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Eu nunca chegava em festa nenhuma acompanhada. Era como uma regra. E naquele dia não ía ser diferente. Também sabia que chegar acompanhada não era tão impactante, então naquele momento seria estupido entrar sem ser para matar. Depois de passar o resto da tarde deitada na minha cama cheguei a uma conclusão. Não há ninguém que eu precise de impressionar senão a mim mesma, e era isso que eu faria. 

Preparei-me para a festa rápidamente, já que queria sair ás mesmas horas que o meu irmão, o Ant e o Spider, e eles eram sempre dos primeiros a chegar. Não que eu quisesse ir com eles, mas precisava que me levassem, já que andar até ao cemitério demoraria uns trinta minutos.

Antes de sair do quarto olhei-me ao espelho uma ultima vez. Os meus lábios vermelhos combinavam com os meus sapatos e o vestido preto colado ao meu corpo já não me deixava desconfortável como de antes. Peguei no casaco que deixei em cima da minha cadeira e fechei a porta do quarto com força, para que o meu irmão percebesse que eu estava a sair do quarto.

Desci as escadas a correr e chamei-o, fazendo-o olhar para trás, assim como Ant e Spider. Ambos pareciam admirados, não era normal eu vestir aquele tipo de roupa, mas o meu irmão era o que tinha tido a reação mais inesperada. 

"Não." Foi a unica coisa que ele disse antes de fechar a porta da entrada e a trancar. 

"Oi, o que se passa meu?" Perguntou Spider oscilando o seu olhar entre mim e o meu irmão 

"Ash, veste umas calças porra!" Mandou, apontando para as escadas. "O pai não ía ficar contente em te ver assim vestida." As suas palavras entravam pela minha mente como uma provocação, mas antes que pudesse dizer alguma coisa o Ant fez isso por mim

"Dusty, qual é? Deixa-a em paz!" 

O meu irmão não pareceu querer abdicar do que mandou, mas o Ant tirou as chaves de casa da mão dele e abriu a porta, saindo para o exterior e destrancando o seu carro. 

"Vamos, hoje podes conduzir e eu vou atrás." Disse virando-se para o meu irmão que acabou por aceitar. 

Antes que eu entrasse no carro o Ant piscou-me o olho, sorrindo e eu retribui o sorriso, fechando a porta do carro e sentando-me no lugar ao seu lado. 

Peguei no meu telemovel assim que o meu irmão começou a conduzir e digitei.

Assim que enviei a primeira mensagem o Ant sorriu, olhando para mim. Ele sempre foi o meu preferido entre os três. Se pudesse voltar atrás teria-me aproximado mais dele. Ele sempre provou ser das melhores pessoas que eu conheco, mas as pessoas com quem ele se dá não são propriamente as melhoes influências. 

O Spider, que olhava para nós pelo espelho retrovisor não parecia agradado com a situação. A sua expressão estava pouco relaxada, enquanto os seus dedos mexiam no cinto, claramente tentando entreter-se com alguma coisa enquanto não chegávamos ao cemitério. 

De repente, o clima no carro tornou-se pesado. Apenas eu e o Ant conversávamos, mas pouco, depois que ele notou os olhares de Spider, percebendo que deveria recuar um pouco em relação a mim.

Por sorte, chegámos em menos de três minutos. O meu irmão e o Spider foram os primeiros a sair do carro, sendo seguidos por mim e por Ant. 

"Oi, vão andando, eu ainda tenho que esperar por alguém." Disse-lhes, olhando diretamente para o Ant. Era a minha desculpa para ficar sozinha

Ambos pareceram perceber o que eu queria, mas o Spider não pareceu convencido, indo em direção ao cemitério, mas voltando pouco tempo depois. Eu estava sentada na beira da estrada e ele sentou-se ao meu lado. Tentei não olhar para ele, mas era complicado, quando o seu hodor enchia o meu nariz e me fazia querer beija-lo.

"Ash..." Sussurrou ele, passando o braço pelo meu pescoço."Eu não sei o que dizer, mas..." 

Não o deixei acabar a frase, levantando-me. 

"Mas eu sei. Não vou deixar que estragues a minha vida de novo. Eu não vou deixar que te aproximes de mim e depois finjas que nem me conheces!" 

Ele levantou-se, aproximando-se, até aos nossos corpos ficarem colados, com as minhas costas a batere no carro de Ant. Eu olhava para cima, diretamente para os seus olhos, enquanto ele aproximava a sua cara da minha, deixando ainda assim algum espaço entre nós. Um espaço que eu desejava lá no fundo que não existisse. 

"Nada disse é verdade. Tudo que dizes são as mentiras que contas a ti própria á noita para te fazer sentir melhor. Para enganar o teu coração. Mas no fundo sabes que é tudo metira." As suas mãos apertaram as minhas coxas. "Sabes que o meu toque te faz sentir diferente" Tocou com o seu nariz no meu."Que quando estou perto de ti queres mais do que proximidade, queres que eu te consuma, porque é assim que as drogas funcionam." Os seus lábios tocaram nos meus, mas não me beijaram. "Porque para mim, a minha droga és tu e eu sinto-me exatamente assim." 

Não lhe dei tempo de dizer mais nada e juntei os nossos lábios com tanta força que senti sangue na minha boca, mas naquele momento nada doía. As mãos de Spider subindo pelo meu corpo e apertando cada parte dele faziam-me sentir como se o mundo não existisse e que só nós os dois formavamos o universo.

"Spencer!" Gemi, assim que ele me pegou ao colo e apoiou no capô do carro, deitando o meu corpo e apertando a minha cintura.

"Sê minha!" Pediu, antes de voltar a beijar-me 

"Spencer, por favor!" Implorei para que ele parasse, mas ambos sabiamos que isso não ia acontecer. Nenhum dois dois era capaz de se afastar 

O carro estava estacionado longe o suficiente para que ninguém nos encontrasse e era o lugar perfeito para fazer o que nós queriamos. 

 "Ash, diz-me que sim!" Pediu, desapertando o cinto das suas calças

Olhei para ele e sorri, mordendo o lábio de baixo. 

"Sim, Spencer." Sussurrei 

A sua cara mudou por completo. Alguma coisa nos seus olhos era diferente. O desejo que ele sentia aumentava a cada segundo que passava e o seu membro precionava-me, chamando por mim. 

"Ash, posso?" Pediu permissão, sorrindo nervosamente 

Aquela não era a primeira vez que estávamos juntos, mas era a primeira vez que o faziamos completamente sóbrios. Ambos podiamos sentir algum nervosismo, que desta vez não era consumido pelo álcool. 

"Spencer, vai!" Implorei, assim que ele passou as mãos pelo meu vestido, subindo-o um pouco e encaixando-se entre as minhas pernas, entrando em mim. 

Tentei não fazer barulho para não chamar á atenção de ninguém, mas cada vez que ele me tocava eu sentia como se fosse morrer de prazer. Ele tinha um poder sobre o meu corpo que mais ninguém alguma vez havia tido. E o seu corpo encaixava prefeitamente com o meu. 

"Ash, eu juro... se isto não voltar a acontecer não sei se consigo viver!" Gemeu ele, enquanto as suas mãos agarravam o meu peito e a sua boca beijava o meu pescoco, deixando a mensagem de que eu lhe pertencia 

"Spencer, mais rápido!" Supliquei e deixei-me levar pelas suas promessas 


Love me more 🕷 Spider - incompletaOnde histórias criam vida. Descubra agora