celular e peço ajuda pra única pessoa que mora perto, porque não tava a fim de ficar no mesmo lugar que meu pai, pelo menos não agora.

sn🌹❤️❤️‍🩹💞

ei ta em casa?

to ué

ta sozinha?

tchau louis

ta ou nao?

to
visualizada

Pov sn

Escuto alguém bater na porta, já sabendo que era, mas achei que louis queria fazer alguma gracinha ou algo do tipo, porque é bem a cara dele fazer esse tipo de coisa.

-O que você quer? -falo abrindo a porta, mas logo me arrependo de ter falado aquilo, ao ver o estado que o rosto dele estava. -meu deus, louis o que aconteceu com você? -falo desesperada.

Ele não responde e então puxo ele pelo braço, fechando a porta.

-Acho que no banheiro do meu quarto deve ter uma caixinha de kit médico. Vem -digo puxando ele

Entro em meu banheiro e pego a caixinha de kit médico que tava em uma gaveta e á abro, pegando um remédio, pra passar no rosto dele. Logo em seguida pego um pano e molho o mesmo.

-Senta aí -digo abaixando a tampa do vaso. Espero ele se sentar e falo -Não é querendo falar, mas vai doer um pouco. Eu não faço a mínima ideia do que aconteceu, mas tá muito feio.

-Ah, muito obrigado. -ele fala sendo irônico

Ele se senta, e eu com o pano molhado em minha mão, vou chegando bem pertinho do rosto dele, na parte de sua bochecha, com todo cuidado do mundo, vou limpando até tirar todo o sangue.

-Você é mais linda ainda de perto -sinto meu rosto esquentando e aposto que eu vou ficar vermelha agora -Uau, consegui te deixar com vergonha? -ele ri

-Não fiquei com vergonha seu bobo -falo apertando o pano um pouquinho forte em sua bochecha de propósito, fazendo ele gemer de dor.

-Ficou vermelha porque então?

dessa vez deixo o pano de lado e pego um lenço umedecido. Vejo que o canto de sua boca tava bem machucada também, então passo bem na lateral. Quando olho pra ele vejo que ele já tava me olhando, não sei explicar, mas ele olhou bem no fundo dos meus olhos, mlk eu senti uma coisa tão estranha, que eu nunca tinha sentido antes. Paro de encarar ele, e vejo o mesmo rir, ele pareceu ter se divertido com a minha reação, mas ignorei.

-Quer me falar quem fez isso com o gatinho ou não? -Louis rir de novo ao me ouvir chamar ele de gatinho e eu acabo rindo também.