Especial de Halloween - Wicked Games Parte I

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31 de outubro, 1987

O outono tem cheiro de vela aromática, não tem? Cheiro de um conforto nostálgico que aquece o peito daqueles que passam o ano todo esperando ansiosamente pelo melhor feriado.

O Halloween sempre foi o feriado favorito dela. E dele também.

Ela gosta mais ainda das luzes quentes que enchem as salas das casas com todas aquelas lareiras e abóboras iluminadas. Ama o cheiro de incenso no ar.

Sabe quando memórias tem cheiros? Ela pensa assim e por isso ama o cheiro do Halloween, as ruas decoradas, as folhas marrons, o gosto dos doces na ponta da língua, o cheiro do chocolate quente, o cheiro das festas, mas ama principalmente o cheiro dele.

Porque o cheiro dele sempre a lembra do Halloween e do outono. Porque ele é tão bom e ela o ama tanto que pra ela é como se ele fosse aquela felicidade do feriado favorito. Ele é como aquela batida ansiosa de alegria no coração. Ficaram juntos pra valer num Halloween, num outono, em outubro, e agora pode o chamar de namorado há dois anos.

Outono é a estação deles. Outubro é o mês deles. Halloween é a data deles.

Chrissy desfez as tiras dos sapatos e jogou no chão. Soltou um suspiro, aliviada, depois de ter ficado mais de oito horas em pé e dançando numa festa de Halloween que durou a noite toda. A festa de Halloween que Robin dá todos os anos, ela ama tanto essas festas, uma noite toda com os amigos e se divertindo ao ponto de dançar até sentir os pés doendo e o corpo quente começando a suar.

- Essa foi boa, não foi? - seu namorado se jogou no sofá ao seu lado. Ele, ah, ele, o cheiro de colônia masculina entrou nas narinas da boa garota. Ela gosta tanto do cheiro dele que tem vontade de abrir a boca toda vez que sente, como se pudesse comê-lo, como se quisesse saborear o perfume na ponta da língua, e por vezes já lambeu o pescoço dele só pra isso. Não sabe que efeito é esse que o cheiro dele tem nela...é muito mais do que só o cheiro. É tudo nele.

Eddie Munson também está cansado depois da noite de Halloween, os dois meio altos depois de terem bebido ponche demais, falado alto demais, se divertido demais na festa e nas ruas de madrugada.

- Foi - Chrissy concordou, deitou a cabeça de lado no encosto do sofá e olhou pra ele, sorriu de canto, recebeu um sorriso lerdo de volta. Eddie ergueu o pescoço e ela olhou por mais tempo do que deveria - Até que eu gostei da nossa fantasia - foi a primeira vez que deixou ele escolher do que se fantasiaram, ela sempre escolhe e mesmo sendo teimosa, deixou Eddie no comando pela primeira vez. Já viraram chacota pros amigos porque é o segundo ano seguido que usam fantasia de casal. Ela adora, ele faz por ela mesmo tendo que aguentar as piadinhas a noite toda.

- Gostou, é? - Eddie soltou um riso rouco. Os olhos escuros nos dela.

- Uhum - mordeu de leve o lábio ainda cheio de gloss, a porra de uma expressão adorável com olhos azuis gigantes - Gostei - ela olhou pra ele. Eddie todo de preto, jogado no sofá com as pernas longas entreabertas, vestindo uma camisa simples preta de mangas medianas e que deixa os braços tatuados de fora, calça preta, tênis preto, as mãos cheias de anéis, o pulso com duas pulseiras pretas e a fantasia dele (a máscara do ghostface que ele usou a noite toda e agora estava jogada no chão da sala) - Talvez eu te deixe pensar nas próximas também - sorriu baixinho e olhou pra própria fantasia, uma saia preta curta que deixa as pernas de fora, um suéter bege manchado por um sangue falso feito com corante e uma peruca loira chanel.

Please, Mr. Ghostface - Eddie Munson | finalizadaOnde histórias criam vida. Descubra agora