𝐂𝐚𝐩 4

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Narrador's pov

Saeko. Uma garota que nasceu no dia 04 de agosto. Foi fruto de uma gravidez não planejada.

Seus pais queriam abordá-la, mas seus avós não deixaram.

Quando ela nasceu, uma linda garotinha de pele clara e cabelos escuros. Sua mãe a amamentou, e depois seus pais a abandonaram, deixando ela com os avós.

Seus pais não ligavam para nada, só queriam saber de dinheiro.

Eles tinham uma empresa grande e um ótimo negócio, eram gananciosos, e só se importavam com si mesmos.

As vezes, seus pais a deixavam chorando no berço, e quando se irritavam, a pegavam de mal jeito, e a alimentavam.

Depois que foi morar com seus avós, tudo melhorou, teve até uma ótima infância, e nem ligava para seus pais, pois sabia, que se eles a amassem de verdade, não teriam a abandonado. Mas ela tinha seus avós, que a amavam até o infinito.

Seu avô acabou morrendo em um acidente quando voltava para a casa. Ela ficou muito triste, mas tinha alguém para lhe consolar, sua avó ajudava Saeko, e Saeko ajudava a mais velha.

E sua avó, morreu quando ela tinha 16 anos, a pouco tempo atrás, mas agora, não tinha ninguém para lhe ajudar, então o estrago foi maior.

Era como se tivessem feito um rasgo enorme em seu coração, e não tivesse ninguém ali para costurar.

Ela se abalou muito, já que sua avó sempre estava consigo, nos momentos bons e ruins.

Ela não comia e nem dormia bem a semanas, a morte de sua avó, realmente a fez mal.

"Até que a morte os separe".

Acho que isso não seria apenas para casais.

Mas algo aconteceu. Alguém apareceu.

Um alguém de cabelos brancos e olhos lilás, que sempre estava com um brinco vermelho longo.

Um alguém chamado Izana Kurokawa.

— Izana - Saeko o chamou, ambos estavam na sacada de seus apartamentos.

— Hm

— Você.. você pensa em fazer alguma faculdade?

— Não, pra falar a verdade, eu só quero terminar o ensino médio, e você?

— Eu queria fazer uma faculdade de astronomia, por isso que trabalho bastante, pra conseguir o dinheiro.

— Entendi.

O silêncio se instalou, um silêncio confortável.

— Já pensou se acontece um apocalipse zumbi agora?

— Que tipo de pergunta é essa, Izana? - Saeki riu.

— Ah sei lá! Que tipo de arma você tem aí?

— Hm... facas.

— Só isso?

— Sei lá, o que você tem?

— Facas também.

Ela riu.

— Acho que eu seria a primeira a morrer em uma apocalipse zumbi.

— Não seria não! Eu te protegeria.

— Sério? Então morreriamos juntos.

— Ei! Tá dizendo que eu sou fraco?!

— Talvez...

— Para você saber, eu sou líder de uma gangue, sou muito, muito, muito forte!

Saeko riu novamente.

— Você lidera uma gangue? Não sabia que era delinquente.

— Sim! Eu lidero.

— Ótimo, agora sou amiga de um delinquente.

— Isso não é ruim.

— Você é um delinquente, como não é ruim?

— Você mesma disse: "amiga de um delinquente", somos amigos, então eu te protejo.

— Certo então, meu herói - Ela ironizou a fala.

Ambos riram.

— Quer entrar?

— O que?

— No meu apartamento, quer entrar?

— Não quero incomodar.

— Se estivesse incomodando, não estaria conversando com você, vem, vou abrir a porta pra você.

— Então está bem.

Saeko saiu de seu apartamento, e ficou em frente a porta de Izana, logo, ela se abriu, revelando o maior sorrindo pequeno. Ele deu um espaço para ela entrar, e foi o que ela fez, em seguida, o albino fechou a porta.

— Seja bem-vinda a minha casa, pode ficar a vontade!

— Obrigada - Respondeu envergonhada.

O apartamento era aconchegante, não continha nenhuma decoração, apenas algumas pequenas fotos, dele mais novo, e de seus amigos. Theo dormia em cantinho perto da cozinha.

Ao lado do sofá, ela avistou um violão.

— Você toca violão?

— Ah..Bem, sim...

— Sério?! Toca! Toca!

— Você... quer mesmo ouvir?

— Mas é claro!

Ele suspirou.

— Então está bem..

Izana se aproximou do violão, e o pegou com cuidado, sentou no sofá, e deu umas batidinhas no lugar ao lado para Saeko se sentar, que foi o que ela fez. E então, ele ajustou, e começou a tocar. Snowman. E após um tempo tocando, parou.

— Oh! Você toca muito bem, Izana!

— Ah.. sério? - Disse sem jeito, tendo suas bochechas levemente coradas.

— Sim! Não pensei que um delinquente tocasse um violão.

— Eu sou um delinquente diferenciado.

Ambos riram.

— Está com fome? Posso fazer uns sanduíches pra gente.

— Não, obrigada - Ela respondeu sorrindo.

Ambos então ficaram ali, passaram o tempo conversando e se divertindo.

Foram até a sacada, e observaram o céu juntos.

— Qual a foi a maior quantidade de estrelas que você já contou? - Saeko perguntou apoiada na grade.

— Hm... acho que 1.783.

— Caramba, tudo isso?

— Sim, se eu não estivesse com sono naquele dia, teria contado muito mais.

O albino bocejou.

— Eu vou voltar pro meu apartamento.

— O que? Já? Fica mais um pouco.

— Você está com sono, é melhor eu ir para você dormir - Disse já se dirigindo a porta enquanto o maior a seguia.

Ele abriu a porta, e ela saiu.

— Durma bem.

Quem dera se ela fosse realmente dormir.

— Você também, Izana.

𝐂𝐨𝐧𝐭𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐚𝐬 𝐄𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 | 𝐈𝐳𝐚𝐧𝐚 𝐊𝐮𝐫𝐨𝐤𝐚𝐰𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora