06. faça chuva ou faça sol (pt.2)

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Começamos a correr aparentemente sem direção. Antes que consiga dar mais um passo, sinto algumas gotas de chuvas caírem no meu braço.

— Droga, acho que vai chover...  — Sussurra. — Stela, você tem certeza que quer ir?

— Tenho.

— Tem certeza?

— Theodor... Quando eu mais precisei, você estava lá, no dia da chuva, até no dia em que a gente fugiu e decidiu ir para montanha. Todas as minhas memórias boas e felizes são com você! E agora que te encontrei eu não posso te abandonar, entende? — Explico vendo a chuva molhar seus cabelos.

Ele abre um sorriso e estende sua mão que logo encosta na minha.

Voltamos a correr e mesmo com a chuva caindo, eu estava quente. Não pro febre mas... É estranho, eu não sei explicar.

— A gente já tá chegando.

E depois de mais alguns minutos a gente chega. Ele logo corre até o quarto onde sua mãe está.

— Você quer entrar? — Pergunta me dando uma toalha.

— Já eu entro.

Vou até à cafeteria e pego duas barras de cereal. Respiro fundo e caminho até o seu quarto.

— Com licença... — Sussurro.

Olho para ela, logo uma mistura de espanto com alegria vem sobre seu rosto.

— Stela? — Fala com um pouco de dificuldade.

— Olá tia Nora, tudo bem com a senhora? - Pergunto andando perto de sua maca.

— Eu não estou bem, mas eu vou ficar! — Diz se esforçando para sorrir.

— Aqui para a senhora... - Digo entregando as barras a ela.

— Você está muito magrinha, sua mãe não tá te dando comida não? — Pergunta.

— Mãe! — Grita Theo.

— Tudo bem, Theo, não, minha mãe está com câncer, e depois que a senhora saiu não mudou muita coisa não. Continuou arrogante, sendo que agora uma cuidadora vai para lá. - Explico.

— Desculpe minha sinceridade, mas ela é um monstro!

Dou uma gargalhada baixa e ela também ri.

— Como vocês se encontraram? Já estão namorando?

— Mãe! Quer saber, a senhora está muito "intrometidinha" hoje, acho melhor a senhora descansar. Vamos Stela. - Diz me puxando.

— Eu realmente estou com sono, tenham uma boa noite, e vê se leva ela até a porta da casa, hein? Eu amo vocês! — Declara com seu sorriso encantador.

— A gente também te ama. — Respondemos.

Destinados A (Não) Serem Felizes - Jhon VitorOnde histórias criam vida. Descubra agora