Capítulo 32

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No outro dia pela manhã, a imagem de JK no espelho refletia a péssima noite que havia tido.

Jimin estava certo. Ele estava certo esse tempo todo!

A reação de Shivani na noite passada, seu olhar decepcionado e ao mesmo tempo magoado, fizeram JK passar a noite em claro em busca de uma resposta. E ele finalmente a encontrou.

Ele não achava que era possível que ela realmente tivesse tais sentimentos, mas chegou a conclusão que era sim.  Sentia-se tolo por não ter percebido antes, por não ter observado todos os sinais claros, estampados de forma tão óbvia no comportamento dela. Ele não acreditava que havia sido tão inocente.

E o que era pior, outra conclusão a qual chegou, ele havia passado a gostar dela também.

Não se tratava de uma atração sexual comum como as que ele costumava ter antes de casar-se com ela. Ele queria estar com ela a todo momento em que estava livre, ele queria segurar a mão dela, tocar-lhe o rosto, abracar-lhe forte, beijar-lhe suavemente a boca.

Já era um fato assumido pra si que gostava da presença dela e que gostava de vê-la sorrindo, mas concluiu que queria mais do que tudo ser o motivo de seus sorrisos.

E noite passada, quando os olhos dela tomou uma escuridão desconhecida para ele por trás das lágrimas, sentia-se desesperado por reverter isso, desejava voltar no tempo e desfazer tudo só para nunca ter de vê-los de tal forma.

Agora ali, encarando os próprios olhos pelo espelho, ele queria, não, ele precisava desfazer todo aquele mal entendido.

Ele secou o rosto em uma toalha, pegou a carteira e o celular sobre a mesinha de cabeceira e fechou a porta atrás de si.

No corredor ele parou em frente a porta dela. Bateu na porta, esperou, mas não recebeu retorno. Bateu novamente e nada.

Ele ligou para ela, mas ela não atendia o celular. Ficou agoniado.

Vamos lá, Shivani, me dê a chance de me explicar.

Ele viu uma camareira vindo pelo corredor com um daqueles carrinhos multiuso, se afastou para que ela passasse, e então ela parou diante da porta de Shivani, sacou um cartão do bolso e abriu a porta.

- Bom dia senhor! - o cumprimentou em inglês.

- Bom dia! - devolveu.

Ele se esgueirou no pouco espaço que tinha e tentou ver dentro do aposento. A cama estava vazia.

- Posso ajuda-lo com alguma coisa? - perguntou solícita erguendo as sobrancelhas.

- Ah, não, é que esse é o quarto da minha esposa e eu estou esperando por ela. - ela o olhou intrigada.

- Sr... nós só entramos nos quartos para a limpeza quando eles estão vazios.

Óbvio! Mas ele não se atentou a isso.

- Oh...sim, - coçou a nuca. - É verdade.

- Sua esposa pode já estar no restaurante para o café da manhã.

- Sim, eu...devo encontrá-la por lá. - sorrio sem jeito. - Obrigado! - fez uma reverência antes de praticamente correr pelo corredor.

Ele a procurou no restaurante e não a encontrou. Foi até a área da piscina e nada dela ali também. Na orla, nem sinal de Shivani.

Logo pensou que ela pudesse ter ido ao passeio de barco sem ele. Foi a recepção e lhe informaram que os passeios começariam em cerca de uma hora.

Ele deixou o balcão de recepção e observava pelo lobby, então seu coração quase parou.

Moonlight (Jikook) {Concluída}Onde histórias criam vida. Descubra agora