Capítulo 17

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KIARA'S POV

Estou almoçando com Maya, contei exatamente tudo que aconteceu desde que chegamos, do encontro, de Chris. De tudo. Não sei o que ela está pensando, ela não tem nenhuma reação. Pelo amor de deus Maya, diz algo.

- Maya, se você não falar nada eu juro que vou embora.

- Eu só estou sem palavras... Por que não me disse antes?

- Eu não sei... sei lá... estou tão confusa. - Eu digo, sentindo minhas bochechas queimarem.

- Não fique, bom, você deveria estar mesmo. - Ela solta uma risada, quando eu a olho com uma cara brava. - Não está brava com toda essa merda de ciúmes?

- Estou com raiva, porque não estou entendendo esse ciúmes todo, nós combinamos que seríamos amigos. - Eu digo pagando nossa conta.

- Então logo você vai entender. Pois Chris está ali na porta. - Ela diz olhando para a porta de vidro que havia um certo ser encostado no batente me olhando com um olhar eletrizante.

- Não vou lá.

- Vai sim, tire esse seu ego por alguns minutos. - Ela diz suave, me dando um beijo na bochecha antes de abrir a porta para eu sair - Sejam educados, não briguem, lembrem que somos amigos. - Maya diz para nós dois. - Vou de metrô, fique tranquila, te encontro em casa. - Ela diz antes de sair e ir em direção ao metrô. Me viro para Chris, quando o escuto fazendo um som com a garganta. Ele está lindo, ele veste um moletom marrom e uma calça bege.

- Podemos conversar e tomar um sorvete?

- Ok

- Ok? Só Ok? Achei que fosse me bater sei lá.

- Não posso te bater aqui, vou ser presa. - Eu digo óbvia. O fazendo rir.

Fomos para uma sorveteria que há perto do curso, mas antes peguei o meu carro e estacionei em frente ao restaurante enquanto Chris ia para a sorveteria. Agora acabo de pegar o meu sorvete e me direciono ao local que Chris estava sentado.

- Vai, então diz, o que você quer falar?

- Sei lá, só achei estranho você ter beijado outra pessoa a não ser eu.

- Estava com ciúmes? - Eu digo tomando meu sorvete.

- Não estava não... Fui ridículo de tentar fazer ciúmes em você, estava meio louco.

- Você não bebeu.

- Eu sei... Ainda vamos ficar né? Eu gosto...

- Tudo bem... Também gosto - Digo sentido minhas bochechas vermelhas.

- Sabe, só não podemos nos apaixonar.

- Você realmente acha que eu vá me apaixonar? Eu aposto 20 dólares que não vou me apaixonar.

- Eu aposto 20 dólares que não me apaixonarei primeiro.

- Fechado.

É verdade, não me apaixono, muito difícil, tenho que gostar muito de alguém para me apaixonar. Me perco em meus devaneios com uma ligação de Nonna.

*Ligação on*

- Ciao Ki, come stai? Dov'è ?(Alô Ki, tudo bem? Onde está?)

- Ciao Nonna, sto bene. Sono in una gelateria, serve qualcosa? (Oi nonna, estou bem. Estou em uma sorveteria precisa de algo?)

- Si Ne ho bisogno. Lucca ha morso una compagna di scuola, ha detto che dormirà a casa tua e lascerà la scuola solo con te (Sim... preciso. Lucca mordeu um coleguinha da escola, disse que vai dormir em sua casa e só sairá da escola com você) - Ela suspira. - Sai che questa settimana è stata dura per Maya e lucca (Sabe essa semana foi difícil para Maya e ele)

- Sì lo sapevo (Sim eu soube) - Segundo Maya seus pais não vão estar para as festas de final de ano. Sabe, eles nunca estão por perto, mal ligam para eles, Maya fica muito mal com isso, até eu fico, eles são meus padrinhos, sinto falta deles. Lucca que me surpreende, ele praticamente mal conhece seus pais.

- Potrei venirlo a prendere alla tua scuola, verrò a prenderlo domani pomeriggio (poderia pegar ele em sua escolinha, busco ele amanhã pela tarde)

- Claro, posso sim.

- Beijos querida. Ti amo!

- Ti amo.

- Vai querer carona? Vou buscar Lucca na escola... - Antes mesmo que eu termine a frase, sinto seus lábios quentes nos meus. Sei que não temos tempo para isso, porém quando ele aprofunda o beijo é mais difícil de parar. Eu o interrompo, não porque está ruim, mas porque temos que ir.

- Tudo bem? - Ele me pergunta sem entender o interrompimento.

- Sim, claro. Mas tenho que ir.

- Eu vou com você.

- Ok

(...)

Estamos comendo pizza, eu, Chris e Lucca. Já faz quase uma hora que estamos aqui, e nenhuma frase saiu daquela pequena boquinha dele. Chris está sentando ao meu lado, intercalando os olhares entre mim e Lucca. Isso já está me irritando, não consigo ficar aqui sem ninguém falar nada.

- Lucca, porque mordeu aquele colega?

- Não era meu colega.

- Então porque mordeu o "menino" - Chris diz fazendo aspas na parte do menino, já que Lucca ficou bravo pois chamei o menino de colega.

- Ele começou a me falar que o batman não existe, e que ele só é rico...

- Você mordeu o seu colega porque ele não acredita no batman? - Eu digo indignada com Lucca.

- Ele não é meu colega.

- Ok, ele não é seu colega. - Chris diz rindo, me fazendo o olhar séria, essa seriedade passa quando ele pega a minha mão. - Lucca não pode fazer isso, sabe, é um coisa feia.

- Ele que é feio, não faço nada que seja feio.

- Lucca, meu deus! - Chris não para de rir, e eu também quero rir, mas não posso.

- Lucca, você não pode fazer isso, você gostaria que te mordessem?

- Não!

- Então não morda os outros.

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