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Volto para o carro e Mary já está com uma cara de cansada de tanto esperar. 

— Demorou hein.  — Reclama me encarando. — Por que você tá tão no céu? 

— "No céu"? Ah! Sabe o Theo? Então eu acabei de encontrar ele. Eu até peguei o número dele. — Digo sorrindo. 

— Olha só, ele ainda tá bonito?— Pergunta. 

— Sim... A mesma carinha de sempre. 

— Eu acho que você era apaixonada por ele e só agora percebeu, pronto falei! 

— Eu só tinha dez anos. 

— Primeiro amor, sua anta! 

— Talvez, mas a gente cresceu, eu tô assim porque com ele eu me sentia em casa. Ele é como um brilho em meio a tanta escuridão. 

— Eu vou ficar calada, se eu falar tô errada.

***

Me jogo na cama e  abro meu celular. Vejo se ele mandou alguma mensagem, mas nada. 

Infelizmente eu vou ter que mandar a mensagem primeiro. Droga. 

Oi Theo, tudo bem? Queria saber se você tá livre amanhã a tarde. Tenta me responder. Boa noite! 

Passam dois minutos, quatro, uma hora e nada de resposta. 

Garoto, você fere meu ego! 

Começo bocejar e sinto meus olhos pensarem, escondo o celular em baixo do travesseiro e vou dormir.

***

Desperto as três da manhã com uma notificação de Theo. 

Oi Stela, oi estou livre, sim, mas talvez eu não chegue no horário, minha mãe está bem doente. Na verdade, acho que ela vai... Ah você sabe. Desculpa a demora, descansa. 

A mãe dele era bem legal comigo, sempre tentava me ajudar e me livrava das maldades da minha mãe. 

Oi Theo, melhoras para ela, vai ficar tudo bem! 

Desligo o telefone, é agora, sim, posso dormir em paz. 

Destinados A (Não) Serem Felizes - Jhon VitorOnde histórias criam vida. Descubra agora