É difícil admitir, mas toda aquela pressão psicológica estava acabando comigo. Odeio joguinhos e chantagens, essas coisas só me fazem querer me afastar das pessoas, mesmo tentando ver o melhor nelas. Não posso falar das coisas que passei com Bia, mas a gota d'água foi quando estava tendo uma crise de ansiedade e ela simplesmente invalidou meus sentimentos, tratando de forma diferente porque estava com os amigos dela. Decidi que não precisava mais daquilo, pedi um tempo até podermos nos ver para encerrar essa relação tóxica.
Claro que, como todo bom chantagista, ela fez o que sabia de melhor, mas quando perde o brilho para mim, esqueço meu lado sensível. O pior é que ela não estava preocupada em me perder, até mesmo me propôs coisas absurdas como "não me importo de ser usada por você". Juro que comecei a sentir nojo. O tempo que passei sozinha foi ótimo, saí bastante com minha melhor amiga, e uma das melhores experiências foi ficar com uma garota que me marcou bastante. Embora tenha sido rápido e sem compromisso, ela tinha um dos melhores beijos que já provei, daqueles que fazem todo o corpo arrepiar.
Ficamos algumas vezes, mas não deu em nada, nos afastamos por motivos que só entendi um ano depois, quanto a Ana, conversamos bastante e até mencionei a possibilidade de estar apaixonada por ela. Lembro que no dia estava levemente alcoolizada, mas tinha total controle e certeza do que estava dizendo. Para minha surpresa, a resposta dela foi melhor do que esperava, pois era recíproca, e quando ela disse que estava gostando de um garoto, na verdade, o "garoto" era eu.
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Sáfico
Lãng mạnO objetivo deste livro é trazer para as pessoas uma realidade mais ampla sobre o que é fazer parte da comunidade LGBTQIA+, desconstruindo a ideia de eroticidade que a sociedade tem em mente desses laços e relacionamentos homoafetivos, com base nos m...
