Capítulo 13

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Han Lue

A melhor opção foi aplicar um sedativo na Brianna e levá-la para minha casa. Eu sei como é a dor de perder a própria mãe, é uma sensação inexplicável, é como se você fosse quebrado em milhões de pedaços e seu chão desmoronasse.

De qualquer modo, agora ela está dormindo como um anjo no quarto de hóspedes enquanto o efeito não passa.

Fico triste por ela, justamente quando ela ganhou a corrida, recebe uma notícia dessas. Mas muitas corridas ainda virão, ela tem potencial e vai conseguir mais e mais carros para a minha coleção. Eu seria egoísta de ficar com tantos carros, então pretendo dar para ela alguns ao decorrer desse tempo.

O efeito do sedativo começa a passar e ela dá sinais que está despertando. Eu espero que ela se lembre do que aconteceu mas não reaja daquela maneira novamente. Chorar vai ser normal, é algo triste e ela vai ter que superar o luto, mas eu não vou deixar que ela grite e acabe causando danos às suas cordas vocais.

Eu tentei lutar com esse sentimento desde aquele beijo, mas no final, tudo se resumiu a tentativas falhas. Ver ela chorando daquele jeito, causou um aperto imenso no meu coração. Mas ao mesmo tempo me deu a certeza do que eu precisava. Eu estou apaixonado pela Brianna e não quero mais esconder isso. Então pretendo abrir o jogo com ela assim que ela se acalmar.

- Como eu vim parar aqui? - a garota pergunta com a voz rouca devido aos gritos que deu anteriormente.

- Você se lembra do que aconteceu? - pergunto indo em direção a cama e me sentando na mesma.

- Eu ganhei a corrida contra o Morimoto e estava comemorando quando...

Minha pergunta é respondida assim que ela corta sua frase ao meio e seus olhos se enchem d'água. Não sei o que fazer nesse momento, eu costumo abraçar a Brianna quando ela começa a chorar. Entretanto, algo de mim diz que ela deve passar por isso sozinha, pois ela vai ficar mais forte quando superar toda essa situação.

- Eu sinto muito... - é a única coisa que consigo dizer.

- Você não tem culpa. - ela diz com a voz embargada pelo choro.

- Eu não posso trazer sua mãe de volta, mas eu posso fazer as pessoas responsáveis pela morte dela pagarem.

- Do que você tá falando?

- Minha família mora em Los Angeles. Eles conseguem rastrear os assaltantes e mandá-los para uma prisão de segurança máxima. Eu sei que matar essas pessoas seria uma boa opção, mas pensa comigo, passar o resto da vida sem liberdade é muito pior.

- Você faria isso por mim? - ela diz enxugando as lágrimas e engolindo o choro.

- Eu sei que esse não é nem de longe o momento certo para eu te dizer isso, mas eu tenho que dizer. Eu estou apaixonado por você e eu não quero mais esconder isso. Você trouxe paz para minha vida, e eu desconhecia a um bom tempo o que era isso. Eu entendo se o sentimento não for recíproco, mas eu preciso saber.

- Independente da minha resposta eu vou ter a justiça pela morte da minha mãe?

- Sim. Eu não vou te chantagear para ficar comigo e em troca você ganhar a sua justiça, então, independente da sua resposta, a minha continua a mesma.

- O sentimento é recíproco. Eu vou ser sincera com você, eu estava em dúvida do que sentia, mas agora tenho certeza. Você é a melhor pessoa que eu já conheci, e eu não estou dizendo isso como se fosse um "eu te amo". - ela faz sinal de aspas com os dedos - Eu não sei se você queria saber disso para ficarmos por uma noite ou por uma semana, mas eu quero que você saiba que eu estou disposta a tentar um relacionamento além da amizade com você, Han.

Monalisa - Han LueOnde histórias criam vida. Descubra agora