I

549 36 2
                                    

Lembrando: A história é de minha autoria, mas os personagens não. (Apenas a garota, que veio totalmente de minha imaginação.) Recomendo assistir a série, muitas das coisas de lá refletiram aqui. Boa leitura :)
---------
Era um dia comum, sem muitas nuvens no céu, dragões rugindo e voando livremente por ai, sem caçadores de dragões, finalmente, Soluço podia ficar em paz, mesmo que ele não tentasse muito. Soluço estava organizando as coisas no Domínio do dragão, o cavaleiro limpava gravetos, árvores caídas, a sua cabana pois todos os seus outros amigos cavaleiros estavam com suas famílias, já soluço queria ficar um tempo sozinho, o que foi compreendido pelos amigos, mesmo relutantes.

- Amigão, acha que foi uma boa ideia ficar sozinho aqui? Sabe, se alguém aparecer, vou estar sozinho..- Falava com seu querido companheiro, Banguela um fúria da noite. O dragão apenas rugiu.

- por que eu continuo falando com você em?!

Soluço colocou uma mão na cintura e a outra na testa, suspirou e foi adentrar a floresta, andando silenciosamente, até que escuta um som de graveto quebrando o deixou alerta, apunhalou sua espada, junto com Banguela, que produzia um tiro de plasma.

- QUEM ESTÁ AI? - perguntou o garoto.

Uma moça passou andando pelas árvores, e parou na frente dele, as sombras do entardecer não o deixaram enxergar seu rosto, mas soluço sabia quem era. A garota que ele via antigamente, mas, como ela estava ali? Ela seguia ele? O garoto desacreditado ligou o fogo da sua espada e se aproximou, tentando iluminar o rosto da garota para poder enxerga-la.

- ah, oi - riu suavemente e até ficou mais calmo. - você existe, então. - tentava enxergar o rosto da moça.

- Oi, soluço. Você ainda se lembra de mim, então. - riu baixinho escondendo seu rosto.

- se você não se revelar, o banguela vai atirar em você. O que tá fazendo aqui? - Banguela rosnou, fazendo uma luz roxa sair de sua boca.

- Ah, calma, não atira, por favor. - A garota se assustou, tirou as mãos do rosto, se aproximou um pouco mais, para a luz da espada iluminar sua face, e tentou não demonstrar a sua vergonha, pela sua falta de auto estima, a jovem tinha uma cicatriz, não muito grande, Próxima ao seus lábios.

- essa cicatriz...Quem, ou o que fez ela? - perguntou, abaixando a espada por perceber que ela não estava confortável.

Um silêncio se espalhou ali, a moça não respondia, e saiu correndo, - soluço supôs pelo barulho de galhos e um certo barulho de correria na terra. - O seu amigo dragão rosnava, o cavaleiro passou a mão na narina, para o acalma-lo.

- Relaxa amigão. Ela não é uma ameaça...eu acho.

Os dois saíram da floresta densa e foram até a praia, soluço se sentou ali, o céu roxo e avermelhado brilhava suavemente sob a água, era lindo, Banguela se deitou ao seu lado e pediu carinho, o que foi atendido pelo garoto. Soluço se deitou na areia, próximo a água, e a água batia em seu pé, seus cabelos ficavam úmidos, ficou alí por um tempo, até que a garota voltou a ficar em sua mente, ele estranhava tudo isso, pois na sua mente, a garota era um sonho, uma memória que era falsa.

- você acha que ela me seguiu pra ficar aqui? Ou ela veio pra cá? - perguntou pro seu amigo dragão, mas parecia que o mesmo estava dormindo. - Ah qual é banguela! - falou alto que o dragão acordou. - vou parar de falar com você. - o dragão rugiu e pulou em cima de Soluço e começou a lamber seu rosto.

- Banguela você sabe que isso não sai! - falou até que o dragão se aproximou do pescoço e abriu a boca, fingindo morder seu pescoço - Tá bom, tá bom não vou fazer isso.

O dragão 'riu' e foi até a água, ficou pulando ali e jogava água no rosto de soluço.

- Ei! - se levantou, riu, pegou seu 'pé' de metal e jogou na água e Banguela saiu correndo atrás, e repetiu isso várias e várias vezes. - Nem sei o que eu vou fazer se eu perder você amigão. - puxou banguela e fez carinho nele.

Os dois foram até as cabanas, e soluço adentrou a sua, se deitou na cama e foi dormir.
Ao amanhecer, Astrid apareceu por lá, procurando soluço, que estava totalmente jogado na cama, numa posição totalmente esquisita.

- como que ele dorme assim? - perguntou Astrid perguntou para o Banguela, que estava deitado, apenas rugiu baixinho.

A loira colocou um dedo na costela de soluço, que acordou assutado, o menino quase parou no teto de tamanho susto.

- Bom dia. - sorriu para o menino assustado e pôs suas mãos no rosto e selou seu lábio na bochecha do garoto. - senti sua falta.

- Nunca mais me assuste assim. - disse ainda assustado. - Também senti sua falta. - encostou sua testa na dela.

- O pessoal de berk perguntou sobre você, sabia? Vai lá, não tem mais nenhum caçador, podemos ficar um tempo longe daqui soluço.

- Eu sei mas, e se alguém aparecer? Tem uma possibilidade, não posso deixar aqui sozinho, eu vou lá pra Berk quando todos voltarem. - segurou as mãos da menina.

- Soluço! Não vai aparecer ninguém, qual é. - soltou soluço e cruzou os braços descepcionada. - Agora é hora de pensar em nós, em mim e você, seus amigos. Não precisamos mais nós preocupar com Caçadores. Arg, eu só tô cansada disso e você continua com isso! - saiu andando e provavelmente subiu na tempestade, sua nadder mortal.

- Ela tá certa né amigão? Já passou, não preciso mais me preocupar com isso. - O dragão rugiu, mas num tom de concordância.

Soluço saiu andando e foi comer algo, jogou uns peixes pro seu amigo dragão e ficou pensando sobre o que Astrid disse, ela estava certa, ele se preocupava demais com coisas improváveis, e que nada iria acontecer mais, pelo menos, por um bom tempo. Ele riu e terminou de comer, se sentou na beirada, ele queria ir em Berk, mas seria muito complicado. O menino suspirou e tentou se acalmar, pensar em qualquer outra coisa.
O garoto Lembrou da garota e pensou em outra coisa, Dagur talvez tenha visto ela em algum momento, quando ele passou um tempo nos arredores da floresta, a não ser que ela estivesse lá depois disso.

A garota da Floresta (pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora