Ecos de borboletas| I

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Chat Blanc -

Eu não aguentava mais olhar para ela nesse estado, minha garganta estava impedida e não saía uma voz sequer. Eu já estava louco e nada passava pela minha cabeça.

Sinto que há uma lacuna dentro de mim... um vazio que não pode ser restaurado, um ódio que não pode ser arrancado de meu coração. Aquela cena passa pela minha cabeça milhares de vezes e me deixa mais atordoado do que já estou, por que nunca consigo ser feliz e viver uma vida comum com pessoas que eu amo? Por que eu tenho que sempre ser o esquecido e por que tenho que ser o monstro? Eu causei tudo aquilo, foi apenas eu... toda a culpa foi minha.

Cansei de ficar ali sentado esperando que algo acontecesse e alguém viesse me salvar, isso jamais aconteceria afinal, quem salvaria um monstro não é mesmo? Levantei do meu lugar segurando ela em meu colo e a levando para um lugar onde ela poderia ficar escondida de minha vista para tentar esquecê-la de alguma maneira. Achei um buraco perto de um prédio que tinha sido destruído e a coloquei ali, em forma de respeito procurei por uma flor e a coloquei em cima de seu peito, onde havia a marca de meu cataclismo tomando todo o corpo já sem vida. Fazer aquilo me despedaçava , eu só queria estar com ela ao meu lado mas isso já acabou.

Fui ao alto da torre onde estava antes e me sentei na ponta do terraço, olhei para o céu que estava um azul palido com os pedaços destruídos da lua pintando o céu. Eu estava ali, contemplando a cidade totalmente despedaçada, agora que meu desespero tinha passado um pouco, aquele cenário parecia bonito, a sensação de olhar para lá era calma e leve. Senti um ar frio bagunçando meus cabelos e secando as lágrimas que ainda insistiam em rolar dos meus olhos.

Eu estava calmo, até demais.

Senti uma forte luz tocar o meu rosto, pisquei algumas vezes até me acostumar com a claridade, me levantei e olhei ao meu redor

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Senti uma forte luz tocar o meu rosto, pisquei algumas vezes até me acostumar com a claridade, me levantei e olhei ao meu redor. Eu havia adormecido, me senti mais leve ainda e aquela sensação calma tocou novamente em meu coração.

Eu já havia chorado tanto que não sobrou uma gota de água dentro de mim, era estranho estar tudo tão calmo... mas não era como se meus sentimentos sumiram de repente, eles ainda estavam lá, presentes no meu ser.
A minha voz ainda é impossível de ser reproduzida, eu tenho medo, medo de que piore tudo. Eu não tenho mais esperança de encontrar uma saída para aquela situação, é inútil tentar algo.

"O gatinho no telhado, está sozinho sem sua gata".

O meu passatempo é esse, cantar esta música como se isso fosse me livrar de mim mesmo. Era como... fugir dos meus próprios problemas, eu sei que é pior se eu tentar fazer isso mas, não adianta mais, me prender nesses problemas não vai me levar a lugar algum.

As vezes tenho breves pesadelos sobre ela, pensar que fui eu que a matei e usei meu poder sobre ela ainda me dói, eu vou carregar essa culpa comigo para sempre. Foi a minha amada, o meu amor. Me peguei pensando novamente nela, isso está me consumindo e me tomando por inteiro, é quase impossível não pensar em alguém amado que você matou há alguns dias atrás.

Todos os dias, eu admiro aquela paisagem na intenção de fugir da minha cabeça, o tempo passa, minha mente esfriava e meu coração endurece. Eu não tenho mais motivos para viver dessa forma, seria possível alguém me amar do jeito que sou? Ah. Eu não tenho mais esperança.
Talvez algum dia, lembrem de mim como um pesadelo.

Esses picos de crise existencial acabam comigo, mas não estou tão errado em pensar assim, afinal, não tem como voltar no tempo e- ...
Voltar no tempo?

"Bunnix... ela, poderia me ajudar?"

Pensei alto, pela primeira vez minha voz saiu de algum jeito, mas eu posso ter encontrado uma saída para essa situação. Meu coração ficou acelerado de repente, devo estar enganado. Como vou poder me comunicar com ela? Como eu poderia fazer isso... Não, deixa disso, é impossível.
Já estou cansado em pensar em soluções e nada ser feito.

A unica coisa que posso fazer, é esperar... não pode ter nada melhor que isso por agora. Tentar relaxar um pouco, como estava mais cedo, tranquilo. Pode se dizer que ainda existe alguns seres vivos por aí, enquanto estou sentado na beira da torre, vejo algumas borboletas flutuarem alegremente sem rumo, acho que estou feliz por ter pelo menos alguem se divertindo nessa situação.
Tudo que existe ao meu redor é a solidão, mas algo bom.

Espero que não seja apenas loucura de minha parte.

Já é noite em Paris, o vento dançando sem rumo pelo céu, a lua que fora destruída, trazia um enorme brilho perante a escuridão que se formou no céu. Minha mente ainda não me ajuda e meu corpo está caíndo aos pedaços de tanto que eu já me lamentei por tudo. Eu ainda não consigo entender como eu deixei essa brecha para tudo acontecer.

Estou deitado no chão do terraço da torre toda feita de vidro e uma das poucas coisas que ficaram em pé em meio o que causei, olho para o céu sobre mim que está mais escuro do que à algum tempo atrás.

Já se passou uma semana desde o incidente, e eu apesar de tudo, estou bem e é como se eu tivesse tirado um peso de minhas costas.

Olhando novamente para o céu estrelado e cintilante, vejo um clarão, algo como um círculo branco com bordas azuladas e...

Aquela era...

Marinette...?

?

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...

Oioi! Perdão pela super demora para postar só o primeiro capítulo, não vou dar desculpas como alguns fazem como "ah minha familia inteira morreu e eu tinha lição de casa para fazer".
Na vdd eu não estava afim da escrever, mas cá estou :D voltei!
Espero que gostem do cápitulo!!

998 palavras Capítulo 1

Músiquinhas ☺︎

In the rain_ Miraculous☂︎

Together_ Miraculous PV versionꕤ

Eyes blue like the atlantic_ (não sei)☀︎

Riptide_ Vance Joy⋆。˚ ☁︎ ˚。⋆。

𝑈𝑚 𝑔𝑎𝑡𝑖𝑛ℎ𝑜 𝑛𝑜 𝑡𝑒𝑙ℎ𝑎𝑑𝑜| 𝐶ℎ𝑎𝑡 𝐵𝑙𝑎𝑛𝑐 Onde histórias criam vida. Descubra agora