Capítulo 9

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Brianna Boswell

Abro os olhos devagar e percebo que estou deitada na cama de um hospital. Por Deus! Eu nasci com toda a má sorte do mundo. Um senhor com jaleco branco entra na sala e para do meu lado sem falar nada.

- Oi?

- Desculpe-me. Pensei que a senhorita não fosse fluente em japonês.

- Sem problemas.

- Vou chamar seus amigos e seu namorado para te verem.

- Namorado?

- Sim, o senhor Lue.

- A gente não namora. Somos amigos.

- Desculpe-me novamente. Não foi a minha intenção em momento algum insinuar nada.

O médico sai do quarto e me sento na cama. Essa foi boa, eu e o Han como casal? Fala sério, isso é impossível.

Não se passa muitos minutos e a porta se abre. Primeiro entra Twinkie que logo vem me abraçar, depois Reiko, Neela e Han.

- Você tem que parar de ser um ímã para problemas, Brianna - Twinkie é o primeiro a falar algo.

- Você não entendeu? Eu vi a cobra e propositalmente fui mexer com ela - digo sarcasticamente.

- Eu estou falando sério, Brianna. A gente fica preocupado com você.

- A culpa não foi minha, Twinkie.

Twinkie não tem tempo de dizer mais nada pois é a vez de Reiko vir me abraçar.

- Você ainda vai fazer a gente dar um treco!

- Posso te garantir que estou longe de fazer isso. Acidentes acontecem.

- Preste mais atenção da próxima vez e de preferência não esconda de todo mundo que está indo acampar.

Reiko logo vai para perto de Twinkie e é a vez de Neela vir me abraçar. Isso está um pouco desconfortável, não é muito bem o sonho de alguém que acabou de ser picada por uma cobra e foi parar em um hospital ter que ficar abraçando todo mundo. E além do mais eu não sou uma criança para levar bronca.

- Você me fez colocar uma cobra na minha mochila. Você tem noção disso?

- Espero que a viagem tenha sido confortável para ela.

Han apenas se aproxima um pouco e não nos abraçamos. Somos amigos, mas não costumamos ter qualquer tipo de contato físico.

- A bebezinha está melhor? Porque eu pareço uma babá, sempre que acontece algo com você ligam para mim.

- Em minha defesa, eu nunca pedi para ninguém ligar para você.

- É, mas eles ligam e eu sempre dou um jeito de você ficar bem.

- Obrigada?

- Obrigada não, dez lenes.

- Deixa de ser bobo, Han - digo deixando um sorriso surgir.

Percebo que meus amigos estão olhando para a gente com aquela famosa cara de que tem algo para falar mas não podem dizer.

- Vão ficar com essa cara até quando?

- Estamos normais - Twinkie fala enquanto vai para a porta.

- Totalmente normais - Neela e Reiko dizem juntas enquanto também vão para a porta.

Vamos pegar algo para você comer e já voltamos. Ninguém merece sopa de hospital - Reiko diz antes dos três saírem do quarto, deixando apenas eu e Han aqui dentro.

Monalisa - Han LueOnde histórias criam vida. Descubra agora