CAPÍTULO QUATRO.

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Ela me deu um chá e eu estou batizado, encantado, viciado e enfeitiçado por ela

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Ela me deu um chá e eu estou batizado, encantado, viciado e enfeitiçado por ela.

Temos quase dois meses de encontros e sexo as escondidas e posso dizer que nunca estive tão feliz e satisfeito. Bem, satisfeito nem tanto pois tudo o que eu mais quero é que todos saibam que ela é minha e que eu sou dela, quero assumir, elevar para um nível mais alto o que temos, tornar real e oficial. Apenas isso. Mas como já é de esperar, ela não quer... Camila vive dizendo que o que temos é uma loucura e que mais cedo ou mais tarde teremos que parar com isso ou minha irmã vai acabar magoada e que nossos pais também... ouvir isso é um saco. Então sempre calo suas palavras com um beijo ou com alguma piadinha sexual que a faz ficar vermelha e com vontade de me agarrar ou me bater. 

Tenho que admitir que no decorrer desse tempo houveram vezes que quase fomos pegos — várias vezes —, e nos metemos em enrascadas cheias de mentiras divertidas. Como quando a irmã dela alegou que havia escutado uma voz masculina e ela inventou que estava aprendendo a imitar vozes e forçou uma muito ruim e bastante genérica, precisei de muito para não rir atrás da sua porta enquanto Sofia parecia desconfiada. Também passei por algo semelhante... quando minha mãe me interrogou para saber quem estava no quarto comigo. Ela tinha certeza que eu estava mentindo... piorou quando uma calcinha foi encontrada nas minhas coisas. Meu velho parecia orgulhoso, minha mãe furiosa e Aaliyah tinha uma expressão de duvida. 

 Camila não achou graça nenhuma... 
Houve uma situação cômica, para não dizer quase trágica na visão de Camila, na festa da fraternidade que ficamos por horas aos beijos, não tínhamos noção de quanto tempo já estávamos ali e pela graça dos céus, o vidro era fumê e não dava para ver nada que acontecia dentro do carro... nos beijávamos apaixonadamente ainda nus, quando ouvimos batidinhas no vidro fazendo Camila praticamente voar do meu colo. As batidas insistentes a fez se vestir rapidamente, e não era como se desse tempo para ela apagar a expressão de satisfação no seu rosto.

— E agora? — Quis rir do seu desespero, mas como gosto do meu belo rostinho preferi apenas dar de ombros. — Se veste garoto! — Ela ordena mas não obedeço. — Merda, merda tripla! Agora fodeu de vez.

— CAMILAAAA? — era Lua, como sempre sendo uma empata foda do caralho. — Você está aí bunduda?

— O que essa garota quer? — Pergunto entredentes já raivoso.

— E eu lá sei inútil? Nem para vestir a roupa você presta. — Camila me olhava com o desespero estampado em seu rosto. — Se abaixa, vou abrir o vidro e tentar despista-la.

 Procuro um lugar que me caiba e adivinha? NÃO TEM.  

— Você por acaso já viu o meu  tamanho?

— Sim, — ela me como se tivesse um duplo sentido e eu fico sem entender. Lua volta a bater no vidro do carro, alegando que sabe que Camila está aqui começando a gritar mais alto.

Caralho de menina irritante!

  A contragosto me afundo nos bancos de trás e Camila vai para frente, fingindo que absolutamente nada estava acontecendo.

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