meu querido,
eu te escrevo. trêmula e sorridente. você está lendo isso e eu te escrevendo coisas óbvias e sem sentido.
duas horas atrás meu peito se contorcia e minha garganta travava uma guerra, incitando expulsar tudo o que havia no meu estômago. eu queria fugir daquela cadeira para não te encontrar. é verdade. eu estava nervosa e com medo de que as horas não passassem.
mas aí eu vi sua silhueta, seus inconfundíveis cachos dourados e suas mãos honestas sobre o balcão do café, perguntando por mim. meu coração se acalmou no mesmo instante, quando deveria pulsar mais.
essa foi a maior prova do quanto gosto de ti. esse sentimento excede qualquer barreira de nervosismo e sua presença tranquiliza a minha alma. você me trouxe o sentimento de segurança.
hoje foi nosso primeiro abraço, e o melhor que já recebi de alguém.
um misto de surpresa e satisfação ecoou em mim, quando você tomou essa iniciativa. você me entendeu.
e depois, fiquei com medo de que as horas passassem, e elas passaram. desagradavelmente rápido demais.
eu tive medo, te confesso inteiramente, mas quando o vi, encontrei em ti as minhas antigas borboletas.
você as guardou durante todo esse tempo e não me deixou voltar para casa sem elas. obrigada.
por isso, acima de tudo,enquanto sofia,
amar te irei.
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amar te irei
Puisite grito minhas palavras silenciosas no papel, e queimo e brilho por você, mel e luz do sol. 12/10/2022. (capa e palavras soltas autorais)