Desconstruindo Estereótipos

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Minha relação de desconstrução de estereótipos foi uma jornada complexa. No início, não tinha uma boa relação comigo mesma, o que dificultava me sentir confortável nas relações que tinha. Ao me assumir, passei por mudanças significativas no comportamento e estilo, mas ainda lutava para me entregar verdadeiramente.

Minha primeira experiência foi com meu ex, onde nunca era prioridade e não conseguia expressar minhas verdadeiras preferências. A primeira garota que me envolvi foi uma orientadora nesse processo, embora eu ainda tivesse dificuldades em me entregar emocionalmente. Fui substituída facilmente, e foi uma das experiências que mais me machucaram. Por um tempo, meu desconforto persistiu em outras relações. Mesmo em uma amizade colorida, minha insegurança se manifestava, tornando os momentos constrangedores. Apesar da toxicidade da relação com Bia, foi a primeira vez que me permiti sentir de verdade. Tínhamos uma intimidade única, e até hoje não encontrei alguém com quem me sinta tão à vontade.

A garota com o beijo marcante despertava algo diferente em mim, embora não tivéssemos a mesma intimidade que eu tinha com Bia. Seu olhar intenso e seu sorriso doce me fascinava, e cada detalhe dela ficava gravado na minha mente. Descobri novos gostos e sensações, apreciando cada detalhe dos corpos femininos. Essas experiências contribuíram para meu processo artístico, despertando um lado criativo que não conhecia. Aprendi  aproveitar o momento, mesmo que passageiro, e a valorizar a beleza e singularidade de cada mulher que cruzava meu caminho.

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