Capítulo 29

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Brianna Boswell

Abro meus olhos lentamente, ainda estou sentindo meu corpo inteiro doer um pouco. Seja lá onde eu esteja, o lugar é muito iluminado e está fazendo meus olhos lacrimejarem.

Termino de abrir os meus olhos com um pouco de dificuldade e percebo que estou em um quarto de hospital. Então, é assim que é do outro lado depois que morremos?

A porta se abre e um médico entra, ou seria um anjo? Eu realmente morri? Isso é o céu? Eu posso estar alucinando?

- É muito bom ver que você finalmente acordou, senhorita Boswell.

- Eu morri? - Pergunto com curiosidade.

- Felizmente não, a ambulância chegou um pouco depois que você perdeu a consciência. - Ele diz enquanto injeta alguma coisa no tubo do soro que está conectado na minha mão. - Parabéns pela coragem ao se jogar na frente de uma arma e salvar a vida do seu namorado, foi um ato heróico.

- Obrigada. Mas, onde eu estou?

- No melhor hospital de Los Angeles. Agora, preciso que você me responda algumas perguntas. - Apenas concordo com a cabeça, está doendo um pouco quando eu falo. - Está sentindo algum tipo de dor. - Confirmo com a cabeça. - Garganta? Peito? Barriga? Braço?

- Apenas na garganta.

- Certo. Vou te dar uma espécie de xarope que vai aliviar um pouco da dor.

- Onde eu levei os tiros?

- Pulmão direito, braço esquerdo e estômago. Por sorte o tiro no seu pulmão não pegou do lado esquerdo e conseguimos tirar o projétil com um pouco de facilidade. O tiro no seu braço ficou alojado e por pouco você ficaria sem o movimento do mesmo, mas graças aos amigos do seu namorado isso não ocorreu, eles começaram a estancar o sangue da forma correta rapidamente. O tiro no seu estômago deu um pouco mais de trabalho, mas conseguimos retirar o projétil sem problemas.

Faz um pouco de sentido agora, a sensação estranha que eu estava sentindo era os locais sendo pressionados para eu não perder tanto sangue. Provavelmente foram alguns amigos ou sei lá, capangas do Takashi que me ajudaram.

- Bom, o xarope é manipulado então vou demorar um pouco para trazê-lo. Recomendo que não se esforce por enquanto, você ficou inconsciente por quatro dias. O medicamento que eu apliquei no soro vai te permitir não sentir tanta dor, mas evite se levantar ou sentir emoções muito fortes. - Ele me explica enquanto mede a minha pressão com um aparelho que não sei o nome. - Posso chamar seu namorado e seus amigos para te ver? - Ele pergunta educadamente.

- Apenas o Han, por favor.

- Tudo bem. - Ele diz indo em direção a porta. - E antes que eu me esqueça, é um prazer te conhecer, senhorita Boswell. Sou um dos melhores médicos do estado da Califórnia, pode me chamar de Raphael.

- É um prazer te conhecer, Raphael.

E então ele sai do quarto me deixando sozinha. Enquanto o Han ainda não entra no quarto, vou tentar me entreter com a decoração do local. Tem uma grande janela no meu lado esquerdo que está fechada com persianas, tem também alguns buquês de margaridas e outros tipos de flores espalhados pelo quarto, sem falar na mesa de vidro transparente com duas poltronas pretas ao seu lado e o sofá de cor bege embaixo da janela. Também percebo uma porta fechada que deve ser o banheiro.

A porta se abre e ele entra, vestindo uma calça de moletom preta e uma blusa branca, ele é lindo de todas as formas possíveis e impossíveis.

- Oi, minha princesa. - Ele diz se aproximando até estar do meu lado. - Como você está se sentindo? - Han pergunta começando a fazer um carinho na minha mão.

Monalisa - Han LueOnde histórias criam vida. Descubra agora